fbpx

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

“Extravaganza” e “Trabalho Capital” — há duas novas exposições para visitar no Centro de Arte Oliva

Inauguraram no passado sábado, 13 de abril, as exposições “Extravaganza”, com curadoria de Antonia Gaeta,…

Texto de Carolina Franco

Xavier de Almeida

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Inauguraram no passado sábado, 13 de abril, as exposições “Extravaganza”, com curadoria de Antonia Gaeta, e “Trabalho Capital — Ensaio sobre Gestos e Fragmentos”, de Paulo Mendes, no Centro de Arte Oliva, em São João da Madeira. Ambas partem das duas coleções particulares que se encontram em depósito na Oliva: a Coleção Treger Saint Silvestre, no caso de “Extravaganza”, e a Coleção Norlinda e José Lima, em “Trabalho Capital”.

A seleção de Antonia Gaeta baseia-se, de acordo com declarações que prestou à Lusa, "na estranheza, na obsessão pelo obsceno e pelo ‘nonsense', na recusa de regras lógicas onde há espaço para abstrações, no gosto pelo absurdo, a incongruência e todo o tipo de paradoxos.” A curadora italiana radicada em Portugal admite uma analogia com a "enciclopédia chinesa" a que o argentino Jorge Luis Borges alude na crónica "Empório Celestial de Conhecimento Benevolente", porque, tanto no catálogo mencionado pelo escritor como na presente exposição, um grande número de realidades coexiste sob uma aparente desordem.

"As obras não pertencem a um mesmo género ou a uma determinada área geográfica, nem ao mesmo período histórico. Os artistas são por vezes anónimos, pouco conhecidos ou trabalham sob pseudónimos. Quase analfabetos, sem formação artística ou literária, são, no entanto, capazes de trazer uma grande emoção espiritual e criativa a desenhos e retratos de cenários nunca vistos, fisionomias de difícil catalogação, a repetição obsessiva à mistura com a autoficção e, quiçá, a promessa de outra identidade", diz Antonia Gaeta.

Neste sentido, "Extravaganza" reúne obras de artistas clássicos da Arte Bruta como Friedrich Schröder-Sonnenstern (1892-1982) e Agatha Wojciechowsky (1896-1986) com autores recentes da Arte Outsider como Marilena Pelosi (1957) e até Derrick Alexis Coard (1981-2017) — cuja obra é uma das mais recentes aquisições da Coleção Treger Saint Silvestre. 

https://www.facebook.com/centroarteoliva/videos/419549055276274/?__xts__[0]=68.ARAr_C91KEjOpSpxHqWhfVzIrZnWzM6D4oIyONumaRUzV7nJns9oNvzvCj8zlWjQ1MaNjXDB4Rp9WMM7zfiR4sN0U8xp_U9WsbWRyZ0WMwYGOhi2V4gaiuoOiEMs78blWHclgkAVb2tYM14Gg_JeD1xjFyyDXgqDMWQxs8XpKEgpSuaZBbbIX9Ey1ltMoymV3HhsLttmBX9kua8KAexVHJ15XJNaehKrGG61Kxj3UrZ1wPGa1wMTB--8t2Se3_mRvunTN1ZHcJK4jt3pprOCkJj3bLzkkPg5rXKRLmjT9q6SVmIxR-atFU_3HyXeBkatZpfdZnbRSbTlgvoE89PGnAJ3sKx8oYXvd-c&__tn__=-R

O Centro de Arte Oliva partilhou o testemunho de Antonia Gaeta sobre "Extravaganza"

“Trabalho Capital — Ensaio sobre Gestos e Fragmentos” cruza obras de certa de 100 artistas contemporâneos nacionais e internacionais com “uma vasta seleção de material documental e espólio museológico industrial” da própria Oliva — a antiga metalúrgica onde hoje funciona o centro cultural e o polo de indústrias criativas de São João da Madeira. Assim, Paulo Mendes coloca "a coleção Norlinda e José Lima em diálogo com novas obras realizadas para este projeto, outras já produzidas e, igualmente, material documental e técnico relacionado com a história da fábrica Oliva" - o que, por sua vez, materializa um convite para que público, criadores e investigadores explorem a "dimensão cultural do espaço físico pós-industrial".

A cenografia expositiva de "Trabalho Capital" procurará ter esse desafio em conta, ao envolver "propostas de transformação e práticas espaciais que exploram leituras interdisciplinares do património arquitetónico e dos espaços pós-industriais", facilitando a "fragmentação e recomposição de um espaço fabril que permite novos usos e sentidos performativos”. 

https://www.facebook.com/centroarteoliva/videos/316228849049278/?__xts__[0]=68.ARDJJ2gZOpjSJTFI5PZML1SC_-ommXytWFmZy87aIh-cTQpzl8VDW98k_rSzEA9px3y0c_HetgSAo_slP07HFI3Gqxq5NM-hTCtCjGi0w-s9corWs70rU_vjJNcng0gbTI1wIm-5WHo16Y-wslKSj3aboQ7J28A2IS5MjkzlPXBVfv8U-OL-nIEl61UzBotrpyd-qSpoHd_oe495pjLNBM3PtpijqC7ZlnV2gSmvsRGIbDQVazeWGicBDtIInHXHtM2H0Qvy9byOivDPRs7uUqP_9Amw0P76xY82BU1Dsast4QGmzFpuRUxiUVFANrFhnEGDOXdlqAnW0lgYuc9mV1uQF2bqUcuBqxU&__tn__=-R

Tal como Antonia Gaeta, Paulo Mendes falou sobre a curadoria da sua exposição

Ambas as exposições podem ser visitadas até ao dia 13 de outubro no Centro de Arte Oliva entre as 10h30 e as 18h00 de terça a domingo, com entrada gratuita. Até 2 de junho também é possível visitar no mesmo espaço "Contra a Abstração", a exposição com curadoria de Sandra Vieira Jürgens de que já te falámos aqui

Texto de Carolina Franco e Lusa
Fotografia disponível via Facebook

Se queres ler mais notícias sobre a cultura em Portugal, clica aqui.

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

2 Julho 2025

Candidaturas abertas para o Workshop de Curadores da 13.ª Bienal de Berlim

16 Junho 2025

Para as associações lisboetas, os Santos não são apenas tradição, mas também resistência

29 Maio 2025

Maribel López: “Temos de tentar garantir que os artistas possam dar forma às suas ideias”

28 Maio 2025

EuroPride: associações LGBTI+ demarcam-se do evento mas organização espera “milhares” em Lisboa

1 Maio 2025

Literacia mediática digital além da sala de aula 

22 Abril 2025

“Pressão crescente das entidades municipais” obriga a “pausa criativa” dos Arroz Estúdios

17 Abril 2025

Estarão as escolas preparadas para os desafios apresentados pela IA? O caso de Portugal e da Bélgica 

17 Março 2025

Ao contrário dos EUA, em Portugal as empresas (ainda) mantêm políticas de diversidade

6 Janeiro 2025

Joana Meneses Fernandes: “Os projetos servem para desinquietar um bocadinho.”

23 Dezembro 2024

“FEMglocal”: um projeto de “investigação-ação” sobre os movimentos feministas glocais

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Artes Performativas: Estratégias de venda e comunicação de um projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Introdução à Produção Musical para Audiovisuais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura I – da Ideia ao Projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Escrita para intérpretes e criadores [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo Literário: Do poder dos factos à beleza narrativa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Patrimónios Contestados [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Gestão de livrarias independentes e produção de eventos literários [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Viver, trabalhar e investir no interior

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação ao vídeo – filma, corta e edita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Desarrumar a escrita: oficina prática [online]

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

02 JUNHO 2025

15 anos de casamento igualitário

Em 2010, em Portugal, o casamento perdeu a conotação heteronormativa. A Assembleia da República votou positivamente a proposta de lei que reconheceu as uniões LGBTQI+ como legítimas. O casamento entre pessoas do mesmo género tornou-se legal. A legitimidade trazida pela união civil contribuiu para desmistificar preconceitos e combater a homofobia. Para muitos casais, ainda é uma afirmação política necessária. A luta não está concluída, dizem, já que a discriminação ainda não desapareceu.

12 MAIO 2025

Ativismo climático sob julgamento: repressão legal desafia protestos na Europa e em Portugal

Nos últimos anos, observa-se na Europa uma tendência crescente de criminalização do ativismo climático, com autoridades a recorrerem a novas leis e processos judiciais para travar protestos ambientais​. Portugal não está imune a este fenómeno: de ações simbólicas nas ruas de Lisboa a bloqueios de infraestruturas, vários ativistas climáticos portugueses enfrentaram detenções e acusações formais – incluindo multas pesadas – por exercerem o direito à manifestação.

Shopping cart0
There are no products in the cart!
Continue shopping
0