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Tiago Pereira: “O preconceito muda pela música”

Tiago Pereira é o criador da Associação “A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria”, sem…

Texto de Vanessa Lopes

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Tiago Pereira é o criador da Associação “A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria, sem fins lucrativos.
A ideia surgiu através do desejo de dar voz a quem não a tem. A forma mais simples que o fundador encontrou para o fazer, foi viajar até essas pessoas e ouvi-las. Dá a conhecer pessoas reais, música, estórias, ofícios, danças, entre outras práticas. O objetivo é imortalizar esses saberes, fazendo a transição da era oral para o digital.

“A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria”, tem percorrido o país de norte a sul, em busca “das pessoas que ainda cantam para si próprias, que utilizam a memória e a tradição oral para manter vivas práticas e saberes ancestrais”, afirma Tiago Pereira ao Gerador.

A Música Cigana A Gostar Dela Própria nasce mais tarde no coração do documentarista Tiago Pereira, em 2019. O projeto pretende quebrar preconceitos sociais e desmistificar ideias sobre a comunidade cigana em Portugal. Pretende mostrar a grande riqueza que existe na música e na cultura cigana.
A música, através da comunidade cigana, é protagonista no filme A música invisível, realizado pelo autor Tiago Pereira, que esteve presente na última edição do Festival Política.
Trata-se de uma compilação de mais de 250 filmes gravados de norte a sul do país.

"Nós devemos-lhes isso. Entender que eles ainda têm uma comunidade viva, que nos mostra que há um cantar livre, espontâneo, que faz parte da forma orgânica da sua cultura e que nós perdemos isso e nunca mais vamos recuperar", afirma Tiago Pereira na apresentação do projecto.

Numa conversa por Zoom, Tiago Pereira conta-nos como foi a experiência com a comunidade e quais os maiores desafios desta aventura.

Gerador (G.) — Como surgiu a ideia de criar “A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria”?

Tiago Pereira (T. P.) — A certa altura, houve um movimento em que os jovens voltaram a cantar em português. “A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria” surge no início desse movimento.
Em 2011, não havia nenhum lugar onde se pudesse encontrar os vídeos gravados de toda a música portuguesa. Estavam dispersos. A ideia inicial era compilar todos os conteúdos no mesmo lugar.
A partir do momento em que “A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria” começou a avançar no tempo, e começou a gravar as pessoas que normalmente não eram apresentadas, essa ideia foi ultrapassada. O papel deste projeto, sempre foi o de sinalizar aquela música, a que as pessoas raramente têm acesso por vários motivos. Isto é, seja porque vivem em centros urbanos, porque não passa na rádio ou porque está perdido nas aldeias. Muito do conteúdo gravado não é conhecido porque está num nicho. Por exemplo, a música cigana pode ser encontrada no YouTube, porém, é preciso procurar muito bem, saber filtrar e conhecer.
Apenas um circuito fechado de pessoas gosta dessa música. Normalmente, é apreciada dentro da comunidade, uns com os outros. “A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria” rapidamente se tornou naquilo que fazemos hoje. Divulgamos música que, de outra forma, não teria a mesma notoriedade. Isso não significa que não gravamos pessoas que são conhecidas. A música tem todo um outro aspeto social muito grande, de dar um reforço positivo às pessoas, e de estar sempre a puxar por elas.
Trazemo-las para um lado de dignidade que normalmente não têm. Quando vamos gravar alguém, dizem-nos — “aquilo que eu sei não serve para nada, eu canto mal”.
“A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria” quer mostrar que a música está para além dos concursos televisivos. Está para além dos palcos e das escolas. Está para além da ideia de que a música tem de ter uma hora marcada. Música é uma coisa genésica que nos une a todos, universalmente. Ultrapassa todas as fronteiras, não tem hierarquias e não acaba nem começa nas orquestras. É importante mostrar como é que a música tem um papel social, como é que pode ultrapassar fronteiras e como é que pode ajudar a resolver conflitos.

G. — Mais tarde, surgiu “A Música Cigana A Gostar Dela Própria”, que originou o documentário “Música Invisível”.

T. P. — Criámos a “A Música Cigana A Gostar Dela Própria” porque tínhamos perguntas às quais não sabíamos responder. Como, por exemplo, até que ponto a música cigana dentro da comunidade era permeável ou não? Será que era flamenco ou será que apenas tinha alguma influência? A música cigana nasce como uma descoberta.
Antes do documentário, nós gravamos mais de 250 vídeos de música cigana pelo país. Depois disto, surgiu o documentário “Música Invisível”, que, no fundo, é uma montagem de todos estes vídeos.
A única coisa nova neste filme é o facto de ter a entrevista do músico Pedro Gama. Ele começou a tocar em Viana do Castelo, perto de um acampamento cigano. Cresceu a ouvir os músicos a tocar. O Pedro Gama decidiu aprender a tocar flamenco por causa da proximidade com o bairro da comunidade cigana. Ele nunca esteve no bairro, nem nunca se envolveu com as pessoas. Era apenas uma proximidade no espaço e de escuta.

G. — Os músicos ciganos são muito conhecidos apenas dentro da comunidade. O que achas que poderia ser feito para passarem de uma proximidade de escuta a uma proximidade relacional, de forma a que a sua música chegue a todos?

T. P. — É um processo muito complicado. Uma das formas possíveis é haver partilha. “A música Invisível” acontece porque o José Pedro Lima enviou um email para “A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria”. Disse-nos que tocava flamenco e que queria conhecer um cigano que viu num vídeo que fizemos. Gostou muito da forma como ele cantava e queria criar um grupo com ele. Isso é uma das formas possíveis. Juntar grupos com pessoas ciganas e não ciganas, que tocam coisas diferentes, onde a etnia já não é importante. O que é importante é a música que tocam entre eles.

G. — Os conteúdos publicados são bastante diversificados, desde música a histórias anónimas. Como é que chegas a essas pessoas?

T. P. — Conseguíamos através dos projetos “Escolhas”. Através dos ciganos que víamos no YouTube. Comunicávamos com eles e íamos atrás deles. Com alguma sorte conseguíamos marcar para gravar. Outras vezes, nunca conseguimos chegar a ter um contacto. Muitas pessoas também nos ajudavam. Algumas vezes eram os próprios ciganos que nos abordavam. Houve uma jovem que via os nossos vídeos e que convidava músicos da comunidade para gravar.
Dentro das igrejas também tivemos acesso a estas pessoas. Para nós, tudo isto foi uma descoberta. Nós tivemos de entrar nas igrejas e tivemos de ser aceites dentro dessa comunidade. Tivemos de respeitar aquilo que defendem, o facto de cantarem só músicas cristãs devido à religião e documentámos isso. Este fenómeno abre por completo a música cigana. Até ao momento, tínhamos a questão de se a música cigana tinha inspiração no flamenco. Mas, de repente, a música religiosa veio trazer outras influências. É uma outra dimensão.

G. — “Toda a gente anda pelo país a gravar, vai gravar ao Alentejo, grava cante e passa ao lado dos ciganos e não grava os ciganos” — esta foi uma afirmação feita na apresentação do projeto. Em que é que te baseias e porque é que achas que isso acontece?

T. P. — Eu acho que em termos musicais os ciganos nunca foram reconhecidos. Por exemplo, o município é capaz de sinalizar o senhor que vive sozinho na barraca e que toca harmónica, mas não conseguem sinalizar o bairro. Porquê? Porque eles nem se conhecem, na maior parte das vezes. Nunca estiveram lá para ver.
Eu acho que o reconhecimento tem muito que ver com a falta de informação. A falta de conhecimento faz com que a fronteira seja cada vez maior.
Esta comunidade também nunca foi reconhecida como portuguesa, apesar de estar cá desde o ano 1400. De certa forma, a sua música também não é reconhecida.
Depois, entramos em outros aspetos sociais. Tivemos no Alentejo e entrámos em acampamentos sem água e sem luz. Obviamente que existe uma ciganofobia. Sempre que digo que gosto de ciganos, gera uma manifestação negativa sobre isso.

G. — A tua perceção sobre a comunidade cigana sofreu alterações à medida que te ias relacionando com as pessoas, e principalmente, depois do resultado final?

T. P. — Em 11 anos quebrei muitos preconceitos urbanos que tinha em relação à vida rural, em relação à forma como as pessoas viviam e como eu via o mundo. Portanto, eu próprio já estava mais do que habituado a mudar as minhas opiniões. Cresci em Moscavide, e quando era pequeno, no fim da rua onde a minha avó vivia, havia um acampamento cigano. Lembro-me de que, na escola primária tínhamos problemas com os ciganos, como tínhamos com outras pessoas. É tudo acerca de pessoas. Nunca teve que ver com etnias. Há pessoas boas e más em todo o lado. Aquilo que eu descobri tem muito mais que ver com a questão da música e com a questão da religião. Tem que ver com todas as coisas que fui descobrindo e que fui percebendo as razões.
A religião surge como uma proteção da sociedade. Veio potenciar tudo aquilo que a cultura cigana tem, a música, a dança, o cuidado pelos familiares, de tomarem conta uns dos outros, o sentido de comunidade e união. As igrejas ajudam a sedimentar isto em relação ao mundo exterior.
Simplesmente deixaram de cantar música secular, deixaram de consumir álcool e de possuir armas.
Tudo isto, para mim, era uma perfeita novidade. Acho que a maior parte das pessoas não tem noção da realidade.

G. — O objetivo da Associação é dar voz a quem não costuma ser ouvido. Quando o Tiago vai ao encontro das pessoas e diz que tem interesse em gravar com elas, qual é a reação por parte das pessoas ciganas?

T. P. — Foi difícil. “A Música Cigana A Gostar Dela Própria” grava as coisas da forma mais simples possível. Chegas junto de alguém, com um microfone, uma câmara e gravas o local e a pessoa, sem produção, de uma forma muito natural. Percebi que a maior parte dos músicos ciganos não gostava disso. Achavam que não era produzido. Achavam que era uma coisa amadora. Fui criticado muitas vezes.
Por exemplo, o Almerindo Lima Prudêncio, que também fez parte do documentário, só depois de ver o filme é que mudou de opinião. Reparou que o filme afinal era produzido, que tinha correção de cor e montagem. Nós captámos o momento de uma forma simples. Os músicos ciganos não gostavam disso, e, por isso, foi muito difícil. Havia uma certa desconfiança.

G. — O que é que os levava a ter essa visão das coisas?

T. P. — Eles estão habituados a gravações em estúdio. Porque toda a música cigana que existe no YouTube nunca é gravada de forma simples. É produzida em estúdio, com equalizações e compressores. É a forma como eles estão habituados a ouvir a sua própria música. Portanto, quando vamos lá e gravamos aquilo da forma mais simples possível, eles acham que qualquer coisa está a faltar. Falta-lhes a produção.
Eu só percebi isto quando comecei a mostrar o documentário a ciganos com quem tinha gravado. Percebi que a atitude deles tinha mudado em relação a mim.

G. — Beneficiou com muitas pessoas da comunidade cigana na assistência do documentário em Lisboa e em Braga?

T. P. — Em Lisboa, não, mas, em Braga, havia ciganos na plateia.
O filme ajudou como bilhete de entrada. Antes, havia alguma desconfiança e um limite. Havia muitos sítios em que eu sabia que não podia entrar. E, agora, sei que, pelo menos, já não ficam de pé atrás comigo. Sabem o que faço e respeitam-me.
Agora é uma boa altura para continuar a gravar e fazer mais documentários. Isto é tudo uma questão de ganhar confiança.

G. — Quais foram os maiores desafios com que te deparaste, e o que mais gostaste de fazer?

T. P. — Gostei de tudo. Um grande desafio que tive foi ir a uma igreja em Famalicão em plena covid, com muita gente. Aquilo foi, de facto, difícil, porque nós assistimos ao culto inteiro.
Eles só cantaram no fim. Foi uma experiência completamente diferente. Nós fomos a três ou quatro cultos.
Gostei imenso de gravar os ciganos reunidos, uma pândega real, a beberem cerveja com muita animação. Ambas as experiências foram interessantes.

Fotografia Cortesia Tiago Pereira

G. — Como foi manter o projeto vivo em tempo de pandemia, numa fase na qual as pessoas tinham de manter a distância?

T. P. — Nós gravámos só a seguir à primeira vaga. Gravámos muito intensamente a partir de junho, desde a primeira vaga até à segunda. A partir daí, parámos e só conseguimos gravar mais tarde. Foi complexo. Mas íamos gravando com máscaras, inclusive fomos para a igreja com máscara.

G. — Quais foram as curiosidades que mais ouviste ao longo dos mais de 250 vídeos gravados?

T. P. — A questão do cabelo longo como sinal de beleza da mulher. A questão do luto que, na verdade, não é um costume unicamente dos ciganos. As velhinhas têm luto durante anos e anos. Foi-se perdendo no tempo, na ruralidade e nos sítios urbanos. Mas os ciganos continuam a manter. Aprendemos muitas coisas, foi todo um processo bastante interessante. O mais difícil foi mesmo os acampamentos.

G. — Porque é que achaste os acampamentos difíceis?

T. P. — Porque é muito duro ver aquilo. É muito duro perceber que, em Portugal, há pessoas que vivem naquelas condições. É muito difícil.
Não têm água nem luz. É horrível. Não tenho palavras. Não é humano viver assim. É, de facto, algo que devia ter destaque.

G. — Como é que a “A Música Cigana A Gostar Dela Própria” contribui para o bem social coletivo?

T. P. — Ajuda a mostrar uma visão diferente. A maior parte das pessoas não conhece aquela música e não sabe que existe. Uma das coisas mais bonitas que aconteceu em Braga foi, no fim do filme, ter duas jovens na plateia, que levantaram a mão e disseram — “Nós estudamos música, damos aulas a jovens da comunidade cigana e não fazíamos a mínima ideia de que isto existia. É tudo uma música para nós. Andámos na escola durante cinco anos e nunca ninguém nos mostrou tal coisa.” Pediram o link porque queriam mostrar aos seus alunos. Foi como que um despertar para uma nova realidade.

G. — Em uma entrevista, dizes que música é simplesmente música, mas que, por norma, os portugueses não a consideram como deles. Como é que te apercebeste disso?

T. P. — Fui apercebendo-me disso porque eu estou no terreno. A ciganofobia existe. Eu lembro-me de estar numa terra no Alentejo em gravações, e houve um momento em que eu disse a alguém da câmara: — “Não há ciganos aqui?” Até que disseram que havia um acampamento, e pedi para passar lá. Percebi que havia alguma resistência em levarem-me ao acampamento. É como se houvesse um outro mundo.
Eu sempre quis gravar ciganos. O primeiro cigano que gravei foi o José Lito Maia, em Portalegre, em 2013.
Em 2014, fomos a Elvas, um bairro onde ninguém ia, nem o próprio saneamento. Era um bairro super problemático de Elvas. Conseguimos gravar uns miúdos a cantar. Houve muitas partilhas do vídeo, até que chegou ao expresso e ao Daniel Oliveira. Chegou a um ponto em que a câmara municipal, que não mandava os carros de lixo ao bairro, convidou os ciganos para irem cantar. Foi das coisas mais bonitas de sempre. De repente, o preconceito muda pela música.

Fotografia Cortesia Tiago Pereira

G. — Para ti, a música cigana é sobre o quê? O que é que te faz sentir?

T. P. — É sobre tudo aquilo que nós perdemos. É a música sem hora marcada. É a música na comunidade viva.
Temos uma comunidade, que é comunidade cigana, na qual a música faz parte e nem sequer olhamos para ela. É uma pena, porque eles são o último reduto do que é a música viva nas comunidades. Nós, portugueses não ciganos, já não temos isso. Provavelmente, nunca mais vamos ter.

G. — A música na comunidade cigana existe sem qualquer tipo de formação musical. O que pensas sobre isso?

T. P. — Isso é o mais importante e incrível, porque aprende-se de forma orgânica. Por isso é que é tão bonito. Eles aprendem a ouvir, aprendem a estar com a música.
Antes era assim em Portugal. As pessoas deixaram de trabalhar no campo e foram para as cidades o que levou a que ninguém aprenda música dessa forma. Alimentou-se a ideia de que se queremos que os nossos filhos aprendam música, temos de os colocar numa escola. A comunidade cigana, não. Essa parte da relação com a música é o mais bonito de tudo. Têm a música dentro deles sem saberem uma única nota.

Fotografia Cortesia Tiago Pereira

G. — Depois desta experiência com as pessoas ciganas, o que é que gostavas de partilhar com quem te lê?

T. P. — A música cigana precisa de ter o seu espaço e precisa que as pessoas a escutem. Precisa que as pessoas vão à procura dela, e, mais do que isso, que se misturem com ela.
É fundamental cruzar e misturar músicos, que têm um percurso, que têm uma afirmação deles próprios, com músicos de etnia cigana.
Vamos continuar a gravar música cigana. Só que, desta vez, deixámos de ter “A Música Cigana A Gostar Dela Própria” e metemos na “A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria”.
Agora já não precisamos do reforço positivo. Simplesmente temos de assumir que aquilo é música portuguesa.
A ideia é que a música continue a propagar-se e a cruzar-se. A música tem de fazer o seu papel, ser universal e quebrar barreiras.

G. — São 12 anos de conquistas de “A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria”. As vossas origens continuam as mesmas ou foi tendo alterações ao longo do tempo?

T. P. — Teve muitas alterações. Hoje em dia, já quase não gravamos música. Estamos a fazer mais trabalho social. A nossa missão é dar reforço positivo às pessoas. Fazê-las sentir que são uma estrela, e que toda a gente tem uma história para contar. Nós vamos fazendo esse papel.

G. — “Uma janela aberta para o mundo”é uma frase que faz parte do teu slogan. O que é que significa?

T. P. — Significa que, apesar de nós vivermos no centro do país, numa vila que tem muito poucas pessoas, um lugar onde toda a gente diz que não se passa nada e que é o fim do mundo, contudo, os lugares só são limitados conforme as pessoas que lá habitam.
Nós, aqui, temos uma janela aberta para mundo, porque podemos ter o país todo em discos rígidos, toda a música centralizada e no mesmo sítio. Estamos abertos para toda a gente e recebemos todos. Não temos qualquer tipo de prisão. É uma forma filosófica de estar na vida. É querer viver, ter abertura, ser plural, não ter prisões, crescer, alargar, expandir, ver vários pontos de vista. Isso é uma janela aberta.

Texto de Vanessa Lopes
Fotografia Cortesia de Tiago Pereira

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