fbpx

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

A Espia: há sempre uma história atrás de nós

A série A Espia, a nova aposta da RTP, feita em coprodução com a Ukbar…

Texto de Rita Dias

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

A série A Espia, a nova aposta da RTP, feita em coprodução com a Ukbar Filmes e a Ficción Producciones Produtora, estreou-se no dia 8 de abril e vai estar no pequeno ecrã ao longo de oito semanas, com oito episódios a serem revelados todas as quartas-feiras.

1941 é o ano em que arranca, em plena II Guerra Mundial. “Portugal vive na neutralidade. Na sombra, muitos portugueses decidem servir os Aliados, mas também forças do Eixo, ou ambos em simultâneo. Maria João Mascarenhas trabalha para o sogro numa empresa de transportes. Aliciada pela sua amiga Rose Lawson, procura informações sobre os carregamentos de volfrâmio. Entre festas, casinos e mensagens codificadas, as duas envolvem-se numa intriga diplomática. Sobre a mesa, encontra-se uma rede que pode destruir o país”, é este o ponto de partida de A Espia, descrita no site da RTP.

Maria João Mascarenhas é interpretada por Daniela Ruah, Rose Lawson por Maria João Bastos e, entre muitos outros personagens e atores e atrizes portugueses, Diogo Morgado completa o trio principal, fazendo do engenheiro alemão Siegfried Brenner. Maria João Bastos explicou ao JN que a “Rose é uma mulher corajosa, destemida, muito cheia de artimanhas, muito sensual e que vai usar todos os seus atributos para conseguir o que quer”, dando algumas pistas sobre o que se pode esperar desta mulher inglesa, proveniente de uma família rica do Porto mas que atravessa dificuldades. Não falta sensualidade a Maria João Mascarenhas, amiga de infância de Rose Lawson, mas é perceptível no primeiro episódio que esse atributo está ao serviço do seu idealismo, com os pés assentes na terra de outra forma. Siegfried Brenner traz o lado alemão e será o mote da vida dupla que Maria João Mascarenhas virá a enfrentar.

Com ideia original de Pandora da Cunha Telles, que contou com a consultoria histórica de Margarida Ramalho sobre as manobras diplomáticas e de espionagem dirigidas pelos britânicos na época em Portugal, e com argumento inicial de José de Pina e de Rui Cardoso Martins, a série teve a realização de Jorge Paixão da Costa. “Dá uma ideia do que era o país na altura, dá uma ideia por que razão nós éramos neutros, mas por que razão a nossa neutralidade era tão frágil”, afirma o realizador em entrevista à RTP, que já trabalhou com produções de peso como A Ferreirinha (2004), Mistérios da estrada de Sintra (2007) ou Soldado Milhões (2018).

Daniela Ruah chama a atenção para a exigência e para a qualidade pretendida em A Espia. “Estamos a apostar num projeto de época, logo aí já exige muito mais atenção nas roupas, na maquilhagem, na forma de estar, no cabelo, nas relações entre as pessoas. Os homens e as mulheres não se relacionavam como se relacionam hoje em dia, com um grande à-vontade e com poucos filtros. O ritmo de vida também era muito mais lento”, afirma a atriz também em entrevista à RTP. Diogo Morgado realça a importância do que aprendeu, do ponto vista histórico, nesta mega produção: “como ator, eu desconhecia como Lisboa era um palco de espionagem tão grande”.

A Espia anuncia, assim, um enredo de alta tensão, com jogos diplomáticos executados por profissionais e por cidadãos normais, cada um trabalhando para a sua teia clandestina. Deixam uma pergunta: no contexto da luta entre o bem e o mal, será que os fins justificam os meios?

Texto de Rita Dias
Fotografia da cortesia da produção de A Espia

Se queres ler mais notícias sobre a cultura em Portugal, clica aqui.

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

2 Julho 2025

Candidaturas abertas para o Workshop de Curadores da 13.ª Bienal de Berlim

16 Junho 2025

Para as associações lisboetas, os Santos não são apenas tradição, mas também resistência

29 Maio 2025

Maribel López: “Temos de tentar garantir que os artistas possam dar forma às suas ideias”

28 Maio 2025

EuroPride: associações LGBTI+ demarcam-se do evento mas organização espera “milhares” em Lisboa

1 Maio 2025

Literacia mediática digital além da sala de aula 

22 Abril 2025

“Pressão crescente das entidades municipais” obriga a “pausa criativa” dos Arroz Estúdios

17 Abril 2025

Estarão as escolas preparadas para os desafios apresentados pela IA? O caso de Portugal e da Bélgica 

17 Março 2025

Ao contrário dos EUA, em Portugal as empresas (ainda) mantêm políticas de diversidade

6 Janeiro 2025

Joana Meneses Fernandes: “Os projetos servem para desinquietar um bocadinho.”

23 Dezembro 2024

“FEMglocal”: um projeto de “investigação-ação” sobre os movimentos feministas glocais

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Patrimónios Contestados [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Desarrumar a escrita: oficina prática [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Introdução à Produção Musical para Audiovisuais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura I – da Ideia ao Projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação ao vídeo – filma, corta e edita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Gestão de livrarias independentes e produção de eventos literários [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Escrita para intérpretes e criadores [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo Literário: Do poder dos factos à beleza narrativa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Viver, trabalhar e investir no interior

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Artes Performativas: Estratégias de venda e comunicação de um projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

02 JUNHO 2025

15 anos de casamento igualitário

Em 2010, em Portugal, o casamento perdeu a conotação heteronormativa. A Assembleia da República votou positivamente a proposta de lei que reconheceu as uniões LGBTQI+ como legítimas. O casamento entre pessoas do mesmo género tornou-se legal. A legitimidade trazida pela união civil contribuiu para desmistificar preconceitos e combater a homofobia. Para muitos casais, ainda é uma afirmação política necessária. A luta não está concluída, dizem, já que a discriminação ainda não desapareceu.

12 MAIO 2025

Ativismo climático sob julgamento: repressão legal desafia protestos na Europa e em Portugal

Nos últimos anos, observa-se na Europa uma tendência crescente de criminalização do ativismo climático, com autoridades a recorrerem a novas leis e processos judiciais para travar protestos ambientais​. Portugal não está imune a este fenómeno: de ações simbólicas nas ruas de Lisboa a bloqueios de infraestruturas, vários ativistas climáticos portugueses enfrentaram detenções e acusações formais – incluindo multas pesadas – por exercerem o direito à manifestação.

Shopping cart0
There are no products in the cart!
Continue shopping
0