Mais de 20 organizações em Portugal já se juntaram à iniciativa da Caravana pela Justiça Climática, que se fará à estrada a 2 de abril. O percurso termina com uma manifestação, no dia 16 de abril, no Parque das Nações, em Lisboa. As inscrições estão abertas para participantes e organizações, podendo ser percorrida a totalidade do caminho ou apenas uma parte deste.
"Perante o panorama da crise climática, hoje, mais do que nunca, é preciso agir", avança a organização em comunicado de imprensa. Assinalando a sua partida na praia da Leirosa, a sul da Figueira da Foz, a caravana passará por várias zonas do centro do país até à sua chegada ao Parque das Nações, em Lisboa.
O percurso de 400 quilómetros é composto por etapas diárias e está dividido em duas fases: uma primeira fase sobretudo a pé, passando pela Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Coimbra, Miranda do Corvo, Ferraria de São João, Pedrógão Grande, Sertã, Proença-a-Nova, Foz do Cobrão e Vila Velha de Ródão; e a segunda fase, predominantemente percorrida de comboio, que seguirá por Mouriscas, Pego, Constância, Vila Nova da Barquinha, Vale de Santarém, Cartaxo e Alhandra, até Lisboa.
As jornadas diárias têm percursos entre os 10km e os 20km, podendo o percurso detalhado ser observado no website da caravana.


Atualmente, o evento conta com o envolvimento de mais de 20 organizações nacionais e locais, tais como Acréscimo, Basta de Crimes Ambientais, Casa de Pedrógão Grande, Climáximo, Colinas do Tejo, EcoCartaxo, EcoMood Portugal, Movimento Urânio em Nisa Não, Movimento Ecologista do Vale de Santarém, Movimento Cívico Ar Puro, ProTejo, Reforma Florestal Já!, Pólen, TROCA – Plataforma por um Comércio Internacional Justo, Movimento Ibérico Antinuclear, Loving the Planet, Greve Climática Estudantil, Gravito Healing and Retreat Centre, Flying Sharks, ClimAção Centro, APECE, Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande (AVIPG) e Associação de Pais do AE de Pedrógão Grande.
De acordo com o comunicado, "durante a Caravana serão organizadas diariamente assembleias e debates com as populações locais e também serão apontados alguns dos principais responsáveis pela crise climática em Portugal (nomeadamente a Navigator Company, Trustenergy, Celbi, CIMPOR e Celtejo), com a denúncia do avanço de projetos e infraestruturas catastróficas, como as barragens de Alvito e do Pisão e o Projeto Tejo, que propõe um novo 'Alqueva do Tejo'."