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3ª edição da BoCA “Prove You Are Human”: a arte humana, plural e sustentável

A programação da 3ª edição da BoCA Bienal de Artes Contemporâneas foi ontem apresentada no…

Texto de Ana Mendes

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A programação da 3ª edição da BoCA Bienal de Artes Contemporâneas foi ontem apresentada no jardim do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, celebrando a relação com a natureza e a humanidade que se reúne em torno da arte contemporânea. De 3 de setembro a 17 de outubro de 2021, nas cidades de Lisboa, Almada e Faro, a BoCA propõe, sob o mote “Prove You Are Human”, um desafio à reinterpretação da história e à consciência da ação humana nas questões ambientais, com destaque para a crise climática.

O coletivo feminista chileno, LASTESIS

“A desumanização a que assistimos, depara-nos perante o grande desafio das nossas vidas, que a pandemia veio tornar mais evidente: fazer da responsabilidade ética de vida e deste lugar ‘entre’ e ‘trans’, um lugar de amor”, realça John Romão, diretor artístico da BoCA. A 3ª edição da bienal pretende refletir s a arte contemporânea nas cidades como espaço de encontro, de diversidade, apelando a uma construção coletiva daquilo que será o futuro.

Com o apoio da DG Artes, Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Almada, Câmara Municipal do Faro, Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação Millennium bcp, a programação convida mais de 40 artistas contemporâneos nacionais e internacionais a apresentar as suas criações

Grada Kilomba, instalação “O Barco”

Ao artista residente Gus Van Sant, que estreia na bienal a sua primeira criação de palco, “Andy”, inspirado na figura de Andy Warhol, juntam-se Grada Kilomba, com a instalação “O Barco”, uma obra de grande escala em espaço público, representativa da violência e genocídio dos povos africanos e indígenas; Odete, que apresenta “On Revelations and Muddy Becomings”, um trabalho sobre sombras e política, vencedor da primeira edição de RExFORM – Projeto Internacional de Performance; e ainda Miles Greenberg, com  a performance “Water In a Heat Wave” (Can), uma peça duracional que faz colidir os corpos dos performers em tensão.

O grupo de artistas nacionais incorpora o primeiro texto teatral escrito pela rapper Capicua, com co-criação e interpretação de Tiago Barbosa; o realizador Pedro Costa, a par com Os Músicos do Tejo; de Almada, a encenadora e atriz Mónica Calle, que dirige o olhar para o espaço público natural com a obra “Entre o Céu e a Terra”; e o encenador Tiago Cadete, com uma reflexão sobre as migrações, em “Brasa”.

" A Tralha" de Capicua, com co-criação e interpretação de Tiago Barbosa

A estes artistas, unem-se outras realidades e áreas geográficas, com a presença das criações da alemã Anne Imhof, a vídeo-instalação “Untitled (Wave)”; o coletivo feminista chileno, LASTESIS, com envolve cerca de 80 mulheres na performance “Resistência”; e o encenador italiano Romeo Castellucci, com a vídeo-instalação “O Terceiro Reich”.

Nesta edição, a BoCA quer aliar a programação artística aos espaços naturais, propondo um projeto inspirado no legado de Joseph Beuys, A Defesa da Natureza. Esta ação, que se estende por 10 anos, passa pela plantação de sete mil árvores de espécies autóctones em vários pontos do território. Aludindo à frase de Beuys, “todos podemos ser artistas”, a iniciativa convida qualquer indivíduo a ser parte deste projeto, afirmando a humanidade em prol da defesa ambiental.

Neste contexto, a série “Quero ver as minhas montanhas”, compõem a programação da 3ª edição da BoCa, com curadoria de Delfim Sardo e Sílvia Gomes, e com a participação dos artistas Sara Bichão, Diana Policarpo, Dayana Lucas, Gustavo Sumpta, Gustavo Ciríaco, Musa paradisiaca e o coletivo Berru.

Tiago Cadete, “Brasa”

A par da programação artística e da dinamização de conversas, debates e workshops com os artistas, a BoCA Sub21 é um projeto educativo e experimental orientado para jovens até aos 21 anos. Este projeto pretende que os jovens acompanhem, a partir de Lisboa, Almada e Faro, as criações e as questões que elas suscitam. As inscrições para open cal estão abertas até dia 5 de agosto de 2021, através do site oficial bocabienal.org.

No mesmo âmbito educacional, a Academia Circular, do teatro ao museu, é uma ação formativa de criação artística para jovens entre os 18 e os 27 anos. Com a direção de Sara Franqueira, e em colaboração com as entidades parceiras, este projeto visa a procura de novos modelos de relação entre as artes performativas e as artes visuais, aliadas a uma aprendizagem não formal.

De 3 de setembro a 17 de outubro, a 3ª edição da BoCA Bienal de Artes Contemporâneas, “Prove You Are Human”, convida a uma nova travessia dos espaços artísticos contemporâneos, contribuindo para uma humanidade mais plural e sustentável.

Texto de Ana Mendes
Fotografias da cortesia de BoCA

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