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Paula Rego e Josefa d’Óbidos: diálogos que se cruzam em tempos diferentes

Cento e quinze obras da Paula Rego e vinte e uma telas de Josefa d’Óbidos…

Texto de Patricia Silva

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Cento e quinze obras da Paula Rego e vinte e uma telas de Josefa d'Óbidos dialogaram. Vivida em tempos diferentes, a temática religiosa é hoje, dia 19 dezembro, inaugurada na Casa das Histórias, em Cascais.

"Paula Rego/Josefa de Óbidos: Arte Religiosa no Feminino" é o nome da mostra que se prolongará até 23 de maio de 2021.
A mostra parte de uma seleção de painéis sobre A Vida de Santa Teresa de Jesus, existentes na Igreja de Nossa Senhora da Assunção desde 1672, em Cascais, da autoria de Josefa d'Óbidos.

Cataria Alfaro, coordenadora de programação e conservação da Casa das Histórias afirma à Lusa que "a exposição eleva a obra de autoras visionárias e inovadoras para a época a que a cada uma corresponde. Ultrapassaram conceitos preestabelecidos e caracterizaram-se pela irreverência artística, através da prática de temáticas intemporais".

As pinturas da artista do barroca portuguesa [Josefa d'Óbidos] surgem através de encomendas aceites na época, que tinham como objetivo criar retábulos de diversas igrejas portuguesas.

No caso de Paula Rego, as obras escolhidas (gravuras, esculturas, pinturas) partiram de uma temática que, de acordo com Catarina, "explorou de modo mais ou menos declarado, desde sempre: a religiosidade católica e o que ela encerra de misterioso", afirma em comunicado.
A curadora da exposição destaca ainda que a reflexão da artista baseia-se no "protagonismo das mulheres", estendendo-se em personagens concretas, santas e mártires.

Olhando para o trabalho de Josefa, a artista luso-espanhola debruçou-se sobre a representação de modelos femininos da Igreja Católica a Santa Teresa de Ávila, uma personalidade marcante, sobretudo na Península Ibérica, pelo seu papel reformador na definição da espiritualidade, a partir do século XVI.
Além dos seis painéis em mostra estarão também presentes as obras provenientes de coleções particulares e públicas.

A aproximação artística entre ambas “justifica-se, desde logo, pelo modo como se distinguem, nas suas diferentes épocas criativas, pela originalidade da sua obra - que ultrapassa os academismos dominantes nas suas épocas -, pela intensa carga sensualista que ambas imprimem à pintura e ainda pela capacidade imaginativa de reconfiguração das temáticas religiosas, utilizando um discurso original em que o sagrado e o profano comunicam através de um vocabulário pictórico pessoal que ambas as artistas ousaram construir", reflete Catarina, a curadora.

A Casa das Histórias manteve durante o último ano a exposição "Paula Rego: desenhar, encenar, pintar", inaugurada em dezembro de 2019.
Embora tenha reaberto ao público após o encerramento entre março e maio, o museu mantém a visita virtual juntamente com outras informações no site.

Texto de Patrícia Silva
Fotografia retirada do website da Lusa

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