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“Primaveras Estudantis”, a exposição que mostra a força dos estudantes durante o Estado Novo

Detenções, greves, manifestações, violência, exílio e a perda de alunos às mãos da PIDE marcaram…

Texto de Redação

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Detenções, greves, manifestações, violência, exílio e a perda de alunos às mãos da PIDE marcaram uma geração de jovens, hoje representados na exposição Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril. Esta iniciativa marca o arranque das celebrações dos 50 anos do 25 de abril de 1974, na data em que se assinala um dia a mais em liberdade do que em ditadura.

“O dia 25 de abril também começou a 24 de março de 1962”. Esta é a frase que acolhe o visitante na exposição Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril, patente a partir do dia 24 de março no Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa. Nas paredes estão expostas as fotografias que testemunham a passagem do tempo e da história, não esquecida, mas pouco conhecida. Em cada letra de comunicados ou jornais da época, em cada objeto, filme ou fotografias, há histórias para serem relembradas e para recordar que a Revolução dos Cravos teve na engrenagem a coragem de milhares alunos que não se quiseram calar perante a opressão do regime.

O movimento estudantil “é uma história fascinante. Este fio de água dos movimentos estudantis podia recuar até à Segunda Guerra Mundial”, aponta Álvaro Garrido, comissário científico da exposição e diretor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Estudou os movimentos estudantis nas suas teses de licenciatura e mestrado, editando a sua investigação em livro. Os sintomas já eram evidentes no país: entre outros, a proibição das reuniões, de 9 a 11 de março de 1962, que iriam permitir a criação de um sindicato na Universidade de Coimbra – que acabaram por acontecer na mesma –, tendo alimentado ainda mais o clima de instabilidade que culminou no Dia Nacional do Estudante, a 24 de março, em Lisboa, com um dos mais violentos episódios das forças policiais contra estudantes.

Apesar dos inúmeros pedidos enviados por parte das associações académicas, o regime não autorizou as comemorações do Dia Nacional do Estudante. Centenas de alunos encontraram-se, à revelia, na Cidade Universitária para se exprimir e comemorar a efemeridade. O jovem ruivo e pintalgado de sardas, Jorge Sampaio, então secretário-geral da Reunião Inter-Associações (RIA), liderava o grupo de estudantes das várias faculdades e ficou encarregado de negociar com Marcelo Caetano, reitor da Universidade de Lisboa, para que se mantivesse a celebração. Quando o reitor decidiu negociar com os alunos e os convidou para jantar, a polícia lançou-se sobre os alunos com toda a violência, enquanto desciam para o Campo Grande. Uns foram presos, outros ficaram gravemente feridos.

Artur Pinto e António Crisóstomo Teixeira, dois estudantes à época da crise académica, a assistir a um filme inédito na visita antes da inauguração não oficial. Créditos: Cláudia Teixeira | Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril

“A Universidade era uma instituição que o Estado Novo destinava a reproduzir ou a formar as elites políticas da nação”, explica Álvaro Garrido, “havia uma perspetiva reprodutora de elites na universidade e na crise académica de 1962. A universidade dissocia-se do regime autoritário e passa a ser um espaço coletivo de grande dissidência política e uma grande surpresa” para a sociedade. Inicia-se um período de luto académico de três meses, pautado por acontecimentos importantes, tais como a demissão de Marcelo Caetano – o documento original pode ser visto na exposição – e por uma greve de fome, proposta por Eurico Figueiredo que, curiosamente, celebra o seu aniversário no dia 24 de março. Esta greve na cantina da Universidade de Lisboa mobilizou 87 estudantes que, a 11 de maio, foram detidos pela PSP. “Não se sabe ao certo quantos alunos foram presos, mas devem ter sido por volta de mil”, adianta Artur Pinto, antigo dirigente estudantil entre 1963 e 1965 e estudante da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa entre 1961 e 1965, na visita à exposição antes da abertura oficial. Os estudantes foram libertados a 14 de maio, depois de vários protestos, sendo que 21 deles acabariam expulsos das faculdades de Lisboa durante 30 meses, num despacho promulgado no final de junho desse ano.

“O movimento estava a perder força e foi preciso uma ideia fresca, mirabolante, que causasse impacto para que a luta reativasse. E foi quando Eurico Figueiredo propôs a greve de fome”, lembra Maria Emília Brederode Santos, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE) e aluna na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa à época. “Eu não fui grevista, mas lembro-me de estar cá fora a vigiar e confesso que o meu pai me foi buscar” por volta da uma hora da madrugada, com o argumento que nada se ia passar. “Qual foi o meu espanto quando ao outro dia de manhã soube que tinha acontecido o que aconteceu”, recorda.

Esta exposição, que abre portas ao público no dia 24 de março, é “talvez a de maior dimensão que já se fez sobre o tema dos movimentos estudantis em Portugal”, aponta o comissário científico. Nesta iniciativa, Álvaro Garrido destaca “a narrativa sobre a crise de 1962 que, de facto, tem algum peso, alguma centralidade na exposição, uma homenagem sóbria, mas muito clara”, e afirma que “Jorge Sampaio foi o grande líder da crise 1962 em Lisboa e é muito significativo que o líder dessa geração de estudantes e do grande movimento de 62 tenha vindo a ser presidente da República”, aponta.

Álvaro Garrido, comissário científico da Exposição e diretor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, no início da visita à exposição antes da inauguração.
Créditos: Cláudia Teixeira | Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril

Destaque ainda para outros episódios na exposição, como a crise académica de 1969 na Universidade de Coimbra que, normalmente, suplanta a memória de 1962. Mas nesta exposição há espaço para os eventos mais significativos dos movimentos estudantis até à época do PREC, com recurso a materiais audiovisuais, fotografias e documentação inédita. “A crise de 1969, que é sobretudo em Coimbra, tem também uma expressão muito contundente cheia de imagens com muita força e muitos testemunhos audiovisuais”, refere, “e o episódio da final da Taça de Portugal em futebol, de junho de 1969, entre o Benfica e a Académica”, está bem representado, com a taça original do icónico jogo, emprestada pelo Museu do Benfica, e as camisolas dos capitães das duas equipas presentes numa das seções da exposição.

“Eu estive nesse jogo e ainda levei porrada”, atira João Botelho, cineasta português e antigo estudante de Cinema no Conservatório Nacional, de Engenharia Mecânica na Faculdade de Engenharia da Universidade de Coimbra e ainda cineclubista no Porto e em Coimbra, onde participou ativamente nos movimentos de protesto. Relembra ainda outros episódios, como o “apalpão” de Américo Tomaz ou, quando o seu braço partido por uma arma policial, serviu como ícone de repressão.

Taça de Portugal de 1969, cedida pelo Museu do Benfica, e as camisolas dos capitães do Benfica e do Académica à época. Da direita para a esquerda: Maria Emília Brederode Santos e João Botelho, dois estudantes à época da crise académica, ao lado de Pedro Adão e Silva, comissário da Estrutura de Missão dos 50 anos do 25 de abril.
Créditos: Cláudia Teixeira | Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril

Ouve aqui as memórias de João Botelho

“Se a crise de 1969 é intensamente invocada, ainda hoje, nomeadamente pelos dirigentes associativos em Coimbra e noutras cidades universitárias, é porque ela teve muita força até no debate posterior, e já naquela época relativamente aos códigos tradicionalistas da chamada praxe”, aponta Álvaro Garrido. “Portanto, ela marcou uma cisão e houve a partir dali um processo de ressaca repressiva que foi muito duro.” A Guerra do Vietname marcou esta geração e teve “um impacto profundo e um efeito despertador” para com a Guerra Colonial, aponta o comissário científico.

“Aqui está o nome da minha mulher, olhe aqui.” O dedo aponta para um dos nomes do painel de homenagem aos estudantes presos entre 1962 e 1974, patente na exposição. António Crisóstomo Teixeira, político, gestor e antigo presidente da CP – Comboios de Portugal, foi um estudante acérrimo na luta contra o regime e recorda que foi preso três vezes: duas em 1962 e outra em 1964, no mesmo ano que a esposa. Curiosamente, só mais tarde, nos anos de 1980, se reencontraram e casaram. A última estadia na prisão, contudo, foi a mais longa: um ano. Foi agredido e recebeu a tortura do sono. As memórias estão guardadas, mas recorda que na prisão existia um “vocabulário especial” para “podermos subsistir sem a intervenção excessiva dos guardas”. Martelo, nesta substituição, era conhecido por elástico. “Olha, passa-me aí o elástico”, ri-se Crisóstomo. “É a palavra mais engraçada que recordo”, diz.

Ouve aqui as memórias de António Crisóstomo Teixeira

Na Associação de Estudantes do Instituo Superior Técnico, 1962. Carlos Marum, virado para trás, Manuela (ainda) Cruz, Crisóstomo Teixeira, Eduardo Serra, Portela e mulher, Mário Neto. Eduardo Serra, grande nome da fotografia de cinema, pertencia a este grupo (jovem de óculos escuros e sem gravata, ao centro, em segundo plano). Fotografia amavelmente cedida por António Crisóstomo Teixeira

Um dia a mais em liberdade do que em ditadura

“Nós ganhámos a batalha da informação. A PIDE nunca conseguiu desmontar a máquina produtiva de comunicados, sobretudo o esquema de distribuição”, vinca Artur Pinto. Numa das vitrines da exposição, é possível observar a máquina de comunicados e os próprios enunciados, escritos por Manuel de Lucena. “Nós líamos os comunicados e aquilo era verdade, não havia aí nenhuma mentira. E isso também fez aumentar a confiança nos dirigentes”, aponta Artur. Tal como Crisóstomo, no memorial aos estudantes, também figura o seu nome. “Está ali, olha”, aponta com a bengala para a coluna de 1965. Esteve preso de janeiro a agosto, primeiro em Caxias e depois no Aljube, julgado em Tribunal Plenário.

“Também devemos colocar as coisas em perspetiva e perceber que não há muitos países em que se celebra as suas transições de regime”, explica Pedro Adão e Silva, comissário pela Estrutura de Missão para as Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, “porque elas são experiências muito traumáticas, que dividem. Nós não temos essa singularidade, tivemos uma transição de regime que foi vivida como uma festa e que uniu o país”. Se é importante recuperar e evocar o passado, também é fundamental direcionar as iniciativas para o público que nasceu depois do 25 de abril de 1974, refere Pedro Adão e Silva. “Isso significa que as comemorações têm de ser feitas no território, com as escolas e com as autarquias.” “Estamos a começar a desenhar um programa para envolver as escolas a partir do princípio do próximo ano letivo”, aponta.

Chegar aos mais jovens, através das escolas e de atividades didáticas, mas também reavivar esta memória para conhecimento geral, dos que nasceram depois da Revolução dos Cravos, são objetivos para as celebrações que decorrem até 2026. A ideia é entender de uma forma mais aprofundada as décadas de opressão. “A democracia é um bem muito precário” e “é uma grande vitória, de grande significado, o facto de o número de dias vividos em democracia ultrapassar pela primeira vez, a 24 de março de 2022, o número de dias em que vivemos em ditadura”, porque, considera Álvaro Garrido, “na verdade a questão que mais pesa sobre a herança do Estado Novo é a longevidade daquele regime ditatorial e o enigma dessa longevidade”.

A exposição Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril não é filha única no arranque das comemorações porque “essa questão da pluralidade é fundamental para as comemorações dos 50 anos de democracia e o 25 de Abril”, indica Pedro Adão e Silva. “Talvez esse seja, aliás, um dos motes, uma das marcas dessas comemorações. Envolver todos e o todos são as várias gerações, o conjunto do território.”

Mural de homenagem aos estudantes presos entre 1962 e 1974, alguns deles já falecidos. FOTOGRAFIA TAÇA DE PORTUGAL
Créditos: Cláudia Teixeira | Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril

No dia 23, há a abertura solene das Comemorações do 50.º aniversário do 25 de Abril, às 17 horas, no Pátio da Galé, com a cerimónia de condecorações a militares de Abril de 1974, com a presença do presidente da República, do primeiro-ministro e do presidente da Assembleia da República. Durante a sessão, a Orquestra Geração vai apresentar o tema original das comemorações, composto por Bruno Pernadas e ainda vai entoar três músicas representativas da Revolução dos Cravos. Haverá ainda intervenções poéticas de Alice Neto de Sousa.

“O encerramento tem aqui um aspeto curioso porque é o último ato público fora da Assembleia da República do presidente da Assembleia da República, sendo que o seu primeiro ato político foi ser presidente da Associação Académica de Económicas em 1971”, afirma Pedro Adão e Silva.

Ouve aqui o tema original da Estrutura da Missão dos 50 anos do 25 de Abril, composto por Bruno Pernadas

No dia 24, data que assinala os 60 anos desde o Dia do Estudante de 1962 e perfaz 17 500 dias em liberdade, mais um dia em liberdade do que em ditadura, vão juntar-se no tradicional almoço-convívio na Cantina da Universidade de Lisboa os protagonistas das crises académicas. Estreia-se, na Aula Magna, o documentário Sampaio, Caetano e Salazar: o confronto de 1962, realizado pelo jornalista Jacinto Godinho e produzido pela RTP, que contará na exibição com as intervenções do presidente da República e do presidente da Assembleia da República, bem como do reitor da Universidade de Lisboa e do comissário executivo das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

À tarde, pelas 18 horas, é então inaugurada a exposição Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril. A exposição estará patente até dia 28 de agosto no Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa, seguindo, posteriormente, para Coimbra e para o Porto.

No mesmo dia da inauguração da exposição, a 24, arranca em Lamego o espetáculo musical Mais alto! Já deste por ti a perguntar: A música pode mudar o mundo?, “uma digressão do espetáculo dedicada à população em idade escolar que é um musical infantojuvenil”, adianta Pedro Adão e Silva. É um espetáculo “sobre a importância da palavra do protesto na democracia” e “haverá 550 espetáculos [em todo o país], basicamente todos os dias há um espetáculo num concelho [diferente]”.

Que comece uma primavera prolongada de liberdade.

Texto de Ana Sofia Paiva
Fotografia cedida por António Crisóstomo Teixeira

Conhece a nossa programação Idade da Liberdade, iniciativa oficial das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

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