Seis meses depois, o Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa retoma a programação e promete ficar até março de 2021.
Em tempos diferentes, a organização do festival “em articulação com as entidades parceiras” reergueram “a energia vibrante no arranque desta edição”. De acordo com o comunicado de Francisco Camacho, “em torno desta programação articulam-se outras propostas de parcerias locais e internacionais. Cultiva-se esta diversidade de olhares e de intervenções no fórum público, acreditando que, assim, a arte pode alcançar um verdadeiro diálogo transversal na sociedade”.
O CUMPLICIDADES apresenta artistas portugueses e estrangeiros, emergentes ou já reconhecidos artisticamente, com diferentes áreas de trabalho, no qual se iniciam na dança e passam por disciplinas artísticas que trabalham o corpo e o movimento.


A tipologia de organizações que acolhem o festival e que contribuem para a dinâmica urbana apresenta uma bagagem diversificada, através de um programa que visa “a admiração e a inquietação, ambicionando alcançar e estimular um público também ele plural”, afirma Francisco Camacho, no comunicado.
O tema do Festival assume-se como “Multiverso”. O conceito agrega em si a diversidade de propostas nacionais e internacionais e reflete também a pluralidade de uma bagagem de linguagens, biografias, cronologias e distintas geografias presentes no festival.


Juntamente com André Guedes, programador convidado, e a equipa do Festival, afirma que a necessidade de retomar os palcos prende-se também pela retoma de atividade dos artistas, “a precariedade que assola o meio artístico ficou patente no contexto desta emergência, agravada com a ausência de medidas que acautelassem o desespero de muitos trabalhadores do setor cultural. Acreditamos que é importante reerguer as condições para que os artistas e demais profissionais associados à edição de 2020 do festival retomem a sua atividade, querendo e podendo fazê-lo”.
Recordamos que a edição de 2020 do Festival Cumplicidades teve início no dia 6 de março, após a realização do Passaporte da Dança, no entanto, foi interrompida uma semana depois de se afirmar o surto pandémico da Covid-19.
Texto de Patrícia Silva
Fotografias de Rodrigo Ferreira
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