Dia 30 de setembro assinala-se o início da segunda edição do Festival Umundu Lx. Tendo como pano de fundo a cidade de Lisboa e arredores, a sustentabilidade é uma das reflexões que o festival abraça. Umundu Lx prolonga-se até dia 5 de outubro em formato híbrido com entrada livre.
No ano da sua inauguração a edição do Festival Umundu Lx fomentou discussões sobre o impacto destrutivo das atividades humanas na Terra. Considerando-se uma "experiência bem sucedida, tanto em número de participantes e promotores, como pela reação positiva do público em geral", a segunda edição do evento volta a refletir a importância do encontro de soluções para a mudança sustentável da sociedade e de cada um.
O festival colaborativo para a transformação sustentável coloca traz a diálogo os valores da nossa sociedade e potenciais soluções rumo a um novo paradigma de vida sustentável. Com o intuito de incentivar os participantes a serem agentes da mudança e viverem de forma pró-ativa tanto a nível pessoal como na sua área de influência meio familiar, nos grupos de amigos, no contexto profissional ou a nível da sua intervenção político, a iniciativa do Festival parte de um coletivo que se define como agente político da mudança necessária.
A edição deste ano destaca:
- Sexta-feira, 1 de outubro: “Afinal, o que é a sustentabilidade?”
Foi há pouco mais de 300 anos que surgiu, pela primeira vez, a ideia da sustentabilidade na obra “Sylvicultura Oeconomica”, do o alemão Hans Carl von Carlowitz. Mais recentemente, o conceito volta a surgir e é aprofundado em obras como “The Limits to Growth”, de 1972, entre outros, mas são os grandes interesses económicos que pouco a pouco vão sequestrando o termo, tornado-no num chavão de marketing, distorcendo assim o seu verdadeiro significado e diluindo o seu impacto. Durante este dia, queremos questionar o significado de sustentabilidade nos tempos que correm e de como podemos recuperar o sentido original da ideia.
Sábado, 2 de outubro: Conversas Umundu - “Restauração de Ecossistemas”
No Dia Mundial do Ambiente, em 5 de Junho, será lançada a Década da Restauração dos Ecossistemas pelas Nações Unidas que tem como objetivo reunir cidadãos, governos e empresas em torno de um objetivo comum: prevenir, deter e reverter a destruição dos espaços naturais que suportam a vida na terra. Queremos dedicar este dia à divulgação desta iniciativa e entender o caminho de regeneração ecológica que o país e o mundo tem pela frente.
Segue-se ainda uma conversa TACKLING CLIMATE CHANGE THROUGH ECOSYSTEM RESTORATION – WITH DANIEL CHRISTIAN WAHL, 15:00 às 16:30h (Online)
- Domingo, 3 de outubro: “DIY - Do it yourself (Faça você mesmo)”
A expressão tem história e uma diversidade de significados, dependendo do contexto, seja ele político, artístico ou prático. No entanto, num mundo cada vez mais consumista e materialista, onde o Ter substitui o Ser, o lucro está acima de valores sociais, e o Planeta acaba por ser visto como fonte interminável de recursos naturais, o DIY ganha uma nova dimensão e torna-se uma forma de protesto e de expressão política, demonstrando que muitas das alternativas mais sustentáveis passam literalmente pelas nossas mãos. O Domingo será, por isso, muito prático, com eventos ligados ao “fazer com as próprias mãos”.
- Segunda-feira, 4 de outubro: “Justiça climática e social”
Pobres, negros, ribeirinhos, indígenas já enfrentam o peso da emergência climática. Combater as alterações climáticas passa, portanto, pela luta pelos direitos dos povos indígenas, pela luta em defesa das comunidades ribeirinhas e, naturalmente, pela luta anti-racista.
- Terça-feira, dia 5 de Outubro: MercadUmundu
Como no ano passado, também este ano terminaremos o Festival com um mercado de encontros e intercâmbios. Para além da presença de comerciantes de produtos alternativos, de comércio justo, e sustentáveis a nível ambiental, convidamos todas as organizações, promotoras ou não de um evento, de participar no mercado e interagir com o público.
A entrada é livre, no entanto, está sujeita à inscrição antecipada.