Mariana Bragada, Meta, levou Mónada, o EP que lançou recentemente a seis cidades europeias diferentes. Entre 13 de fevereiro e 1 de março, lançou-se à viagem que lhe permitiu dar a ouvir a calma que sai da sua voz e da Loopstation, e potenciou a quem se cruzou consigo que se conectasse de alguma forma.
A tour com Chau, responsável pelo seu agenciamento, e com o apoio da Fundação GDA passou pelo Sofar Sounds Manchester, Sofar Sounds London, Snotty Seaside em Estocolmo, Madame Claude em Berlim, Sofar Sounds em Madrid, e Bodega Saltó em Barcelona. Para Mariana, a possibilidade de partilhar a sua música fora do país é “tão importante quanto partilhá-la dentro”.
“Encontrei um público muito mais receptivo e pronto a ouvir do que o que esperava. Senti que as pessoas estavam dispostas a ouvir e a conectar com música que nunca ouviram sem nenhum preconceito, mas com curiosidade. Foi muito boa a interação e a recepção tão calorosa que recebi pelos países onde passei. Muito apoio, muitas mensagens de carinho e muita conexão”, conta Mariana.
Mariana Bragada viajou pela Europa com a equipa da Chau, empresa em que está agenciada
Numa conversa que teve com o Gerador aquando do lançamento do EP, Mariana Bragada explicou que Mónada é um disco “para estares e ouvires com calma, estando dentro da música”. “Não é uma coisa de ouvir um bocado e voltar depois. Sinto que é algo que convoca a uma experiência mais imersiva”, completou na altura.
Esta viagem pela Europa deixou marcas na sua memória, com todos os momentos marcantes que aconteceram “antes e depois dos concertos”. "Acho que um dos momentos mais especiais foi o concerto em Berlim, por várias razões. Tinha amigos portugueses a apoiar-me, tive a presença do FOQUE a cantar comigo 2 músicas, o público vibrou imenso e inclusive pediu mais músicas para tocar. Houve também um momento muito especial, em que uma rapariga veio falar comigo a chorar, depois do concerto, a dizer o quanto se tinha conectado”, conta.
Meta usa a Loopsation como meio criador para a sua música
"Criaram-se conexões muito bonitas através da música portuguesa e senti mesmo que a música tem a sua própria linguagem universal. Foi bom perceber que o público estava muito mais receptivo à música nova e emergente de outros países, muito mais do que o que nós esperámos”, explica. Mesmo com a língua portuguesa como convite à total imersão, a falta de compreensão não serviu de entrave.
Depois de recolher memórias pela Europa, Meta segue para Setúbal para a primeira edição “Me and My Loopstation”, um festival dedicado a projetos que utilizem a Loopstation. Sobre a valorização da música criada a partir da Loopstation e dos seus autores, Mariana diz que sente que "em Portugal cada vez mais se está a integrar e a valorizar a música criada com a Loopstation" e que "esta primeira edição do Festival Me n' My Loopstation é prova disso". "É uma forma de criação mais experimental, sem dúvida, mas que cada vez mais se está a expandir e a criar novos horizontes”, conclui.
A tour europeia de Meta acabou em Barcelona
Podes recordar a entrevista que fizemos a Mariana Bragada a propósito de Mónada, aqui.