fbpx

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Cordas Soltas com André Matos

O terceiro episódio das Cordas Soltas, uma conversa sobre guitarra guiada pelo guitarrista André Santos,…

Texto de Andreia Monteiro

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

O terceiro episódio das Cordas Soltas, uma conversa sobre guitarra guiada pelo guitarrista André Santos, tem como convidado o guitarrista André Matos.

André Matos, atualmente em permanência em Nova Iorque, tem vindo a focar-se na guitarra a solo. Cria músicas, momentos e paisagens originais, usando sons tradicionais de guitarra, expandindo-os através da manipulação de efeitos e loops. Conta já com dois álbuns coliderados pela cantora Sara Serpa, assim como várias incursões com o seu trio composto por guitarra, baixo e bateria.

A pergunta em modo pontapé de saída é lançada para iniciar a conversa. A primeira vez que Matos pegou numa guitarra, era uma guitarra de brinquedo, embora fosse de madeira e tocasse. Lembra-se ainda de uma guitarra acústica que tinha em casa e que, segundo os seus pais, pertencera a Paulo Gonzo, que trabalha no mesmo jornal que os seus pais. Mas foi nas aulas de música que tinha na escola que começou a tocar guitarra, com cerca de dez anos.

Por volta dos 16 anos, integrou uma banda em que já tocava alguns standards de jazz e com a qual tinha um concerto regular semanal. Ao terminar o liceu, foi estudar para o Hot Clube de Portugal, e ao longo do seu percurso sempre contou com o “apoio ativo” da sua família.

Segue-se a missão de tentar definir a técnica de um instrumento, que não se revela fácil. “É o que estabelece a distância entre ti e o instrumento”, avança Matos. Ao longo do seu crescimento, sentiu uma maior proximidade ao instrumento quando se viu introduzido aos arpejos, porque lhe permitiu desenvolver estruturas na guitarra que o levaram a trabalhar questões como a velocidade ou o som de cada nota.

Discutem ainda como é que se trabalha o som e Matos explica que, para si, “são formas de sentir, mais do que pensar”. Daí a mostrar como agarra na palheta, algo já de recorrente análise nestas conversas, é um saltinho, devido à forma sui generis de André Santos pegar na palheta.

O capítulo seguinte nesta conversa foi o da composição. Para Matos a composição parte de cantar melodias e gravá-las no telemóvel, porém há ideias que coleciona de elementos engraçados que descobre enquanto está a tocar guitarra. Uma das coisas que Matos experimenta é gravar as suas sessões de improviso, com ou sem banda, seguindo-se a sua audição de forma a tirar ideias para composições futuras. Como seria de esperar, este tema acabou por estimular, de seguida, a partilha de referências musicais. Os últimos minutos de conversa são ocupados por Matos a tocar um tema que agora fica eternizado neste vídeo das Cordas Soltas e mais umas quantas partilhas musicais.

Podes ver o vídeo da conversa, aqui:

André Santos é um guitarrista madeirense de amplos interesses. Foi no conservatório de Amesterdão que fez o mestrado em jazz, tendo desenvolvido uma tese sobre cordofones madeirenses, grupo no qual se inserem instrumentos como o rajão, a braguinha e a viola de arame. Foi essa investigação que muito inspirou o cunho com que contribuiria para Mano a Mano, o projeto a duo que tem com o seu irmão, também guitarrista, Bruno Santos, que já conta com três volumes editados. Tem ainda um trio com Carlos Bica e dirige um projeto de música tradicional madeirense reinventada, Mutrama, para o qual convidou Salvador Sobral, Maria João e Ricardo Ribeiro. Tem dois discos em nome próprio e participa noutros tantos, como são exemplo, os de Salvador Sobral e Pedro Moutinho. Mais recentemente, integrou o novo quinteto de Salvador Sobral. Agora, avança com o conceito e criação deste ciclo de conversas sobre guitarra, Cordas Soltas, sobre o qual podes saber mais, aqui.

Às 18h de dia 9 de julho poderás ver/ouvir a quarta conversa entre o André Santos e Pedro Jóia. O Gerador é parceiro deste ciclo de conversas, pelo que vamos partilhar contigo cada uma delas no nosso site, através da página de Facebook do guitarrista madeirense. Fica atento!

Texto de Andreia Monteiro
Cartaz de Dário Gomes

Publicidade

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

13 Outubro 2025

Jornalista afegã pede ajuda a Portugal para escapar ao terror talibã

18 Setembro 2025

Arte, pensamento crítico e ativismo queer reúnem-se numa ‘Densa Nuvem de Amor’

17 Setembro 2025

MediaCon: convenção de jornalismo regressa a Lisboa em outubro

24 Julho 2025

MediaCon 2025 tem candidaturas abertas para novos projetos de jornalismo

2 Julho 2025

Candidaturas abertas para o Workshop de Curadores da 13.ª Bienal de Berlim

16 Junho 2025

Para as associações lisboetas, os Santos não são apenas tradição, mas também resistência

29 Maio 2025

Maribel López: “Temos de tentar garantir que os artistas possam dar forma às suas ideias”

28 Maio 2025

EuroPride: associações LGBTI+ demarcam-se do evento mas organização espera “milhares” em Lisboa

1 Maio 2025

Literacia mediática digital além da sala de aula 

22 Abril 2025

“Pressão crescente das entidades municipais” obriga a “pausa criativa” dos Arroz Estúdios

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Financiamento de Estruturas e Projetos Culturais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Desarrumar a escrita: oficina prática [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Criação e Manutenção de Associações Culturais

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo Literário: Do poder dos factos à beleza narrativa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura I – da Ideia ao Projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

29 DE SETEMBRO

A Idade da incerteza: ser jovem é cada vez mais lidar com instabilidade futura

Ser jovem hoje é substancialmente diferente do que era há algumas décadas. O conceito de juventude não é estanque e está ligado à própria dinâmica social e cultural envolvente. Aspetos como a demografia, a geografia, a educação e o contexto familiar influenciam a vida atual e futura. Esta última tem vindo a ser cada vez mais condicionada pela crise da habitação e precariedade laboral, agravando as desigualdades, o que preocupa os especialistas.

02 JUNHO 2025

15 anos de casamento igualitário

Em 2010, em Portugal, o casamento perdeu a conotação heteronormativa. A Assembleia da República votou positivamente a proposta de lei que reconheceu as uniões LGBTQI+ como legítimas. O casamento entre pessoas do mesmo género tornou-se legal. A legitimidade trazida pela união civil contribuiu para desmistificar preconceitos e combater a homofobia. Para muitos casais, ainda é uma afirmação política necessária. A luta não está concluída, dizem, já que a discriminação ainda não desapareceu.

Carrinho de compras0
There are no products in the cart!
Continuar na loja
0