Aliar a intervenção social à arte, saúde e educação. Este é o mote do Imune, o projeto que foca o tema do vírus do VIH como “motor de transformação”, para desenvolver a consciencialização da sociedade.
“Adoptando uma lente interseccional, o projeto coloca pessoas VIH+ e VIH- em diálogo, no sentido de investigar como a expressão corporal e o processo criativo em dança podem desenvolver competências de cidadania”, conforme descrito na nota de imprensa enviada ao Gerador.
Durante 3 anos está previsto o desenvolvimento de diferentes ações artístico-educativas no Porto e, mais pontualmente, noutras regiões do país. Workshops, grupo de apoio, palestras, intervenções de rua, espetáculos e conversas abertas à comunidade local são algumas das atividades referidas.
O projeto tem a direção artística a cargo da bailarina, educadora, pesquisadora e artivista Teresa Fabião, a primeira mulher em Portugal a assumir o VIH no seu discurso artístico. “Ter partilhado publicamente o meu status serológico tem-me feito conectar com os meus pares e tem convocado para outros processos de resiliência, pessoas que se sentem tocadas por esta história de superação”, afirma a responsável, que tem desenvolvido diferentes iniciativas ligadas a esta causa.
O projeto arrancou com uma open call dirigida a pessoas VIH+, que está aberta até 19 de março. O convite é para participar num leque de atividades artísticas que serão realizadas de 25 março a 8 julho, aos sábados de 9h30 às 13h30, no Bonfim (Porto). “Os encontros são confidenciais e gratuitos, facilitados por pessoa que vive com VIH”, segundo o comunicado.
As inscrições podem ser realizadas através do envio de nome, idade, telefone, e-mail, profissão, carta de motivação, para imune.producao@gmail.com. Mais informações disponíveis na página oficial do projeto.


O Imune assume-se como “o primeiro projeto artístico-educativo [sobre a temática do VIH] a ser dinamizado em território nacional”. Recebeu o apoio do programa “PARTIS & Art for Change” da Fundação Gulbenkian & Fundação La Caixa, que irá desenvolver-se na cidade do Porto até 2025. Também o GAT – Grupo de Ativistas em Tratamento, se aliou ao projeto enquanto entidade promotora.