António Raminhos, comediante, sempre foi um miúdo pacato, embora tivesse uma queda para associações mentais ridículas que lhe valeram o apelido de “o estúpido lá de casa”. Quando chegou a altura de escolher o que queria fazer quando fosse grande, enveredou pelo Jornalismo, tendo chegado a trabalhar no jornal A Capital. Foi quando conheceu o desemprego que se apercebeu que podia usar a sua “tentativa de fazer piadolas” para enveredar por uma nova profissão. Podemos ouvi-lo e vê-lo em bares, auditórios e na televisão, ou lê-lo na revista Maxmen.
Na entrada do Coliseu dos Recreios, cruzo-me com o Raminhos a poucas horas deste subir a palco para o seu espetáculo a solo, “O Melhor do Pior”. Ainda podes ver o espetáculo em jeito de despedida de luxo do comediante em Portimão. Aproveitámos para ir para o palco juntos. Estavam a preparar os últimos detalhes para o espetáculo, pelo que percebemos que o melhor seria ir para um sítio com mais luz, não fossemos perder o nosso dado. Passámos pelo backstage, subimos um elevador e fomos parar à zona dos camarins, que naquela noite estava por conta do Raminhos. Encontrámos um sofá vermelho e confortável. Temos o cenário montado para mais um jogo da Pergunta da Sorte. Sentámo-nos e expliquei-lhe as regras do jogo. Sem hesitações e desejando que saísse sempre o número 6 para despacharmos o jogo, o Raminhos lança o dado e avançamos 1 casa indo parar ao número 1, onde nada acontece. De seguida, o dado manda-nos avançar 5 casas até uma Pergunta Rápida, onde temos cartas com perguntas de sim ou não que têm de ser respondidas sem pensar muito.
Pergunta Rápida: Rir ou Sorrir?
António Raminhos (AR): Rir.
Sem dúvidas em relação às suas preferências e sem acusar pressão face a uma Pergunta Rápida, volta a lançar o dado. Desta vez avançamos 4 casas que, para azar nosso e sorte do Raminhos, o leva ao número 10, onde nada acontece. Com pressa o dado manda-nos avançar 6 casas, mas ao menos temos oportunidade de ver respondida uma Pergunta da Sorte, em que posso fazer a pergunta que escolher na altura.
Pergunta da Sorte: Ocupares estas grandes salas foi a maneira que arranjaste de realizar o desejo de teres uma plateia que te acompanha para te aplaudir nos momentos bons e te escutarem nos infortúnios?
AR: Os palcos grandes são sempre complicados. É um misto: a vontade de fazer um palco grande e o medo de o fazer (risos). Ainda há pouco escrevi isso no Instagram. Pus uma imagem que, para mim, é a melhor imagem que define o Stand Up. É um cartoon em que aparece um gajo de Stand Up no palco, um público vazio e lá no meio está a morte com a foice. Pode parecer cliché ou exagero, mas é a sensação que um gajo realmente tem até entrar em palco. Depois quando entras a coisa desenrola-se. Mas até entrar é isso. Ao mesmo tempo, há o desejo de ‘eu não quero estar a fazer isto, mas se o vou fazer quero que esteja cheio’ (risos). É muito estúpido! Mas acontece. E fazer o Coliseu… não vai estar cheio, porque só comprámos meia sala. Mas leva cerca de mil e trezentas ou quatrocentas pessoas…
Andreia Monteiro (AM): O que é pouco (risos).
AR: É pouco é. O ano passado, ou há dois anos, fiz o Coliseu com “As Marias” e teve à volta do mesmo número. Estava muito nervoso e triste por a sala não ter ainda mais gente. Neste momento, a minha postura é um bocadinho diferente. Com o autoconhecimento que tenho vindo a adquirir a minha sensação, apesar de ter medo que corra mal, é de gratidão, porque estão cá as pessoas que me querem ouvir e isso para mim é o mais interessante neste momento. Há dois anos a minha perspetiva era diferente.
AM: A sério? Ou seja, quanto mais trabalho tens e mais reconhecido és, mais agradecido ficas?
AR: Claro!
AM: Às vezes esse reconhecimento não te sobe à cabeça?
AR: Sobe, às vezes. Mas nunca tive muito essa questão. Acho que há colegas meus de diferentes áreas, e não estou só a falar de pessoas da comédia e das artes, que são bem piores. Sou uma pessoa mais zen e fora disso do que pensas. Tento viver mais no fluxo e pouco na matéria. Cada vez mais, sobretudo devido a esse autoconhecimento que tenho vindo a desenvolver no último ano. Tenho, por respeito a mim e às pessoas, de começar a dar cada vez mais valor às pessoas que me querem ouvir. Não vou falar para toda a gente. Vou falar para quem me quer ouvir e essa é a grande diferença. Traz uma grande tranquilidade, quer a sala esteja cheia ou vazia. Ontem, por exemplo, esgotei o Teatro Sá Da Bandeira. Fiz uma sessão late, late night, às 23h30. Não esgotou, como é óbvio. O meu primeiro instinto é, ‘fogo, para que é que fui fazer isto?’. Mas depois pensei, ‘estão aqui quatrocentas pessoas. Estes gajos vieram ver-me às 23h30. Tenho de prestar respeito a estas pessoas’.
AM: E a meio da semana.
AR: E a meio da semana. Posso?
Pode lançar o dado com toda a certeza. Parece que termos o Raminho a falar foi algo que agradou ao dado. Quando o volta a lançar exibe o número 1, levando-nos à casa da Carreira, onde as cartas revelam perguntas sobre a vida profissional do artista.
Carreira: O que podemos esperar do projeto em que estás a trabalhar agora?
AR: Estou a acabar neste espetáculo, “O Melhor do Pior”. Ainda quero fazer isto para o ano, mas sobretudo nas comunidades e lá fora. Eventualmente, em cidades a que ainda não tenha ido, mas em salas mais pequenas. Por exemplo, há pessoas que me pedem para ir a Leiria e ainda não fui. Em Lisboa a única vez que vou fazer é hoje. No Porto fiz três vezes. Fiz Guimarães, mas não fiz Braga, por exemplo. Não quero vir a grandes cidades, nem repetir cidades. Vou fazer as que ainda não fiz e as comunidades. Por agora ainda tenho o espetáculo em Portimão. Quando terminar este, vou começar a pensar no próximo espetáculo que há-de ser muito neste registo de criar histórias. Estou a tentar desenvolver alguma coisa mais ligada ao autoconhecimento, mas com piada. Dizer algo sobre o mundo em que vivemos hoje em dia, em que anda tudo à pressa, ninguém vive o presente, mas brincando com tudo isso.
É altura de voltar a lançar o dado e este, em passo de caracol, exibe o número 1, levando-nos a mais uma casa numérica onde nada acontece. Voltemos, então, a lançar o dado. 2 casas à frente vamos parar ao Sê Criativo, a casa que lança um desafio que o convidado tem de resolver de forma criativa.
Sê Criativo: Um amigo teu está triste porque partiu uma unha. Que playlist lhe recomendarias? (sugere, no mínimo, 5 músicas).
AR: Escolhia Wise Up de Aimee Mann, porque está triste. Mais o quê? Não sei muito de músicas. Conheço, mas não sei os títulos.
AM: Sofres do mesmo mal que eu (risos).
AR: Gosto de ouvir música, mas não sei os títulos das coisas. Ai! Aquela que está muito na berra agora, o Mafiosa do Lartiste. A minha filha do meio está sempre a ouvir isso. Uma do Roque Santeiro. Nem sabes o que é, pois não? É uma novela. Tinha uma música que dizia, ‘encosta tua cabecinha no meu ombro e chora’. Era essa. Depois, duas para animar! Tem de ser uma do Toy e o Despacito do Luis Fonsi, só porque toda a gente odeia.
Depois da escolha musical para animar o amigo de unha partida, faz-se rolar o dado. 1 casa à frente temos direito a mais uma Pergunta da Sorte.
Pergunta da Sorte: Fala-me do dia 14 de Abril, há 12 anos, numa sexta-feira Santa. Aquilo correu bem? (Dia em que o Raminhos se estreou em Stand Up Comedy)
AR: Ahah! Pois, olha correu muito bem! Lembro-me de ter ensaiado em casa com o microfone vezes sem conta. Lia muito sobre comédia e Stand Up e os livros falavam muito da postura em palco. Então treinava num microfone dos chineses e gravava o áudio em casa em frente ao espelho. Tinha o texto muito decorado, o que é uma coisa engraçada, porque já não o faço. Estava a morrer. Garganta seca, horrível. Já não me lembro se tinha muitos amigos lá. Estava lá a minha mulher. Morávamos no Montijo, perto desse bar onde atuei. Mas lembro-me de ter corrido bem e a partir daí, pronto. O problema foi ter corrido bem. Se tivesse corrido mal tinha voltado atrás.
AM: Tive uma experiência um pouco diferente da tua. Um amigo meu que é comediante, o Rúben Branco, convidou-me o ano passado para me estrear em Stand Up no 2 Tons e Meio.
AR: Foste fazer? E correu-te mal?
AM: Nos ensaios sim. Mas depois correu muito bem em palco e toda a gente me diz que tenho de voltar, mas não quero. Não quero estragar o que fiz. Acho que pode ter sido sorte de principiante.
AR: Acho que se gostaste tens de voltar. O problema do Stand Up é… o gajo que me lançou nesta área, o Carlos Moura, que para mim é uma espécie de mestre, disse-me uma coisa que é verdade. O Stand Up é tipo heroína. Dás um chuto e vicias-te nisto. E é contra natura, porque é uma coisa que te deixa nervoso, ansioso e com medo e ao mesmo tempo quando estás ali é um chuto de adrenalina que depois parece que não consegues deixar aquilo. Isto quando corre bem. Quando corre mal, também é uma merda do caraças. Já me aconteceu, sobretudo em jantares de empresa. Em bares normalmente não corre muito mal, porque podes inventar coisas no momento ou ir buscar textos antigos, se não estiver a resultar. Agora, espetáculos de empresa, que são coisas muito específicas e em que a malta se está a cagar para o que estás a dizer… é horrível. Mas é trabalho. É a vida.
Desta feita, o dado manda-nos avançar 6 casas, indo parar à casa do Pessoal, onde as cartas fazem perguntas sobre a vida pessoal do artista.
Pessoal: O que mais repudias numa pessoa e o que mais gostas?
AR: A falsidade! Odeio pessoas falsas (caro leitor, tudo isto foi dito com um tom teatral e sarcástico).
AM: Pensava que me ias dizer que adoravas pessoas falsas (risos).
AR: Adoro! O que mais repudio numa pessoa? Falta de humildade. Aquelas pessoas que têm o ego lá muito em cima. Faz-me um bocado de confusão. O que mais gosto mais numa pessoa? Às vezes gostas das pessoas e não sabes porquê.
AM: É um feeling?
AR: Sim, um feeling, energia, ou o que lhe quiseres chamar. Gosto de pessoas que me divirtam. Há pessoas que me divertem genuinamente e que gosto de estar com elas, porque sei que, mesmo em trabalho, me vou rir à brava. Por exemplo, o Eduardo Madeira e o Manuel Marques são pessoas que estão na minha onda de fazer parvoíces. O Hugo Sousa, por exemplo, o Luís Filipe Borges – o Boinas. À vezes, vamos viajar ou ver o Benfica e é só galhofa. Estamos o tempo inteiro a dizer porcaria. Gosto desse tipo de pessoas. Há pessoas com quem crias uma ligação, porque estão na mesma frequência que tu, então é muito giro.
Curiosos por ver a ligação que o dado fará de seguida, avançamos 5 casas. Calhamos no número 32, onde nada acontece. À espera de melhor sorte, voltamos a lançar o dado e vamos parar a outra Pergunta da Sorte, 4 casas à frente.
Pergunta da Sorte: O uso do humor é mais uma fuga ou um encontro?
AR: Depende das situações. É uma maneira de ser, de te encontrares, mas ao mesmo tempo acaba por ser uma fuga. Acho que para fazeres comédia tens de ter tragédia. Uma pessoa não consegue fazer comédia se não tiver tragédia na sua vida. Se for tudo feliz e espetacular não tens razão para usares o sarcasmo e a ironia, por exemplo. Uma vez tive a triste ideia de ir ver que comediantes se tinham suicidado e a lista nunca mais acabava. Pensei, ‘se calhar vou acabar com isto’ (risos).
AM: Se calhar é boa ideia (risos).
AR: Sim! Havia imensos gajos, uns com overdose, outros com tiros na cabeça. Tens tantos que se suicidam, porque isto é tudo malta que vive com muitos fantasmas. Não é toda a gente, como é óbvio. Para não lidarmos com os nossos fantasmas, afastamos os das outras pessoas. Acho que funciona muito por aí. Acho que há muito a falsa ideia de que os comediantes têm de ser pessoas deprimidas, estás a ver? Ou alcoólicos. Há pessoal que tem muito essa cultura e eu acho que não precisa de ter isso.
AM: Por acaso não associo.
AR: Não?
AM: Associo mais facilmente a serem pessoas que estão sempre a dizer piadas, o que também é uma ideia errada. Às vezes basta apareceres e só isso tem piada, porque és tu e estou à espera que venha daí uma piada. Não associo a esse lado mais sombrio.
AR: Por acaso, associo muito. Se calhar por ter feito essa busca (risos). Acho que é sobretudo por aí. Para afastarmos os nossos fantasmas, afastamos também os dos outros através da comédia.
AM: Acho que isso é bonito.
AR: Muito bonito.
AM: Muito humilde, muito…
AR: É verdade. É só para ficar bem nas entrevistas (risos).
Já fora de brincadeiras, o dado leva-nos, 6 casas à frente, para a casa da Carreira.
Carreira: Qual foi o teu primeiro trabalho?
AR: Há vários que se podem considerar como o primeiro trabalho. Onde eu recebi o meu primeiro ordenado? Foi como treinador de voleibol, pela Câmara Municipal de Lisboa. Havia uma coisa chamada “Os Jogos de Lisboa”. Jogava vólei e devia ter os meus dezasseis/ dezassete anos. Era treinador de infantis e putos mais pequenitos. Esse foi o primeiro dinheiro que recebi. Depois, na faculdade, trabalhei num bar no Parque das Nações. Trabalhei só um mês lá, depois fartei-me. Desde os meus dezoito/ dezanove anos fui também escrevendo para jornais. Trabalhei num jornal chamado A Capital.
AM: Trabalhaste lá uma semana, não foi?
AR: No jornal A Capital? (risos). Não, esse não. Nesse fiz estágio profissional e trabalhei dois anos. Quando entrei nos quadros é que aquilo fechou, passado uma semana. Falo disso no espetáculo. Comecei a colaborar com os gajos. Mas o primeiro trabalho foi como treinador de voleibol.
AM: E o que aconteceu ao jornalista António Raminhos?
AR: Nada. Não sei se ele esteve sempre aqui. Sempre fui palhaço, brincalhão e sempre gostei de contar piadas. Mas curiosamente nunca encarei o humor como uma profissão. Só quando fui para o desemprego é que comecei a ver muita comédia. Havia um canal chamado Sic Comédia.
AM: Adorava isso!
AR: Lembras-te da Sic Comédia?
AM: Eu vivia a Sic Comédia (risos).
AR: Fogo… Adorava aquilo! Na altura também começaram a aparecer os Gato Fedorento e via Monty Python. Sempre vi muita comédia, mas nunca tinha associado uma coisa à outra. Via na ótica do utilizador. Depois houve aqui uma explosão dos blogues e criei um que se chamava “Samouco ao Rubro”, porque morava lá. Ainda existe esse blogue. Encontras lá textos meus e sketches que eu escrevia.
AM: Vou procurar! (risos)
AR: Procura, procura. De vez em quando, vou lá buscar piadas antigas. Vou lá ver e numas penso que não tem graça nenhuma, noutras ainda consigo reutilizar. É engraçado. Aí é que comecei a pensar na comédia como uma forma de viver. Foi muito engraçado. Depois, até tive convites para voltar ao jornalismo, mas disse sempre que não. Ainda hoje encontro antigos colegas, olho para os gajos e penso logo que já sei porque é que não quis voltar. É uma área super desvalorizada, sobretudo pelas entidades.
AM: É verdade.
AR: Ainda vais a tempo! (risos)
AM: Muito obrigada! (risos)
Já na reta final do jogo, voltamos a lançar o dado que nos mostra o número 2. Temos mais uma Pergunta da Sorte.
Pergunta da Sorte: Fora a comédia quem é o Raminhos?
AR: Não sou muito diferente daquilo que sou em palco. Funciono sempre no mesmo registo, mais ou menos. Sou muito mais fechado. Falo com todas as pessoas que me abordam na rua. Às vezes não tenho paciência para as pessoas que não me abordam diretamente. Acontece muito. Vou na rua, passo e já vou a cem metros de distância quando me começam a chamar. Aí mando-os logo para o caralho, nem sequer olho para trás. Do que estão à espera? Ou então aquelas pessoas que estão ao meu lado a comentar que estou ali. Tenho de me virar e dizer, ‘oiça, eu estou aqui, estou a ouvir. Pode falar comigo que eu respondo sem problema nenhum’. Ainda ontem estava no ginásio a fazer pesos e começam as velhas a perguntar se eu era o Raminhos, e eu nada, porque não conseguia falar com os pesos em cima de mim. Continuei com os pesos para acabar as repetições e elas continuavam. Então, larguei os pesos e disse-lhes, ‘oiçam, então fazem-me perguntas quando tenho os pesos em cima de mim e estão à espera que lhes responda?’. Elas ficam muito atrapalhadas (risos). Sou basicamente a mesma pessoa. Não me estou é sempre a rir. É a tal coisa que estavas a dizer. Não estou sempre a contar piadas. Normalmente até vou de cara fechada, porque estou sempre a pensar na vida.
Cada vez mais perto do fim há ainda tempo para mais uma pergunta Pessoal, 5 casas à frente.
Pessoal: Qual foi o momento mais embaraçoso que viveste?
AR: Tenho um… foi quando a minha mãe me apanhou com a minha, na altura, namorada e atual mulher. Apanhou-nos mesmo no fim, mas sabes? O quarto todo embaciado com o calor. Lembro-me da minha mãe abrir a porta do quarto, nós já estávamos vestidos, e ela começa a dizer que há ali uma coisa estranha. Estava abafado e um cheiro esquisito, a borracha queimada (risos). Os preservativos têm aquele cheiro esquisito. Isso para mim foi o mais embaraçoso. É o suficiente. E a minha mulher ia morrendo! (risos)
Ao lançar novamente o dado vamos diretos à Casa Gerador, a casa final do jogo, onde o entrevistado irá responder a uma pergunta da convidada anterior e deixar uma pergunta para o próximo. Ainda se lembram da pergunta da Luísa Sobral? “Se só pudesses ouvir mais uma canção na vida, para sempre, qual seria essa canção?”. Podes rever a pergunta da Luísa aqui.
Vê o vídeo em baixo para saberes qual a resposta do Raminhos e a pergunta que deixou para o próximo convidado da Pergunta da Sorte! Vemo-nos em breve! ;-)