fbpx

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Leirena Teatro apresenta o último espetáculo ao ar livre “Sob a Terra”

No âmbito do projeto “Não Brinques com o Fogo”, o Leirena Teatro apresenta já amanhã…

Texto de Bárbara Dixe Ramos

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

No âmbito do projeto "Não Brinques com o Fogo", o Leirena Teatro apresenta já amanhã o último espetáculo ao ar livre "Sob a Terra", na Larçã, Freguesia de Souselas e Botão, em Coimbra.

O espetáculo "Sob a Terra" foi uma das propostas selecionadas no âmbito do projeto-piloto “Não Brinques com o Fogo” promovido pela Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais e pelo Ministério da Cultura. Sob a operação da Direção Regional da Cultura do Centro, o Leirena Teatro apresentou o espetáculo ao ar livre em quatro municípios: Coimbra, Ourém, Penacova e Vila Nova de Poiares.

Entre os envolvidos neste projeto estiveram o dramaturgo Luís Mourão, responsável pelo estrutura dramatúrgica da peça e o processo criativo, o artista plástico Nuno Viegas, a artista Débora Umbelino (Surma), o realizador Álvaro Romão, responsável pelo documentário que regista o processo criativo, e Frédreric da Cruz, Diretor da Companhia de Teatro de Leiria e encenador da peça. Este último conta em entrevista ao Gerador que "apesar da pandemia e de todos os efeitos negativos que ela causou à cultura em Portugal, a equipa Leirena Teatro não baixou os braços". Assim, quando tiveram conhecimento da candidatura através da Direção Regional da Cultura do Centro, e pela promoção da comunicação social, "vimos que era uma excelente forma de combater um problema real que são os incêndios e desenvolver um consórcio artístico que pudesse unir criativos e técnicos da região que estavam mais que motivados para fazer acontecer".

Assim nasceu o "Sob a Terra", "um espetáculo de intervenção para público geral cujo objetivo é minimizar comportamentos de risco que possam causar incêndios florestais", afirma o encenador. Realça que "o importante é que o público perceba que tanto os incêndios florestais e as alterações climáticas são efeitos causados pela ação do homem e que estamos constantemente a ser avisados", pelo que "se continuarmos com a mesma conduta, elas deixam de ser um aviso e passam a ser a verdadeira ameaça".

Questionado sobre de que forma a cultura e as artes podem alterar comportamentos de risco e moldar mentalidades, mas sobretudo potenciar a reflexão para questões prementes como é o caso das alterações climáticas, a proteção do ambiente e do património, Frédéric da Cruz afirma que "a arte está cá para nos provocar, para nos pôr em causa, para refletirmos acerca de comportamentos num mundo onde não vivemos só. Por isso, ela pode alterar comportamentos de risco e moldar mentalidades. Ela sempre o fez, no combate à violência, ao fanatismo e às armas. Mas agora o termo não pode ser “combater”, mas sim “prevenir”. Se a arte é uma ferramenta poderosa na prevenção? É, sem dúvida. É necessário acreditar no artista e deixá-lo criar".

O Leirena Teatro apresenta amanhã, dia 17 de outubro, o último espetáculo. A mini-tournée apresentada pelo grupo tem tido uma "receção fantástica do público e dos autarcas da região". Nem o frio, nem a covid-19 têm impedido o público de participar: "Os espetáculos são à noite e realizados na rua e mesmo com o frio do outono as pessoas com as suas mantas não querem perder o espetáculo. E isso dá-nos uma gana enorme de repetir e repetir o Sob a Terra".

Texto de Bárbara Dixe Ramos
Fotografia de Carlos Gomes

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

5 Dezembro 2025

Tempos livres. Iniciativas culturais pelo país que vale a pena espreitar

4 Dezembro 2025

Fica a conhecer Peculiar, vencedor de música na MNJC24

4 Dezembro 2025

Conhece os artistas selecionados para as exposições internacionais do projeto LEAP

3 Dezembro 2025

Gerson, Lisboa faz-te feliz? Vê a nona entrevista deste projeto

3 Dezembro 2025

Estado daquilo que é violento

1 Dezembro 2025

Os novos guarda-rios no Antropoceno

28 Novembro 2025

Gerador participa no Grupo de Debates de Jornalismo Literário do ISCSP-ULisboa

28 Novembro 2025

Tempos livres. Iniciativas culturais pelo país que vale a pena espreitar

27 Novembro 2025

Fica a conhecer Margarida Carrusca, vencedora de arte têxtil na MNJC24

26 Novembro 2025

Uma filha aos 56: carta ao futuro

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Desarrumar a escrita: oficina prática [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura I – da Ideia ao Projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Criação e Manutenção de Associações Culturais

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Financiamento de Estruturas e Projetos Culturais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo Literário: Do poder dos factos à beleza narrativa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

17 novembro 2025

A profissão com nome de liberdade

Durante o século XX, as linhas de água de Portugal contavam com o zelo próximo e permanente dos guarda-rios: figuras de autoridade que percorriam diariamente as margens, mediavam conflitos e garantiam a preservação daquele bem comum. A profissão foi extinta em 1995. Nos últimos anos, na tentativa de fazer face aos desafios cada vez mais urgentes pela preservação dos recursos hídricos, têm ressurgido pelo país novos guarda-rios.

27 outubro 2025

Inseminação caseira: engravidar fora do sistema

Perante as falhas do serviço público e os preços altos do privado, procuram-se alternativas. Com kits comprados pela Internet, a inseminação caseira é feita de forma improvisada e longe de qualquer vigilância médica. Redes sociais facilitam o encontro de dadores e tentantes, gerando um ambiente complexo, onde o risco convive com a boa vontade. Entidades de saúde alertam para o perigo de transmissão de doenças, lesões e até problemas legais de uma prática sem regulação.

Carrinho de compras0
There are no products in the cart!
Continuar na loja
0