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Festival Jardins Abertos lança novo projeto em três espaços verdes de Lisboa

Efeito de Estufa é o novo projeto do festival Jardins Abertos, que, até 26 de março, reúne arquitetura e arte às paisagens naturais da Estufa Fria de Lisboa, do Parque Botânico do Monteiro-Mor e dos jardins do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta.

Texto de Analú Bailosa

Fotografia de Aline Macedo

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O Colectivo Warehouse, o Estúdio Jaca e o Atelier Peninsular são os ateliês de arquitetura responsáveis pela conceção de três “estruturas efémeras” nos espaços ocupados pela programação, lê-se no comunicado à imprensa. Nelas terão lugar, durante quatro dias, performances, instalações e workshops para refletir sobre os desafios ambientais do presente e imaginar novos modelos sustentáveis de vivência coletiva para o futuro.

As propostas artísticas arrancam com uma apresentação, na manhã do dia 18 de março, do grupo Os Espacialistas, que irá transformar, no Parque Botânico do Monteiro-Mor, um conjunto escultórico de 41 varas de madeira feitas à medida do corpo humano num jogo de micado performativo. A partir das 19h, também está confirmada a participação dos autores Mestre André e André Hencleeday, cuja contribuição conjunta consiste numa peça musical de longa duração que “imobiliza o tempo e abranda o espaço” dos jardins do Palácio Pimenta. No dia seguinte, a Estufa Fria de Lisboa acolhe Ricardo B. Marques e a sua criação audiovisual sobre o impacto ambiental e social das condutas de gás natural.

O segundo fim de semana do projeto inicia a 25 de março com a atividade Escondido em Plena Vista, organizada pelo Tinctorium Studio, especialista em serviços de tingimento natural. Com o objetivo de tornar visível os pigmentos naturais existentes no Jardim Botânico de Monteiro-Mor, tecidos de painéis e capas vestíveis serão tingidos exclusivamente com as plantas do local. “Ao tingir com o que é sazonal e abundantemente disponível neste espaço, numa época com relativamente pouco a aproveitar, a obra reflete admiração por todas as plantas, respeito pelos seus ciclos de vida e satisfação com o que temos”, afirma, ao Gerador, Annette Brinckerhoff, fundadora da empresa e facilitadora da visita guiada.

A artista explica-nos que a missão do estúdio passa pela regeneração da conexão entre as pessoas e a natureza, evitando sentimentos como a infelicidade, a ansiedade e a insatisfação, que levam a civilização moderna a “encher esse buraco no coração com coisas superficiais”. Na sua opinião, o trabalho que promove serve como uma lente para facilitar o aprendizado sobre espécies específicas, seus nomes e possíveis usos. “As cores surpreendentes que são extraídas das folhas verdes tendem motivar entusiasmo e curiosidade sobre a mesma planta. Depois de colocar um pé neste mundo [do tingimento natural], fica muito mais fácil entender a natureza como remédio, alimento ou abrigo”, diz.

Ao destacar que a gratuidade do programa facilita uma interação necessária entre o público e os ambientes verdes da cidade que “nem sempre são apreciados”, Annette partilha a expetativa para a sua participação: que, ao vestir as capas e andar pelo jardim envoltos nos “tecidos vivos”, os visitantes comecem a olhar as plantas à sua volta com novos olhos e apreciar toda a flora como “uma fonte de inumeráveis surpresas”.

A experiência sensorial Silêncio que vão cantar os pássaros, de Nils Meisel e Rodrigo Pedreira, encerra, nos jardins do Palácio Pimenta, o último sábado de programação, enquanto o exercício sonoro Litania, criado por Bruno Huca, Ivo Meco e Patrícia Andrade, marca o fim do projeto, a 26 de março, na Estufa Fria de Lisboa.

As estruturas Natural Construído, do Colectivo Warehouse, Abrigo, do Estúdio Jaca, e Atmosferas, do Atelier Peninsular, estão disponíveis para visitação desde o dia 11 de março, conforme os horários e preços de entrada dos espaços em que estão instaladas. Mais informações sobre o Efeito de Estufa, iniciativa do Festival Jardins Abertos, estão disponíveis online.

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