Em matéria de educação é imperativo que, enquanto sociedade, reconheçamos que um verdadeiro professor transcende as barreiras da simples transmissão de conhecimento. Neste sentido, a verdadeira essência da educação reside na capacidade do professor se tornar num pensador crítico, num filósofo da educação e da aprendizagem. É neste contexto que afirmamos convictamente a premissa que serve de mote ao presente escrito: um professor só é professor quando reflete sobre educação.
Explicamo-nos melhor: a sala de aula não pode ser entendida como um mero espaço físico onde o conhecimento é partilhado; pelo contrário, devemos procurar compreendê-la como uma arena onde as ideias são cultivadas, as mentes são moldadas e as perspetivas são ampliadas. Contudo, para que se possam concretizar esses objetivos, muitas vezes exacerbadamente otimistas, é preciso que o educador se transforme num pensador reflexivo relativamente às práticas didáticas e pedagógicas, às metodologias de ensino e ao próprio papel do professor na formação dos alunos, na medida em que se tratam de elementos cruciais e imprescindíveis para o crescimento contínuo no campo da educação.
Ora, tendo isso em atenção, consideramos que todos os professores devem ser um pouco filósofos, precisamente porque os filósofos, desde as suas origens, se preocuparam com matérias educativas. É assim porque, com a sua procura incessante pela compreensão fundamental da existência e do conhecimento, a filosofia fornece as ferramentas necessárias para questionar, analisar e interpretar o processo educativo, pelo que, pela adoção de uma abordagem filosófica, os educadores tornam-se agentes ativos na construção de uma base sólida para o desenvolvimento intelectual dos alunos. Neste sentido, tornando-se filósofos, os professores aprendem a questionar o status quo, a adaptar as suas estratégias de ensino às necessidades presentes dos seus alunos e a desenvolver uma compreensão mais profunda do impacto que têm sobre as vidas dos alunos.
Portanto, especialmente num mundo em permanente mudança e em constante evolução, a educação não pode permanecer estática e imutável. É imperativo que os professores, ao abraçaram a filosofia como uma ferramenta essencial para orientar o seu caminho no labirinto da educação, se tornem filósofos e reflitam sobre as suas práticas de modo a que não sejam meros transmissores de conhecimento, mas verdadeiros arquitetos do pensamento e construtores do futuro.
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