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Da Ribeira aos Jardins do Barrocal: Cinema Novo em Competição no Porto/Post/Doc

Como tem vindo a acontecer nas edições anteriores, o Porto/Post/Doc apresenta uma secção competitiva dedicada…

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Como tem vindo a acontecer nas edições anteriores, o Porto/Post/Doc apresenta uma secção competitiva dedicada a quem está a entrar agora na área. O Prémio Cinema Novo, atribuído pelo Canal 180, conta com treze filmes em competição e são todos realizados por estudantes portugueses ou de instituições portuguesas no ensino superior. 

Da Ribeira ao Sri Lanka, da animação ao documentário, a seleção reúne curtas-metragens datadas entre 2018 e 2019, todas com apresentação marcada para o dia 24 de novembro às 17h00, no Passos Manuel. Alberto Seixas, Melanie Pereira, Joana Correia, Mariana Silveira e Leonard Collette, Miguel Almeida, Ani Antonov, Tatiana Ramos, Clara Jost, Paulo Malafaya, Bronte Stahi, Hanna Hovitie, Tânia Teixeira e Miguel Costa são os membros de um grupo que na sua globalidade mostra como se está a pensar e a fazer cinema nas novas gerações. 

A tela apresenta o Cinema Novo com "Um Homem Não é Um Homem Só” (2018), de Alberto Seixas, a história de Luís Neves Real, que durante a sua vida (1910-19855) se dedicou ao Cinema e à Matemática, ainda que aparentemente tenha querido apagar o seu percurso. “O que se encontra quando procuramos quem se esconde?” é a pergunta lançada pelo realizador na sinopse. 

Segue-se “Nos Jardins do Barrocal” (2019), um filme em que Melanie Pereira se senta com quatro mulheres nos jardins de uma aldeia transmontana e com elas cose memórias da aldeia do Barrocal do Douro, “construída nos anos 50 em plena ditadura e intitulada “aldeia ideal” “. Também com mulheres de outras gerações esteve Joana Correia, autora de “Self-Combers”, um filme que questiona a importância das mulheres self-combers e de que forma continuam a influenciar a sociedade chinesa contemporânea. Neste seguimento está “Uma Parte de Mim Vive no Útero (A Outra Fugiu de Casa)” (2019), de Mariana Silveira e Leonard Collette, jovens cineastas que narram em imagens “uma persona poética” que “procura pela soma das diversas partes de si para se tornar inteira”.

É no campo da memória que também se situa “Paisagem Submersa” (2019), onde Miguel Almeida conta a história de Manuel e José, na margem do rio Vouga, reunindo “as histórias submersas do passado” numa “encruzilhada entre passado e presente”. Já em “The Outlander”, de Ani Antonova”, a viagem ao passado é assumida, bem como a tarefa difícil de “ser um presente vivo da realeza”.

“Algures em Portugal, uma rapariga passeia na sua mota pelo campo, em busca de algum tipo de liberdade” é a descrição da curta de Tatiana Ramos, “A Ponte” (2018), que também integra esta secção competitiva. Sucede-lhe “Verniz” (2018) de Clara Jost, uma narrativa em que a mota é substituída por um autocarro e por uma viagem sem protagonistas, mas com abertura suficiente para que cada espectador “imagine os possíveis finais" das viagens de cada passageiro.

O filme que se segue é, de acordo com a sua sinopse, “um poema visual onde o realizador documenta e reflete sobre o último ano e meio da sua vida, selecionando e organizando vídeos que tem filmado com a câmara portátil desde então”. Em “Somewhere In Outer Space This Might Be Happening Somehow” (2019), Pedro Malafaya faz “uma ode a si mesmo e ao que o rodeou durante este tempo”, de Jonas Mekas a Lukas Moodysson. 

Juntam-se as histórias de “Terril” (2019), de Bronte Stahl, que transporta para o audiovisual a geografia de Charleroi e a “tragédia industrial a larga escala com uma poética do renascimento ecológico” que lhe é inerente. Segue-se-lhe “Still Lives” (2018) de Hanna Hovitie, um filme que “explora a relação moderna entre humanos e natureza, bem como a tentativa de nos relegarmos a esta quando, e no entanto, parecemos estar cada vez mais afastados”. 

A secção competitiva encerra com os filmes “Gastão” (2019), a estória do homem com sessenta e sete anos que dedica a sua reforma a encontrar corpos de pessoas que caem ao Rio Douro, voluntária ou involuntariamente, contada por Tânia Teixeira; e “Molinera” (2019), o foco de Miguel Costa no “simbólico desaparecimento do sino como metáfora para uma emergente realidade portuguesa: a desertificação do interior do país".  

Esta secção competitiva foi renovada recentemente, com alterações que já te tínhamos dado a conhecer neste artigo de junho de 2019. O vencedor do Prémio Cinema Novo ganha 500€ em dinheiro, 2.000€ em serviços de BLIT e 500€ em serviços na Show Reel. Sabe mais sobre esta e outras secções do Porto/Post/Doc, aqui

 Texto de Carolina Franco
Printscreen do site Porto/Post/Doc
O Porto/Post/Doc é parceiro do Gerador

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