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Teatro Griot encena peça de Wole Soyinka sobre independência e liberdade

O Teatro Griot estreia esta sexta-feira, dia 14 de janeiro, em Lisboa, Uma dança das…

Texto de Redação

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O Teatro Griot estreia esta sexta-feira, dia 14 de janeiro, em Lisboa, Uma dança das florestas, uma das mais conhecidas dramaturgias do escritor nigeriano Wole Soyinka, sobre “o que é ser independente e estar livre”, disse à Lusa a encenadora, Zia Soares.

“Uma dança das florestas”, que abrirá a temporada de 2022 do Teatro Municipal São Luiz, é a segunda incursão do Teatro Griot num texto do Nobel da Literatura de 1986, depois de ter encenado A raça forte, em 2013.

A peça, encenada pela primeira vez em Portugal, foi escrita em 1960 por Wole Soyinka, para as celebrações da independência da Nigéria.

“O espetáculo fala sobre a independência de um país, a comemoração de um país, e nós todos [no Teatro Griot] somos oriundos de países que tiveram que lutar pela sua independência. O que se questiona aqui é o que é ser independente, o que é estar livre”, resumiu Zia Soares, que é também diretora artística da companhia.

Em Uma dança das florestas coabitam seres fantasiosos, mortos, vivos, deuses, espíritos, convocados para uma festa que acontece numa cidade, próxima das florestas, explicou a encenadora. Os protagonistas são o Morto e a Morta, um casal que morreu de forma violenta cem gerações antes e que foi convocado pelo deus Aroni. No decorrer da ação, são confrontados com quatro mortais: Uma prostituta, um historiador, um adivinho e um poeta.

Na interpretação, em palco, vão estar Ana Valentim, Cláudio Silva, Gio Lourenço, Júlio Mesquita, Matamba Joaquim, Miguel Sermão, Rita Cruz e Vera Cruz.

Sobre a escolha de um novo texto do escritor nigeriano, Zia Soares sublinha a pertinência de questões sobre as quais Soyinka reflete: “pré-colonização, descolonização, independência, que país pode nascer sobre bases que são tão frágeis”.

“E isto é uma questão nossa. Estamos ainda todos a lutar para perceber que independência é esta. Que sociedades são estas no pós-independência”, sublinhou.

O Teatro Griot, que está a cumprir dez anos de existência, apresenta-se como “uma companhia de atores que se dedica à exploração de temáticas relevantes para a construção e problematização da Europa contemporânea e o seu reflexo no seu discurso e na estética teatral”.

A estreia do Teatro Griot aconteceu em abril de 2012, com a peça “Faz escuro nos olhos”, um trabalho coletivo de vários atores africanos ou afrodescendentes, com encenação de Rogério de Carvalho.

Zia Soares, atriz e encenadora nascida em Angola, reconhece algum pioneirismo no trabalho do Teatro Griot em Portugal, mas sublinha que “não é um lugar de conforto e orgulho” e não pode ser um constrangimento a nível artístico. “Compreendo que as questões da representatividade [da comunidade negra, por exemplo] são importantes para inspirar, para obrigar a refletir e, em última instância, num mundo ideal, para provocar alterações que se possam traduzir na vida concreta das pessoas, das que vivem com mais dificuldades, com mais discriminação, com menos dinheiro, ‘guetizadas’”, considerou. Mas “não faço para representar uma comunidade”.

O Teatro Griot estreia esta semana Uma dança das florestas, enquanto prepara uma adaptação do poema épico A divina comédia, de Dante, para estrear no final deste ano.

Texto de Lusa
Fotografia de Mónica de Miranda, disponível no Facebook do Teatro Griot

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