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Festival Materiais Diversos regressa a Santarém sob signo da “desaceleração”

A 11.ª edição do Festival Materiais Diversos apresenta-se, de 5 a 17 de outubro, no…

Texto de Redação

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A 11.ª edição do Festival Materiais Diversos apresenta-se, de 5 a 17 de outubro, no Cartaxo, Alcanena e Minde, no distrito de Santarém, sob o signo da “desaceleração”, com 26 atividades e meia centena de artistas e participantes.

A programação do certame, apresentada esta semana, inclui sete espetáculos nacionais e dois internacionais, quatro deles em estreia e um em antestreia, seguindo “dois eixos paralelos”, pontuados por onze conversas que partem de onze perguntas e por uma “caminhada” simbólica de sul para norte, ligando os dois concelhos onde acontece o festival, com o primeiro fim de semana centrado no Cartaxo e o segundo em Alcanena e Minde.

“Estamos a experimentar, este ano, claramente, um novo formato, em que uma hierarquia muito comum nas programações – os espetáculos e as estreias terem destaque e depois uma série de atividades paralelas – não é o que acontece”, disse a diretora artística da Materiais Diversos, Elisabete Paiva, citada pela agência Lusa.

A responsável da organização sublinhou que o festival “continua a afirmar-se como um espaço de criação”, tendo vários projetos em estreia, “muitos deles desenvolvidos ao longo do tempo, em processos de proximidade, de pesquisa, de residências”, e apresentando “dois eixos centrais”, que “anulam essa hierarquia tradicional entre o programa principal e as atividades paralelas”.

A programação da 11.ª edição do Festival Materiais Diversos, que em 2017 assumiu um formato bienal, surge enquadrada pelas expressões “Repara (na dupla aceção de concerto, de refazer, e de parar para observar), Cuida, Partilha”, tendo sido construída a partir da “leitura” dos projetos propostos ou resultantes de convites a artistas, adiantou.

Sublinhando que a iniciativa “não tem um tema”, por não ser essa a forma de construir a programação deste festival, a diretora artística referiu o contexto em que surge esta edição, com a pandemia da covid-19 a reforçar a necessidade de trabalhar “outras escalas” e de acompanhar “a criação artística contemporânea de uma outra forma mais próxima dos públicos”.

“No último ano e meio temos todos e todas, no setor cultural e fora dele, falado em mudança, que é agora que vai mudar”, afirmou, declarando a sua convicção de que “ainda mudou muito pouco”, pelo que, como estrutura cultural, a Materiais Diversos sentiu necessidade de “passar à ação”.

Daí as onze perguntas na base das onze conversas propostas a uma pluralidade de participantes e a ideia de “desaceleração”, de aproximação ao território e às pessoas e de abertura à acessibilidade, sem abdicar do "espaço para experimentar”.

“Não acreditamos que seja possível experimentar na voragem de querer açambarcar todos os temas urgentes, todas as formas ou todos os artistas emergentes, mas muito mais numa ação de atenção e de cuidado com quem efetivamente podemos e devemos trabalhar, pela consequência que isso pode ter nas pessoas que estão em relação direta connosco e que são muito diversas”, acrescentou.

Elisabete Paiva referiu ainda a importância das parcerias estabelecidas pela Materiais Diversos com escolas e com associações, como a APPACDM de Santarém ou o movimento Mira-Minde, bem como do apoio concedido pelos municípios, a par do apoio institucional da Direção-Geral das Artes e dos projetos internacionais a que concorre.

Além do festival, que acontece de dois em dois anos, a Materiais Diversos assegura a programação regular nos concelhos do Cartaxo e de Alcanena, no distrito de Santarém, onde promove diversas residências artísticas e projetos que envolvem as populações.

Texto com Lusa
Fotografia disponível no Facebook dos Materiais Diversos

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