A partir deste sábado, dia 12 e até 20 de setembro, Estarreja recebe uma nova edição do ESTAU – Estarreja Arte Urbana, que este ano oferece mais de 30 atividades, desde instalações murais, workshops, exposições, conversas, cinema, música, performances, animação de rua e visitas guiadas ao museu a céu aberto e aos seus cerca de 40 murais e instalações artísticas de criadores nacionais e internacionais.
Com curadoria de Lara Seixo Rodrigues, e inspirados pela riqueza do património cultural e natural do nosso território, cinco artistas estarão a trabalhar ao vivo em novas peças que irão ser dispostos em cinco locais públicos da cidade. Com esta edição, a galeria de arte urbana de Estarreja ganhará ainda seis novas peças artísticas e estende-se a Fermelã e a Veiros, onde o ESTAU ainda não tinha deixado a sua marca.
Artistas trabalham ao vivo no museu a céu aberto
Um dos primeiros artistas urbanos em Portugal, Gonçalo MAR, deixará a sua estética, povoada de cor e formas com inspiração na flora local, numa parede do Centro de Saúde de Estarreja e irá orientar o workshop de arte urbana, que resultará numa pintura mural no Multiusos, edifício onde pousou, em 2015, o conhecido “Guarda-Rios”, de Bordalo II.
Já Padure, artista romeno que reside em Portugal, estará junto à Rotunda do Hospital, para traçar o seu estilo de linha simples e limpo, numa reflexão sobre o confinamento, em três paredes de uma casa da Rua da Agra, Salreu.
Na Rua Desembargador Correia Teles, em frente à imponente obra de Millo, Mariana Rio vai criar um mural sobre o impacto humano na Natureza e no Planeta.
No centro cívico de Veiros, as lâminas de betão do Pavilhão do Clube Cultural e Desportivo de Veiros ganharão novos padrões com a intervenção de Los Pepes Studio, uma dupla de artistas composta por Meggie Prata e Francisco Leal, que irão explorar temáticas da identidade cultural do território.
Finalmente, o artista Pedro Podre realiza uma pintura inspirada em elementos da terra num posto de transformação da EDP, localizado na Avenida da Igreja, em Fermelã.
Além das criações de arte urbana, o festival terá, ao longo de 9 dias, um conjunto de atividades, onde se destaca o concerto de Júlio Resende, pianista, compositor, que estará na Praça Francisco Barbosa no dia 19 de setembro, pelas 21h30, para apresentar o seu mais recente álbum Cinderella Cyborg.
Destaque ainda para a iniciativa "Sala de Estar", um convite para uma descoberta, de forma mais intimista, do território, ativando as intervenções de arte urbana, os espaços públicos e o património. Neste sentido os Ciranda – dupla dos músicos Gileno Santana (trompete) e Inês Vaz (acordeão) – atuam no dia de abertura do ESTAU, a 12 de setembro, às 18h30, no Jardim da Biblioteca Municipal. Seguem-se Lika, compositora, cantora e guitarrista, no dia 13, às 18h30, no átrio da Casa da Cultura, e Ana Mariano, no dia 20, às 19h, no Jardim da Biblioteca.
A par das intervenções artísticas e dos concertos haverá também visitas ao BioRia e passeios de moliceiro na Ria de Aveiro, visitas à Casa Museu Egas Moniz e à Casa Museu Marieta Solheiro Madureira que se realizarão no dia 13 de setembro.
O longo programa do ESTAU prevê ainda a realização de duas exposições: uma de pintura de Bafo de Peixe, na Biblioteca, e outra de desenho sobre o território de Pedro Cabral, na Casa da Cultura. Bafo de Peixe orientará ainda uma oficina sobre escultura em papel.
O programa prevê também atividades específicas para o público infantil, através da iniciativa "Contos com Fraldas" para bebés até aos 3 anos (dia 12, às 10h30, na Biblioteca), o espetáculo de teatro “O Contador” (dia 19, às 10h00, no Jardim da Biblioteca) e a Caça ao ESTAU, uma visita guiada ao roteiro de arte urbana para crianças dos 6 aos 12 anos (dia 19, às 11h, início na Biblioteca).
Durante o festival será apresentada, no dia 18, pelas 15h, a nova aplicação “Sentir Estarreja” que vai de encontro à transformação promovida ao longo dos anos pelo festival, criando novas experiências ao se interagir com o território.
A aplicação, que disponibiliza nesta fase dois roteiros temáticos – um dos quais o circuito de arte urbana – convida a explorar o território de forma simples, interativa e intuitiva, com acesso a conteúdos de texto em diferentes línguas, vídeo e imagem, e, nas próximas fases de desenvolvimento, em formato de realidade aumentada e áudio-guia.