Como combater a narrativa racista e xenófoba que se perpetua nos media?
Sabemos que as lentes com que a imprensa reporta o mundo estão editorialmente calibradas. Mas até que ponto temos consciência de que o foco noticioso pode distorcer a realidade, reproduzindo preconceitos, nomeadamente étnico-raciais?
Neste curso (9h), vamos analisar em que medida as palavras e abordagens usadas pelos media, para descrever comunidades periféricas e populações racializadas, formam a opinião pública. Ou será que deformam?
Quais são os objetivos deste curso?
- Identificar vieses étnico-raciais nos media;
- Ler as notícias também pelas ausências;
- Confrontar narrativas: media mainstream vs media alternativos;
- Refletir sobre a responsabilidade dos media nas redes sociais;
- Pensar a opinião como extensão de uma agenda que pretende silenciar e invisibilizar minorias.
Quem é o formador?
Paula Cardoso é a fundadora do “Afrolink”. Uma comunidade digital que dá visibilidade a profissionais africanos e afrodescendentes residentes em Portugal ou com ligações ao país. É também autora da série de livros infantis “Força Africana”, faz parte da equipa do talk-show online “O Lado Negro da Força”, e apresenta a segunda temporada do “Black Excellence Talk Series”, projetos desenvolvidos com o objetivo de promover uma maior representatividade negra na sociedade portuguesa. Integra ainda o Fórum dos Cidadãos, que visa contribuir para revigorar a democracia portuguesa, bem como o programa de mentoria HeforShe Lisboa.
Qual é o programa das aulas?
Aula 1 | Descolonizar a língua
A negação do racismo em Portugal vai ao extremo de se questionar se a identificação de uma pessoa como “preta”, por um meio de comunicação social, é um ato racista. Nesta primeira aula, vamos analisar como a linguagem que usamos pode ser (e é) profundamente discriminatória, bem como procurar vias para a tornar mais inclusiva.
Aula 2 | As redes da desvirtuação noticiosa
O ódio racial disseminado nas redes sociais ganha espaço crescente nas páginas de órgãos de comunicação, à boleia de reações a notícias promovidas com títulos inflamatórios. Conscientes deste fenómeno, os media parecem especializar-se na produção de conteúdos com alcance bélico, empurrando os leitores para uma guerra de comentários. Nesta segunda aula, vamos debater caminhos para a paz.
Aula 3 | O vale tudo da opinião
Se os jornalistas estão regulados pelo Estatuto do Jornalista e devem cumprir o Código Deontológico que rege o exercício da profissão, bem como o Livro de Estilo dos órgãos de comunicação a que pertencem, o que podemos dizer de quem escreve opinião? Ao que parece, nesta espécie de “terra de ninguém”, vale tudo, até mesmo expressar “solidariedade com um jornalista racista da Lusa”. Na nossa última aula, navegaremos por crimes crónicos.
Quando acontece?
19, 20 e 21 de julho. Das 18h30 às 21h30
Como funciona o curso?
Este curso tem a duração de 9 horas repartidas em 3 dias de aulas. Esta formação é realizada presencialmente na Central Gerador e por videoconferência, online. Vais receber um link através do qual consegues aceder à formação em tempo real. As aulas ficam gravadas para consulta, a pedido do aluno, durante o período do curso.
Como posso participar?
Para teres acesso à experiência completa, adquire aqui o teu pacote Academia de Verão.
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