Os trabalhos da fotógrafa norte-americana Vivian Maier chegam ao Centro Cultural de Cascais, no dia 16 de janeiro. A mostra inédita manter-se-á até maio.
“Vivian Maier: Street Photographer” apresenta 135 trabalhos da artista, nomeadamente, fotografias e filmes.
A exposição coorganizada pela Fundação D. Luís I conta com a curadoria de Anne Morin que descreve a Vivian como a “ama que impressionou o mundo com a sua fotografia e que, através da sua profunda vontade de documentar, registar e interpretar o mundo ao seu redor, captou inúmeras peculiaridades da América urbana, na segunda metade do século XX”, em comunicado.
Os trabalhos apresentados foram realizados entre os anos 1953 e 1984, na sua maioria a preto e branco. Num olhar ainda mais pessoal, a fundação afirma que as fotografias da artista não foram realizadas por encomenda nem com o intuito de serem expostas ou publicadas em busca de reconhecimento artístico ou retorno financeiro, "a esmagadora maioria dos seus negativos não foi impressa enquanto foi viva. As suas fotografias são testemunhos silenciosos das suas experiências e da sua visão sobre a complexidade da experiência humana”, acrescentam.
Os passeios pelas ruas que frequentava em Nova Iorque no seu quotidiano foram a representação do que tanto procurava: a empatia, espontaneidade e sensibilidade de todos aqueles que a rodeavam. O resultado destas caminhadas compreende mais de 100 mil imagens, descobertas em 2007 pelo historiador John Maloof, que mais tarde viria a ser fotógrafo e realizador de cinema.
Lê-se ainda no comunicado que o historiador comprou em leilão "o conteúdo abandonado de dois contentores de armazém e se viu na posse de milhares de negativos, diapositivos e fotografias impressas, além de uma série de vídeos caseiros e gravações de áudio”.
Esta descoberta permitiu ainda a realização do documentário, “À Procura de Vivan Maier” (2013), de John Maloof e Charlie Siskel.