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A Paisagem: combater assimetrias e apoiar a cultura

A associação A Paisagem é resultado da junção de seis festivais de cinema, localizados fora…

Texto de Patricia Silva

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A associação A Paisagem é resultado da junção de seis festivais de cinema, localizados fora dos centros urbanos Lisboa e Porto, que pretendem combater as "assimetrias territoriais" e contribuir para uma maior equidade de financiamentos, apoios e visibilidade para estes eventos, em todo o país. Caminhos do Cinema Português, Curta Açores (São Miguel), Encontros de Cinema de Viana, Festival Internacional de Documentário de Melgaço (Mdoc), Festival Internacional de Avanca e Festival Internacional de Cinema e Literatura de Olhão (FLICO) são os fundadores da associação.

Em reação aos resultados dos concursos de apoio aos festivais de 2020 - divulgados em fevereiro do presente ano pelo Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) que beneficiam, em termos de financiamento, festivais dos grandes centros urbanos, em particular Lisboa e Porto, em comparação com as zonas periféricas - a associação pretende "promover a diversidade que caracteriza as paisagens portuguesas. Estamos a trazer para primeiro plano a velha metáfora de antigamente em que 'o país era Lisboa e o resto era paisagem'. Agora também tem o Porto no meio da definição do país e o resto continua a ser paisagem", afirmou Tiago Santos, um dos promotores desta associação pertencente ao festival Caminhos do Cinema Português, à Lusa.

Em reuniões realizadas com o ICA e a secretaria de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, os seis festivais apresentaram algumas soluções para "corrigir assimetrias territoriais" e que esperam a inclusão no próximo plano estratégico para o setor. Entre as propostas estão a criação de "mecanismos de majoração em função da realidade dos territórios, taxas diferentes de comparticipação dos projetos" e que os regulamentos dos concursos do ICA "deixem de funcionar em função da igualdade para promover a equidade de condições para a promoção de eventos culturais".

Tiago Santos reconhece a importância da existência de um apoio complementar que permitisse aos eventos desenvolver uma maior dimensão, não se ficando apenas pelo financiamento mínimo, "fazer um festival com cinco mil euros acaba por ser muito redutor. [...] E termos um ICA que vai investir no mesmo tipo de evento em vários territórios acaba por não ser um bom investimento público", acrescentou.

A Paisagem vai funcionar como "uma espécie de federação" de associações cinematográficas e festivais de cinema, para "trabalhar a coesão territorial", incluindo todos os festivais e eventos, sejam eles de áreas metropolitanas ou não.

Texto de Patrícia Silva e Lusa
Fotografia vis Unsplash

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