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42: Olívia e a independência do Texas

A crónica ficcional 42 trata de mudanças climáticas, avanços tecnológicos, e transformações sociais, políticas e científicas, centrando-se em Lisboa, na Europa e no mundo no ano de 2042. No terceiro episódio, Alexandre entrevista Olívia Anwar, explorando as secessões e a nova realidade política na América do Norte após a 2ª Guerra Civil dos EUA.

©Nuno Saraiva

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Em Lisboa está muito calor. Apesar de não ser um ano de temperatura recorde (já aqui batemos os 50ºC mais do que uma vez), custa estar na rua. Corremos de jardim em jardim e sombra em sombra, e temos de parar para nos refrescarmos nos pontos de água espalhados pela cidade (agora há muitos), enchendo os copos de lata que toda a gente traz à cintura no verão. Há três anos foram levantadas as restrições de circulação nos picos de calor no verão, mas sei que não devia andar na rua a esta hora, mesmo não estando na idade de risco. Só que a pessoa que vou entrevistar só está cá dois dias e hoje é o último.

Consegui marcar um café com a Olívia Anwar, uma comunicadora e produtora de conteúdos de São Francisco, na República da Califórnia. Está a atravessar a Europa para falar com viajantes, diz que quer ser como o Homero e escrever uma nova Ilíada, desta vez contando as incríveis histórias dos refugiados que abandonaram as suas casas a milhares de quilómetros de distância, algumas há muitos anos e que finalmente encontraram casa no sul da Europa, em particular no interior rural. 

Esse não é o assunto desta entrevista de hoje. O objetivo é perceber melhor o que aconteceu na América do Norte nos últimos anos: a guerra, as secessões e a nova realidade daqueles territórios e países. Ela é jovem (deve ter a minha idade, mas estudou bastante os quatro anos da  2ª Guerra Civil dos Estados Unidos, ou a 2ª Guerra da Independência, dependendo de com quem falarmos.

A Olívia mandou-me um mensagem instantânea a dizer que está atrasada. Fiquei a observar as ruas da cidade sob a sombra das árvores e dos toldos brancos. Está meia adormecida às 8 da tarde. Há uma ou outra loja aberta, principalmente as lojas de reparações. Aqui na rua Morais Soares há mais de 20 lojas de reparações de coisas antigas como frigoríficos, rádios, microondas ou computadores. Eles conseguem estar abertos porque nunca lhes faltam ares condicionados (para arranjar e arranjados). Também há uma grande biblioteca nova, onde antes havia uma loja onde se vendiam animais mortos para comer. Combinei a entrevista com a Olivia na Biblioteca. 

Às vezes ainda é difícil de acreditar que há apenas alguns anos a maior parte dos materiais eletrónicos eram descartados e substituídos a grande velocidade. Hoje reutilizamo-los a quase 100%. Sei que também acontece porque não há tantos produtos novos como antes. Mas é mesmo difícil entender como é que alguém achava que era possível descartar tantas coisas tão rápido sem consequências.

Enfim, estas também são algumas das questões que vou colocando nas minhas notas quando olho para o presente e penso no passado sobre o qual estou a escrever.

Por exemplo: a novidade do mostrador público da temperatura de bolbo húmido. Em Portugal não serve de muito, e ainda bem. Indica que apesar da temperatura estar alta, não corremos risco de vida - como acontece todos os anos nos países asiáticos ou na América do Sul. Acho que só puseram aqui o mostrador para tranquilizar as pessoas que chegam da Índia e do Bangladesh, que ainda trazem o trauma coletivo de mortes na rua - e em casa - pela combinação de calor e humidade. 

Por toda a avenida há placas nas várias línguas - português, inglês, hindi, nepalês, francês - que anunciam os negócios das pequenas lojas e também que agradecem e dão as boas vindas às pessoas recém-chegadas à cidade. Para comemorar as novas populações que chegam a Lisboa há todos os anos o festival da Cidade Nova, que parte da praça no topo da Avenida - a Praça da Revolução de Janeiro - e desce a Morais Soares, acabando na Alameda. No meio da avenida estão plantados ciprestes e também há umas pequenas alfarrobeiras, e outros  arbustos coloridos. Têm um ar muito bem tratado. Todos os dias as equipas de “cirurgiões de árvores” e jardineiros cuidam das árvores de manhã e de noite. Ouvi dizer que fazem registos precisos acerca do estado de saúde de cada planta.

Em Lisboa, as diferentes regiões e as encostas da cidade têm diferentes espécies plantadas, além das zonas de árvores e arbustos fruteiros. Há as tradicionais figueiras, zambujeiros, sobreiros e azinheiras, mas também há árvores que há alguns anos não eram consideradas nativas como os bordos negundo, as tamareiras, os cedros-do-Atlas, os pinheiros de Alepo, as arganas e os estranhos ciprestes do Saara. O próprio conceito de espécie nativa mudou, com a grande migração de plantas, animais e pessoas, e também porque o nosso clima já é mais parecido com o que há umas décadas existia no Norte de Marrocos. 

Apesar de eu nunca ter feito este trabalho nas minhas rotações, a Lia já o fez durante vários anos intercalados. É um trabalho muito interessante, mas cansativo. Discutimo-lo muitas vezes, tanto em casa como nas reuniões do bairro, porque sempre que há problemas com as árvores, se começam a morrer, temos pessoas que entram em pânico.

Desde que estou aqui já passaram vários elétricos. Passa um a cada 10 minutos. Trazem as três carruagens ainda meio vazias. Daqui a poucos minutos passarão a seis carruagens e virão cheias de pessoas a caminho das suas três horas de turno vespertino ou de diversão. 

Por vezes os elétricos especiais para transporte das colheitas também passam por aqui em direção aos pontos de moenda e entrega de comida: ali em baixo, atrás do cemitério e descendo até aos vales de Chelas está uma das maiores zonas agrícolas da cidade de Lisboa. Entre os campos e os edifícios-estufa produz-se comida para alimentar centenas de milhares de pessoas. Mas não chega, claro, e uma parte dos cereais vem do campo. Além das grandes áreas agrícolas geridas pela Assembleia da Cidade, há também pequenas hortas de bairro, nos jardins e nos telhados verdes dos prédios. Por exemplo, este prédio aqui em frente onde estou tem pequenas árvores a sair do topo.

Olivia toca-me no ombro, interrompendo os meus pensamentos.  

©Nuno Saraiva

É uma mulher nos seus trinta anos, cabelo pintado de verde e piercings no nariz e orelhas. Veste azul escuro com um casaco de linho e tem um gorro a cobrir-lhe a cabeça. Em Lisboa, o azul escuro é a segunda cor mais utilizada no verão, a seguir ao vermelho escuro que predomina. Cumprimenta-me efusivamente mas à americana, sem abraços. 

Entramos na biblioteca, onde nos sentamos a beber um chá gelado. Ela diz que a abundância de livros nas bibliotecas em Lisboa é impressionante. Explico-lhe que nos últimos anos os espólios das livrarias foram todos transferidos para as bibliotecas e que o grande número de bibliotecas se deve em particular à transformação intermédia das livrarias em espaços públicos e de abrigo do calor, quando foi criado o primeiro Comissariado do Calor de Lisboa. 

Isso não aconteceu na Califórnia, que estava nessa altura a entrar na guerra civil, responde-me com alguma tristeza. Peço-lhe para começar a gravar a nossa conversa.

- É dia 12 de Agosto de 2042, e encontro-me com Olivia Anwar, cidadã da República da Califórnia, criadora de conteúdos, que está neste momento a viajar pela Europa. 

- Olá, Alexandre. É um prazer poder falar contigo.

- Olivia, como te expliquei, estou a fazer um levantamento do que aconteceu nos últimos 20 anos, é um projeto para mim e para a minha família, e agradeço-te a disponibilidade para nos falares um pouco sobre a Califórnia e os Estados Unidos, o que aconteceu estas décadas e o que se passa agora.

- Sim, claro. Queres que eu comece? Em que altura?

- Acho que era interessante perceber os acontecimentos que levaram à Guerra Civil e às secessões…

- Bem, acho que não há como escapar ao início disto tudo - se é que alguma vez podemos falar de início -, o fim do estatuto de superpotência e polícia do mundo dos Estados Unidos, com o January 6 de 2021 e a guerra de baixa intensidade dos anos seguinte. O terrorismo neonazi nos Estados Unidos começou a evoluir quando o partido Republicano se dividiu depois de perder mais umas eleições presidenciais. Começaram os atentados a igrejas e discotecas durante uns seis meses, enquanto o sistema energético (em particular o elétrico) estava em constante ataque por sabotadores. 

A instabilidade no país era enorme, toda a gente tinha muito medo e muito ódio. Havia luxo obsceno no meio de pobreza, milhões sem-abrigo e dependentes de opióides. No meio disto, parte da sociedade vivia em medo permanente, alimentando e alimentando-se da violência de milícias identitárias nas ruas - contra sem-abrigo, contra mulheres, comunidades de pessoas negras e todas as comunidades que não eram heterossexuais brancas.

Do outro lado, grupos violentos sabotavam o estilo de vida dos ricos, invadiam os hotéis e resorts de luxo, destruíam símbolos de opulência desde stands de carros até campos de golfe, ocupavam plataformas petrolíferas e sabotavam gasodutos. O estado violento, a polícia e os militares já não eram dissuasores o suficiente para travar extremistas de qualquer lado. 

As transformações internacionais tornaram a coisa ainda mais instável. Quando a Federação Russa se desagregou houve um súbito vazio internacional que fez com que os militares se concentrassem em criar um grande inimigo: a China. 

©Nuno Saraiva

No meio disto, tivemos oficialmente pela primeira vez mais de um milhão de mortes no primeiro verão de ondas de calor globais. Morreram principalmente idosos, crianças e os mais miseráveis da sociedade, mas os números seguramente foram muito maiores do que os oficias. Na Europa, a questão com as grávidas e os bebés foi mais grave, mas aqui também houve um movimento “As nossas crianças”, que mobilizou as franjas evangélicas mais conservadoras, convencidas online de que tinha sido o governo a organizar aquilo. A reação internacional ao inferno de calor e ao caos que se seguiu foi criar o Tratado Mundial do Clima. Os Estados Unidos recusaram entrar, como muitos outros, mas ainda assim o governo deu um sinal público, com a moratória de exploração de novas reservas de petróleo e gás. 

- Na altura eram o maior produtor mundial?

- Sim, de petróleo e gás. Os estados que mais produziam eram o Texas, o Novo México, o Alasca e nós, a Califórnia. Depois da moratória, o Governador do Texas proclamou que iam criar um processo de independência, com o apoio dos presidentes das grandes petrolíferas e dos principais partidos herdeiros dos antigos republicanos. Toda a gente achava que era só uma ameaça para romper a moratória, mas houve grandes atentados em Nova Iorque, em Washington D.C., em Atlanta e em Tallahassee, e o hacking aos sistemas de segurança. Pouco tempo depois foi o golpe na China e os Estados Unidos deixaram de ter inimigos externos visíveis. 

- Quais foram as consequências do golpe na China?

- O novo governo chinês declarou que cessaria todas as atividades no mar da China e em Taiwan e que iria construir um caminho de paz com todos, especialmente com os Estados Unidos… Com isso e com o Tratado Mundial do Clima, os Estados Unidos perderam um componente essencial do seu poder no mundo: o domínio sobre a energia. Sobravam o cada vez mais instável dólar e os militares… Mas sem um inimigo externo claro, não era possível continuar a contar essa história. 

- A política mundial estava em ebulição… Além da China… 

- Sim, era o caos total. Estava a acontecer por todo o lado: além do golpe dos jovens comunistas na China, colapsou o governo nacionalista na Índia, deu-se o Setembro Vermelho na Europa com a suspensão das transações de capitais, na África do Sul grupos de mercenários tentavam manter a produção de petróleo e carvão mesmo contra o governo que tinha assinado o tratado… Enfim, a loucura de que talvez te lembres.

- Sim, a informação era muito desorganizada e sabíamos que era pouco credível, demasiado lixo para se perceber com clareza o que se passava. Pior ainda com o AshGPT e o que a Inteligência Artificial fez às grandes redes. Que impacto teve nos EUA?

- Acho que ajudou um país que já estava polarizado a ficar ainda pior. Espalhava-se toda a propaganda à volta de tudo o que estava a acontecer na Europa: os Neoluditas, a ORCA, a Descarbonária… E principalmente coisas que nem sequer existiam. Isso eram tudo coisas que estariam a ser importadas para os EUA através das migrações e dos globalistas. Era nestes termos que os conservadores falavam: essa era a base da guerra cultural, que andava a ser plantada há décadas, e nessa altura dava frutos e militantes. Isto funcionava porque ao mesmo tempo escasseavam produtos e os combustíveis estavam mais caros do que alguma vez tinham estado. Estava tudo insuportável. Todas as fragilidades dos EUA - e eram mesmo muitas - vieram ao de cima.

- Mas como explicas a divisão do país? Isso não aconteceu em mais lado nenhum…

- Bem, aconteceu noutros países, como na Rússia, em países africanos, no Golfo. Existiram e ainda existem várias tentativas de independência de partes de estados. Acho que as cidades-livres acabaram por ser válvulas de descompressão em vários países, mas no caso dos Estados Unidos só apareceram depois do conflito ter começado. A dimensão do país foi importante. Estamos a falar de um autêntico continente, com culturas e interesses contraditórios.. A desigualdade, os ódios históricos entre Norte e Sul, as armas e a militarização da sociedade foram decisivos, mas não os únicos fatores. 

- Qual achas que foi o fator decisivo?

- O declínio acelerado da indústria fóssil foi central para explicar o que nos aconteceu politicamente. O governo passou a ser visto como um inimigo ativo, como um opressor, mesmo quando fornecia coisas boas. A contaminação ideológica na imprensa e nas redes sociais, que durante décadas tinha servido para consolidar a sociedade no American Dream, agora servia para polarizá-la. É até surpreendente que os 50 Estados se tenham mantido unidos tanto tempo… Quando deixou de haver um inimigo externo evidente, já só tínhamos a nós mesmos para odiar. Foi nessa altura que o Texas anunciou a sua secessão e tudo desmoronou…

©Nuno Saraiva

- Mas não foi só o Texas…

- Não. Quando o governo texano anunciou a formação da República do Texas, a Florida, o Alabama, o Novo México, o Louisiana, o Mississippi e a Geórgia, quer dizer, os estados do Sul, anunciaram referendos à independência. O Oklahoma, o Arkansas e a Virginia Ocidental começaram os seus próprios processos institucionais de independência também. O Presidente americano mobilizou as tropas, ocupou os congressos de todos estes estados e fez um ultimato ao Texas para que acabasse com o processo. As guardas nacionais em todos estes estados ficaram do lado do Governo Federal. Houve confrontos com as milícias de extrema-direita, que num primeiro momento foram derrotadas sem dificuldade. Mas depois do chamado “Texit”, o novo governo do Texas formou o seu próprio exército. O Texas já era o segundo estado com mais militares do país, mas o governo independentista juntou a estes as milícias civis, e até propôs ao México - que irónico! - que fizessem uma federação a quatro, com o Novo México e o Arizona. O impasse durou alguns meses. Pela primeira vez em quase um século houve greves gerais nos Estados Unidos por falta de comida. O governo começou a distribuir comida diretamente à população e a introduzir os transportes públicos e a energia gratuitos, enquanto recrutava soldados. Naquele momento de caos económico, muitos aceitaram juntar-se às forças armadas para conseguirem acesso permanente aos serviços que nunca tinham tido na vida. Entretanto, o MERs-CoV foi detetado em gado no Brasil e começou o embargo global ao comércio de carne, o que fez com que a questão alimentar ficasse ainda mais difícil. Os secessionistas acusaram o governo americano e a Organização Mundial de Saúde de terem inventado a crise para dificultar ainda mais a vida das populações. O Texas rejeitou o embargo internacional de carne e tentou distribuí-la, mas não conseguia descarregá-la nos vários portos internacionais (que na verdade se recusavam a receber todos os navios vindos do Texas, sob ameaça do governo americano).

(continua)…

Texto de João Camargo

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