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Opinião de Nuno Varela

George Floyd & Bruno Candé!!

Foram vários os textos em que abordei o assunto do racismo e toda esta discriminação…

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Foram vários os textos em que abordei o assunto do racismo e toda esta discriminação racial e comecei o último texto sobre o assunto, disse que seria o último texto sobre este tema, mas não posso ficar calado. Sinto que não posso. Isto, porque as situações continuam a acontecer e desta vez não foi do outro lado do Atlântico, foi cá, e o pior de tudo, aconteceu a uma pessoa que conhecia.

Foi em Lisboa e foi um filho do mesmo bairro que eu, CHELAS. Conhecia o Bruno Candé, não tínhamos contacto um do outro, mas eu conhecia o Candé.

Este foi mais um episódio que trouxe tanta revolta a muitos, mas que, inevitavelmente, cria uma onda de justificações ridículas sobre o sucedido, por tantos outros que continuam a recusar aceitar o óbvio. Deixámos de dar valor à vida e, pelos vistos, vale tudo! Há algum tempo fiz um post no Facebook que dizia o seguinte: "Pessoas que estão a tentar justificar o que aquele filho da put* fez ao Candé, são as mesmas pessoas que dizem que as mulheres são violadas porque provocam!!!"... e é assim que sinto isto, não há justificações possíveis para quem usa termos como "em Angola matei muitos pretos" ou "volta para a senzala"! Está claro que este foi um crime com motivações racistas, um crime de ódio!

A quantidade de justificações que vi, ou ataques ao próprio Bruno Candé, a vítima, deixam-me enojado. Claramente que para muitos nesta sociedade, caso houvesse um referendo sobre o regresso da escravatura, iríamos ter muitos votos a favor, porque para muitos ainda continuamos a ser inferiores. E é assim que, por este mundo fora, vamos tendo vários casos como o de George Floyd, o de Bruno Candé. Honestamente, encontro-me num estado de completa exaustão com este assunto, mas não vou parar.Sinto-me um "Gustavus Vassa" a lutar pela abolição da escravatura numa sociedade em que ser dono de escravos é normal. É cansativo, frustrante, mas temos de continuar.

Fiz um apanhado do que alguns amigos meus disseram sobre este assunto nas redes sociais, relatos que vos deixo aqui e espero, com profunda esperança, que este ano de 2020 traga algo de bom (se é que ainda é possível) para os quatro meses que faltam para terminar


Tito Daniel Santos
“Será que é assim tão difícil entender que isto não se trata de uma luta entre brancos vs pretos ou pretos vs brancos...?!?
Mas sim a luta de todos nós contra o racismo e contra os racistas?...Damn.
Senhor, deixa este post envelhecer bem 🙏.
Amém.”

Makeda Cardiff
“E também não questionariam se fosse um jovem branco a levar um tiro de um velho negro : “O que terá feito esse jovem para levar um tiro?”

Ricardo Glenn
“Evaristo Marinho. Evaristo Marinho. Evaristo Marinho. O "idoso de 80 anos" afinal tem nome. E um histórico de "matar pretos" e gostar de o fazer. Mas não tiremos conclusões precipitadas. Não foi racismo. De modo algum. Talvez esteja senil, coitadinho. Temos que o proteger..."

-Sobre Nuno Varela-

Nuno Varela, 36 anos, casado, pai de 2 filhos, criou em 2006 a Hip Hop Sou Eu, que é uma das mais antigas e maiores plataformas de divulgação de Hip Hop em Portugal. Da Hip Hop Sou Eu, nasceram projetos como a Liga Knockout, uma das primeiras ligas de batalhas escritas da lusofonia, a We Deep agência de artistas e criação musical e a Associação GURU que está envolvida em vários projetos sociais no desenvolvimento de skills e competências em jovens de zonas carenciadas.Varela é um jovem empreendedor e autodidata, amante da tecnologia e sempre pronto para causas sociais. Destaca sempre 3 ou 4 projetos, mas está envolvido em mais de 10.

Texto de Nuno Varela
Fotografia de Lucas Coelho

As posições expressas pelas pessoas que escrevem as colunas de opinião são apenas da sua própria responsabilidade.

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