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Galeria Underdogs promove a inclusão social exibindo peças artísticas no Festival MEO Kalorama

Esta colaboração inclui uma intervenção de grande escala do artista AkaCorleone, um workshop direcionado por Madalena Pequito e ainda a exibição de várias obras de artistas exclusivos da galeria.

Texto de Mariana Moniz

Galeria Underdogs. Fotografia cedida por Tiago Veiga

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A primeira edição do Festival MEO Kalorama começa hoje, no Parque da Bela Vista, e termina no sábado, dia 3 de setembro. Ao longo destes três dias, para além da música, vão também estar presentes muitas peças criativas promovidas pela Galeria Underdogs.

A convite da organização do Kalorama, a plataforma cultural aceitou o desafio de trazer as artes visuais para o festival, apresentando 3 vertentes do seu atual trabalho: uma tela de grande escala, elaborada pelo artista AkaCorleone e que irá estar presente no palco principal do recinto; um workshop pensado pela artista plástica Madalena Pequito, que explora as questões da sustentabilidade e as dezassete metas propostas pela ONU para 2030; e ainda um espaço especificamente criado para a exibição de obras dos vários artistas nacionais e internacionais colaboradores da Underdogs.

“A Galeria Underdogs é uma plataforma que explora muito a relação dos artistas com o espaço urbano”, começou por explicar a diretora da galeria, Suzanne Marivoet, e foi no âmbito do Programa de Arte Pública que surgiu a colaboração entre a Underdogs e o artista AkaCorleone. Por sua vez, o mesmo desenvolveu uma tela que irá ocupar a totalidade do palco principal do Festival.

A tela é “um desdobramento de um projeto mais amplo que começou em 2020: o Templo da Luz”, esclareceu a diretora. A partir desse projeto, AkaCorleone começou a desenvolver outras peças que, “no fundo são espaços cultos, de espiritualidade, artísticos e de evasão”, e que colocam em questão as formas contemporâneas em que vivemos. Esta peça, que vem dar continuidade à história do “Templo da Luz”, tem-se materializado de várias formas. Primeiramente, o artista elaborou um vitral para o Panorâmico de Monsanto, mais tarde exibiu uma instalação de luz no Mercado de Santa Clara, e chegou a realizar uma peça semelhante a um “portal”, no Brasil, no âmbito do Festival Breve. Para o MEO Kalorama criou uma impressão em tela e, visto ter uma ligação forte com a música, intitulou-a de “Templo do Som”.

Por outro lado, o workshop “Preciso de Falar”, desenvolvido por Madalena Pequito, será uma obra colaborativa. Realiza-se hoje, dia 1, e o público será convidado a criar, juntamente com a artista, uma peça que depois ficará exposta no espaço do Festival. A atividade terá a duração de três horas.

“Gostava que as pessoas fossem livres de fazerem o que quiserem em relação ao tema proposto”, afirmou Madalena. Numa primeira fase, a artista irá pedir ao público que pense nas dezassete metas e que escolha a que “faz mais sentido para a sua vida ou a que considere mais importante”. De seguida, Pequito tenciona que o público represente esse mesmo objetivo através de imagens. “Estamos muito habituados a expressar-nos por palavras e é aqui que entra o papel da arte. Quero que as pessoas acreditem que conseguimos criar consciência e transmitir os nossos sentimentos através de uma imagem”.

O workshop será uma pintura bidimensional e serão utilizados materiais como tintas de parede com pincel e rolo; spray; stencil; ou esponjas. A ideia é tentar fazer tudo à base da pintura e não do desenho, pois é essa a vertente artística de Madalena. Ainda que a artista comece por ter algumas intervenções para conseguir convidar o público a participar na atividade, o objetivo é que “as pessoas pintem sem medos e explorarem estes materiais”.  

Madalena Pequito. Fotografia via website da artista

Para além disso, Madalena Pequito alerta para o facto dos objetivos da ONU não se relacionarem apenas com a sustentabilidade ambiental, mas também com a social e económica. “Temos de preservar e melhorar o ambiente, mas também preocupar-nos com outros objetivos como a igualdade de género ou a erradicação da pobreza. É uma luta constante que não deve ser esquecida”, salientou a artista.

Outro dos grandes objetivos da Underdogs é a inclusão pela arte. “Criam-se espaços de reflexão através da arte, neste caso, de artes visuais e plásticas. A ideia é que as pessoas proporcionem esse diálogo, mas de uma forma muito íntima e coletiva”, acrescentou Suzanne Marivoet a propósito do workshop que irá ser realizado.

Por último, irão estar exibidas mais de 40 obras no “Espaço Underdogs” do Festival. Podes encontrar peças de artistas portugueses, internacionais, emergentes ou mais consolidados, como por exemplo serigrafias ou obras tridimensionais. “Este espaço reflete sobre dois eixos. Por um lado, procura trazer para o nosso projeto cada vez mais artistas. Por outro, procura quebrar a ideia de que a arte é inacessível. Trabalhamos na democratização do acesso aos bens artísticos”, concluiu a diretora.

Tanto o workshop “Preciso de Falar” como a tela de AkaCorleone, “Templo do Som”, são peças comissionadas. “Espero que todos se sintam convidados a participar nesta intervenção e que não se inibam. A ideia é incluir toda a gente!”, frisou a artista Madalena Pequito.

Todos estes projetos promovidos pela Galeria Underdogs ficarão expostos e acessíveis ao público, ao longo dos três dias do Festival Meo Kalorama.

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