São de todo o país e juntaram-se para contestar a precariedade da cultura em Portugal. 16 poetas e ilustradores juntaram forças e materializaram o “grito” no livro "Bicho Mudo Viro Bicho", cujo conteúdo se foca nos anos 2020 e 2021.
De acordo com informação enviada ao Gerador, “o livro é uma iniciativa do Poemacto – um evento de poesia, que se tornou “uma desconstrução do âmago” no dia 17 de fevereiro de 2020. Solange Pacífico, a poeta por detrás do Poemacto, juntou quinze artistas no final do ano de 2020 para criar um grito que se pudesse ler e reler, tornando-se numa peça intemporal”.
A lista de poetas é composta por Solange Pacífico (que também ilustrou a capa), Anomalias, Dela Mantra, Patrícia Nogueira, Luís Perdigão, Maria Caetano Vilalobos, Gabriela Abreu, Andreia Mateus, Martim Santos / Lágrima, Mariana Santos, Acílio Gala, Ana Claúdia Santos, Juliana Jardim, Isaac Jaló, Ricardo Reis, Tápê. Já as ilustrações ficaram a cargo de Juliana Jardim, Maria Vilalobos e Sara Almeida.
Apesar do curto período abordado, a intenção é que a obra se caracterize pela sua intemporalidade, de acordo com os autores, devido à “sua natureza sentimental face às adversidades físicas e psicológicas sentidas por cada um dos poetas durante um dos períodos mais solitários que a humanidade - pelo menos, a nossa - já experienciou”.
O prefácio ficou a cargo de Ivo Canelas, cuja obra também serviu de inspiração para os conteúdos.
“Virámos mudos e virámos bichos mas é unidos que apresentamos este livro - como um grito, um movimento urgente pela luta do fim da precariedade da poesia e cultura em Portugal. Pelo fim da precariedade emocional. Por um mundo onde vulnerável é sinónimo de coragem. Poesia tornada acção”, rematam.
A obra já está disponível e pode ser adquirida na loja online da Poemacto.