O autorretrato de Aurélia de Souza, pintado em 1900, serve de ponto de partida para uma reflexão sobre um contexto de criação que foi, durante séculos, “quase exclusivamente masculino”. Tudo o que eu quero é uma exposição que reclama o traço e a voz de 40 mulheres artistas portuguesas, de 1900 a 2020.
Com curadoria de Helena de Freitas e de Bruno Marchand, a exposição terá obras de pintura, escultura, desenho, objeto, livro, instalação, filme e vídeo e inclui artistas como Maria Helena Vieira da Silva, Lourdes Castro, Paula Rego, Helena Almeida, Fernanda Fragateira e Grada Kilomba, entre outras. A ideia é que, neste conjunto de obras, se apresenta “mais do que uma mera sinalização de presenças e de ausências”.
Nas palavras dos curadores, “o conjunto de obras, aqui reunido, constitui um documento em si mesmo da luta das suas autoras pelo pleno direito à sua voz”.
Depois de um incêndio ter impedido a exposição de acontecer em Bruxelas, onde teria inaugurado no dia 25 de fevereiro, no Palácio de Belas-Artes (Bozar), passa pelo Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e será também apresentada no Centre de Création Contemporaine Olivier Debré, em Paris, em 2022. Tudo o que quero é uma iniciativa do Ministério da Cultura com produção executiva e projeto curatiorial da Fundação Gulbenkian.
Local: Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa
Horário: 1 junho a 23 agosto de 2021, no horário de funcionamento do Museu
Preço: Consultar aqui.