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VISITA GUIADA MUSEU DA MÚSICA MECÂNICA

[fusion_text] Museu da Música Mecânica  Por Joana Rita Sousa, Geradora de filosofices e de conteúdos avulso *…

Texto de Margarida Marques

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Museu da Música Mecânica 

Por Joana Rita Sousa, Geradora de filosofices e de conteúdos avulso *

*A autora não escreve segundo a nova ortografia e, de vez em quando, inventa novas palavras

E eis que a Revista Gerador convoca a Joana para uma visita ao Museu da Música Mecânica (MMM). Hum? Museu da Música Mecânica? Sabem o que é e onde está localizado? Um Museu que descobrimos “ainda a cheirar a novo”: a inauguração aconteceu a 4 de Outubro de 2016 e, lá para os lados de Palmela, fomos à aventura.[/fusion_text][separator style_type="none" top_margin="" bottom_margin="" sep_color="" border_size="" icon="" icon_circle="" icon_circle_color="" width="" alignment="" class="" id=""][imageframe lightbox="no" gallery_id="" lightbox_image="" style_type="none" hover_type="none" bordercolor="" bordersize="0px" borderradius="0" stylecolor="" align="none" link="" linktarget="_self" animation_type="0" animation_direction="down" animation_speed="0.1" animation_offset="" hide_on_mobile="no" class="" id=""] [/imageframe][separator style_type="none" top_margin="" bottom_margin="" sep_color="" border_size="" icon="" icon_circle="" icon_circle_color="" width="" alignment="" class="" id=""][separator style_type="none" top_margin="" bottom_margin="" sep_color="" border_size="" icon="" icon_circle="" icon_circle_color="" width="" alignment="" class="" id=""][fusion_text]

A casa que é uma caixa de música [mecânica]

Resolvi não fazer trabalho de pesquisa prévio. Queria sentir o efeito surpresa e o espanto de estar perante algo que se desconhece. Coisas de filósofos, se é que me percebem.

Partimos de Lisboa, numa manhã fria e cheia de sol, rumo ao Pinhal Novo. À chegada fomos conquistados pelo curioso edifício que emerge no meio de uma quinta. Já no seu interior e após aquecer a alma com um café, fui espreitar o museu, na companhia do Herberto, o nosso fotógrafo de serviço. Fiquei espantada com a quantidade e a diversidade de peças, e também com a possibilidade de estórias que cada uma delas poderá contar. Ou, neste caso, tocar.

Posso dizer que Luís Cangueiro, o coleccionador por detrás do Museu, nos recebeu com a simpatia e a amizade de quem recebe os amigos em sua casa. Quis saber como tinha começado este fascínio por este tipo de peças musicais: “Nasci ao lado de uma peça de música mecânica. E com uns 5, 6, 7 anos, não me recordo ao certo, resolvi tentar descobrir como era essa peça e acabei por destruí-la. Depois vinguei-me e comprei várias peças dentro da categoria daquela que destruí”. E que bonita vingança, esta.

Em 2005, Luís fez uma exposição individual no Castelo de Palmela, durante um mês e meio. Na altura, foram mais de treze mil os visitantes e houve muitas mensagens de apoio e de apelo a que estas peças pudessem estar expostas de forma permanente. Os testemunhos deixados pelos visitantes impulsionaram Luís a dar forma à ideia que já acalentava e que não avançava, por desconhecer a reacção do público. Nos dez anos seguintes fez mais algumas exposições, enquanto o projecto do museu ia ganhando forma. Miguel Marcelino foi o arquitecto responsável pela obra que nos faz lembrar uma caixa de música e uma campânula: os visitantes entram e saem pela porta, simbolizando esta a saída da música.[/fusion_text][separator style_type="none" top_margin="" bottom_margin="" sep_color="" border_size="" icon="" icon_circle="" icon_circle_color="" width="" alignment="" class="" id=""][imageframe lightbox="no" gallery_id="" lightbox_image="" style_type="none" hover_type="none" bordercolor="" bordersize="0px" borderradius="0" stylecolor="" align="none" link="" linktarget="_self" animation_type="0" animation_direction="down" animation_speed="0.1" animation_offset="" hide_on_mobile="no" class="" id=""] [/imageframe][separator style_type="none" top_margin="" bottom_margin="" sep_color="" border_size="" icon="" icon_circle="" icon_circle_color="" width="" alignment="" class="" id=""][separator style_type="none" top_margin="" bottom_margin="" sep_color="" border_size="" icon="" icon_circle="" icon_circle_color="" width="" alignment="" class="" id=""][fusion_text]

O fascínio que sente pelas peças é evidente na forma carinhosa como descreve cada uma delas. Há ali muito saber, muitas horas de estudo – mas também muito sabor, prazer em coleccionar. E a generosidade de partilhar algo muito seu com o mundo.

De onde vem este conhecimento detalhado que Luís manifesta, sobre cada uma das peças? De muitas horas de estudo e de dedicação às leituras: são mais de cento e cinquenta os livros que tem, dedicados a estas lides. Luís conta, ainda, com a consultoria e apoio de um especialista francês.

Três galerias – poente, nascente e sul – e uma antecâmara albergam cerca de seiscentas peças, entre caixas de música, realejos, autómatos, fonógrafos e gramofones. Podemos ver equipamentos horizontais e verticais. Com moedeiro, tal qual uma juke box. Uma curiosidade da qual Luís muito se orgulha: todas as peças presentes no museu funcionam. É possível ouvir as mais diversas melodias, em cada uma delas.

Nas paredes do MMM podemos encontrar algumas referências históricas, que nos ajudam a compreender a evolução destas peças. A primeira caixa de música de cilindro metálico terá sido criada em 1796, pelo relojeiro suíço Antoine Fabre. Em 1885, em Leipzig, Paul Lochman fabricou a primeira caixa de música de disco metálico. Portugal não foi um país criador destas peças. Alemanha, Suíça, Estados Unidos e França foram dos países que mais se destacaram na produção destas peças. Curiosamente, encontramos melodias portuguesas nesta colecção, assim como fados, mornas de Cabo Verde, o Hino Nacional.

Peças pneumáticas são aquelas que funcionam através do ar, sobretudo com foles. E exigem que se dê à manivela. Lidar com estas máquinas não é fácil: há aspectos muito específicos e minuciosos a ter em conta. Luís está como peixe na água nesta missão, não só em termos técnicos, mas também na partilha da história por detrás de cada um daqueles objectos. São muitas as estórias que tem para nos contar, sobre as peças, os seus criadores, as suas características únicas. Afinal, coleccionar não é só juntar isto ou aquilo, para ter uma grande quantidade. Coleccionar é um acto de amor, de estima e de respeito profundo por algo. Foram esses os sentimentos que o Luís nos transmitiu, nesta visita guiada e cheia de música.[/fusion_text][separator style_type="none" top_margin="" bottom_margin="" sep_color="" border_size="" icon="" icon_circle="" icon_circle_color="" width="" alignment="" class="" id=""][imageframe lightbox="no" gallery_id="" lightbox_image="" style_type="none" hover_type="none" bordercolor="" bordersize="0px" borderradius="0" stylecolor="" align="none" link="" linktarget="_self" animation_type="0" animation_direction="down" animation_speed="0.1" animation_offset="" hide_on_mobile="no" class="" id=""] [/imageframe][separator style_type="none" top_margin="" bottom_margin="" sep_color="" border_size="" icon="" icon_circle="" icon_circle_color="" width="" alignment="" class="" id=""][separator style_type="none" top_margin="" bottom_margin="" sep_color="" border_size="" icon="" icon_circle="" icon_circle_color="" width="" alignment="" class="" id=""][fusion_text]

Grande parte do espólio do MMM pertence ao empresário Luís Cangueiro. Algumas peças foram doadas ao Museu. Nestes casos, há lugar a restauro, se for caso disso, para que todas elas possam continuar a dar-nos música.

O espaço compreende ainda um auditório e uma sala, de seu nome Edison. Tanto o auditório como a sala poderão acolher os mais diversos eventos. Aquando da nossa visita pudemos ver uma exposição de fotografias do próprio Luís Cangueiro, tiradas nos idos anos 60 e 70.

Para quem se desloca ao MMM, ou à casa que é uma caixa de música [mecânica], é possível fazer uma viagem pelas diferentes formas de registo sonoro. Viajamos no tempo, algures entre o final do século XIX e a década de 30 do séc. XX. Caso tenham a sorte de ter o Luís Cangueiro por lá, não o percam de vista. As estórias que tem para nos contar sobre cada uma das peças são imperdíveis. E eu e o Herberto só ouvimos uma pequena parte.

Antes de rumarmos de novo a Lisboa houve tempo ainda para conhecer a Nina, uma cadela que faz parte, não do MMM, mas da Quinta onde este se encontra instalado. Simpática e afável, a Nina sublinhou, de forma canina, a enorme dádiva que se sente perante uma obra que pretende guardar e partilhar a história da música mecânica com todos nós.[/fusion_text][fusion_text]

Reportagem por Joana Rita
Fotos do Herberto Smith

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