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“Capital Vices”: os demónios do Hip Hop esculpidos por Catarina Glam

Inaugurou no passado dia 1 de março na Crack Kids, em Lisboa, a exposição “Capital…

Texto de Carolina Franco

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Inaugurou no passado dia 1 de março na Crack Kids, em Lisboa, a exposição “Capital Vices - Os Vícios da Capital”, de Catarina Glam. O underground visto ao detalhe, através de sete demónios que habitam a cultura Hip Hop (e toda a gente sabe, mas não quer admitir). 

Tendo como ponto de partida, universo que, à semelhança de grande parte dos street artists, Catarina Glam habita, a artista esculpiu sete criaturas que de alguma forma estão associadas a um “pecado capital”. Tal como os pecados mortais, estes “pecados capitais” são sete e surgem em exposição pela teimosia de Catarina em não os esconder - porque muito que “poucos os reconheçam verdadeiramente” ou não os admitam. 

Belzebu (Gula) é um DJ, Mamon (Ganância) é “irmã do Asmodeus e trata-o por primaço”, Asmodeus (Luxúria) é o rapper que precisa sempre de três entradas para entrar numa festa, Azazel (Ira) é conhecido pelas frases “E quê tás a olhar? Põe-te mas é fino”, Leviatã (Inveja) é o verdadeiro groupie e fã de Asmodeus, Belphegor (Preguiça) é o opinador profissional que gosta de “ir para o estúdio opinar sobre o trabalho dos outros” enquanto os seus projetos ficam na gaveta, Lúcifer (Vaidade) é o artista que tem de ver sempre o seu nome primeiro e grita “Abaixo o capitalismo” com Airmax calçados e de Iphone 11 na mão e, por fim, Satanás (Soberba) é o SUPERB-boy que “insiste em ser a luz da discoteca” e "abre a roda até quando as pessoas querem fazer a dança do quadrado”.

Depois de se ter estreado em 2014 na Montana Lisboa com “Silver Kings e Paper Toys”, Glam leva à Crack Kids o seu mundo geométrico que tem vindo a aprofundar desde então. Catarina Glam nasceu em 1985, licenciou-se em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa e desde cedo se dedicou à arte urbana e ao design de personagens. 

Crack Kids é um coletivo “de identidade múltipla, com vontade de incluir tudo e todos os que queiram fazer parte”. É também uma loja multimarcas e de produtos para graffiti, que também funciona como galeria. Surgiu em 2009 com o nome Montana Shop&Gallery, no Bairro Alto, mudou-se para o Cais do Sodré em 2016 e passou a ser “Montana Lisboa”, e no ano passado assumiu a identidade que sempre a acompanhou: Crack Kids. 

Podes acompanhar o seu trabalho aqui, e saber mais sobre a Crack Kids aqui

Texto de Carolina Franco
Fotografias de Catarina Glam

Se queres ler mais entrevistas sobre a cultura em Portugal, clica aqui.

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