A partir de ontem, dia 18, a Fundação de Serralves deu início a um projeto em parceria com os estabelecimentos prisionais de Custóias e de Santa Cruz do Bispo, através do qual irão levar realidade virtual aos reclusos. O objetivo é abrir-lhes as “janelas para o mundo” e, segundo as declarações de Denise Pollini (coordenadora do serviço educativo artes de Serralves e uma das responsáveis pelo projeto), é também o resultado de um projeto que já vinha a ser pensado há alguns anos.
A ideia partiu de uma professora do estabelecimento prisional de Custóias que, segundo Denise Pollini, “tentava ampliar os horizontes aos reclusos”. Com o nome de “Janelas para o mundo”, o projeto inicia-se com cinco grupos de reclusos do estabelecimento prisional de Custóias e dois grupos “interoperacionais” de mães e filhos da prisão de Santa Cruz do Bispo.
Através de uma exposição pedagógica, oficinas laboratoriais nas áreas da ciência e das artes e de sessões teórico-práticas, os grupos participantes vão poder fazer "uma visita orientada à fundação e ao parque” uma vez por mês.
Ana Costa, adjunta do diretor da prisão de Custóias, adiantou à Lusa que os reclusos se encontram “muito receptivos ao projeto” e que, até à data das suas declarações, eram mais de 100 os inscritos. "É a primeira vez que temos Serralves a entrar na nossa casa e há muita recetividade por parte dos reclusos, porque é algo novo e esta tecnologia é muito boa para eles aderirem ao projeto”, acrescentou.
“Ampliar os horizontes” aos reclusos é o objetivo de Denise Pollini com este projeto financiado pela Portugal Inovação Social. Para Ana Pinho, presidente do Conselho de Administração de Serralves, esta é também “uma nova janela que se abre" para Serralves.