fbpx

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Clara Andermatt e Mickaella Dantas encontram-se no Teatro Viriato para instalar a desordem

Clara Andermatt e Mickaella Dantas apresentam hoje, 16 de novembro, às 21h30, “Instalação da Desordem”,…

Texto de Carolina Franco

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Clara Andermatt e Mickaella Dantas apresentam hoje, 16 de novembro, às 21h30, “Instalação da Desordem”, um projeto que se assume em constante mutação e que dela se vai alimentando. Entre a dança, a performance e a fotografia, a coreógrafa e a bailarina juntam técnicas, conhecimentos e visões do mundo — as suas e as do público. 

Recuar ao começo de tudo é voltar à Madeira, o lugar em que Clara e Mickaella se conheceram através do Grupo Dançando com a Diferença, o projeto de dança inclusiva de Henrique Amoedo. “Houve sempre uma vontade de continuar a trabalhar e a explorar este laço”, explica Clara ao Gerador por telefone. Esta “investigação conjunta” evoluiu quando perceberam que fazia sentido criarem algo “mais concentrado no corpo da Mickaella” e que explorasse o desconhecido e, ao mesmo tempo, os hábitos consumados. 

É com o público — ou através dele — que a instalação faz sentido. “Faz sempre parte do espetáculo haver uma conversa com o público no final e nós estamos lá muito mais para ouvir do que para falar, até porque ao longo do espetáculo vão sendo lançadas várias questões e evoluindo consoante aquilo que vamos descobrindo”, conta a coreógrafa. Seja numa galeria, num foyer ou num espaço de ensaio, como acontecerá no Teatro Viriato, “existe uma proximidade com o público que se modifica e tem consequências no espetáculo, mediante cada contexto”. 

Estreado na Galeria Zé dos Bois, o projeto começou por se chamar “Educação da Desordem” e também a mudança de nome foi uma mutação natural. “É a partir dessa desordem que vamos encontrando também novos caminhos e a possibilidade de transformação. Isso é, no fundo, o que o espetáculo apresenta e a génese do seu funcionamento – esse sentido de transformação.”

A imagem, a publicidade e a ética são alguns dos temas lançados para o momento performativo e para a partilha entre intérpretes e público. Para Clara Andermatt, a “Instalação da Desordem” é, na verdade, uma resposta aos tempos em que vivemos. "Nós vivemos tempos bastante atabalhoados e, ao mesmo tempo, aquilo que sentimos relativamente a uma série de coisas prende-se com uma certa apatia, um receio e um medo. E portanto [o espetáculo] é um olharmos para onde estamos e como estamos, e questionar precisamente diferentes formas de ver o mundo, de nos posicionarmos perante as coisas, as pessoas; perante uma transformação tão rápida que está a acontecer nestes últimos anos”, enquadra Clara.

Quanto à presença no Teatro Viriato (com quem tem uma relação de proximidade) para o New Age, New Time, Clara destaca a possibilidade de troca entre gerações e os encontros que por vezes geram parcerias. "Estes eventos e festivais são mesmo plataformas que abarcam muita coisa e muitas vezes acontece fazermos este espetáculo e irmos embora mas há alturas em que realmente há interação entre artistas, em que podemos ver o trabalho uns dos outros e há momentos que muitas vezes até dão frutos para outras colaborações.”

A “Instalação da Desordem” é apresentada hoje às 21h30 no Teatro Viriato e os bilhetes podem ser comprados aqui. Recorda quem é Clara Andermatt e conhece melhor os restantes coreógrafos presentes nesta mostra, aqui

Texto de Carolina Franco
Fotografias de ©Ivo Canelas
O New Age, New Time e o Gerador são parceiros

Se queres ler mais notícias sobre a cultura em Portugal, clica aqui.

Publicidade

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

1 Maio 2025

Literacia mediática digital além da sala de aula 

22 Abril 2025

“Pressão crescente das entidades municipais” obriga a “pausa criativa” dos Arroz Estúdios

17 Abril 2025

Estarão as escolas preparadas para os desafios apresentados pela IA? O caso de Portugal e da Bélgica 

17 Março 2025

Ao contrário dos EUA, em Portugal as empresas (ainda) mantêm políticas de diversidade

6 Janeiro 2025

Joana Meneses Fernandes: “Os projetos servem para desinquietar um bocadinho.”

23 Dezembro 2024

“FEMglocal”: um projeto de “investigação-ação” sobre os movimentos feministas glocais

18 Dezembro 2024

Portugal é o país onde mais cresceu o risco para o pluralismo mediático entre UE e candidatos

4 Dezembro 2024

Prémio Megatendências tem candidaturas abertas até 15 de dezembro

28 Novembro 2024

Reportagem do Gerador motiva alteração ao OE

27 Novembro 2024

“O trabalho está feito, e muito bem feito.” VALSA e CORAL coletivo vão fechar portas

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Viver, trabalhar e investir no interior

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Patrimónios Contestados [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Desarrumar a escrita: oficina prática [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo Literário: Do poder dos factos à beleza narrativa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Gestão de livrarias independentes e produção de eventos literários [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Escrita para intérpretes e criadores [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Introdução à Produção Musical para Audiovisuais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação ao vídeo – filma, corta e edita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Artes Performativas: Estratégias de venda e comunicação de um projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

Ativismo climático sob julgamento: repressão legal desafia protestos na Europa e em Portugal

3 MARÇO 2025

Onde a mina rasga a montanha

Há sete anos, ao mesmo tempo que se tornava Património Agrícola Mundial, pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), o Barroso viu-se no epicentro da corrida europeia pelo lítio, considerado um metal precioso no movimento de descarbonização das sociedades contemporâneas. “Onde a mina rasga a montanha” é uma investigação em 3 partes dedicada à problemática da exploração de lítio em Covas do Barroso.

A tua lista de compras0
O teu carrinho está vazio.
0