O culminar de um projeto de inclusão pela dança acontece esta semana na CriArte. O espaço, localizado em Carcavelos, Cascais, recebe nos dias 5 e 6 de agosto, às 19 horas, a exibição final do espetáculo “A minha história não é igual à tua”. Esta sequência de dança contemporânea foi desenhada no seio do projeto Corpo em Cadeia, desenvolvido pela bailarina, coreografa e formadora Catarina Câmara. A criação baseia-se numa coreografia dirigida por Olga Roriz, interpretada por reclusos do Estabelecimento Prisional do Linhó.
A iniciativa Corpo em Cadeia surgiu “com o propósito de gerar um espaço de experimentação artística, com enfoque na dança e segundo a linha estética e metodologias de criação da COR [Companhia Olga Ortiz], em partilha e influência recíproca com os processos criativos da Companhia e o modelo de intervenção em Terapia Gestalt”, lê-se em nota enviada ao Gerador.
O projecto envolve, assim, um grupo de 16 reclusos, numa “abordagem inclusiva, de Justiça e Coesão Social”, segundo os promotores. A ideia é “criar condições para o desenvolvimento artístico e humano de pessoas em situação de privação de liberdade e potenciar a experiência transformadora da dança junto de uma comunidade frágil, quase invisível aos olhos da sociedade, ajudando a capacitá-la na construção de projetos de vida assentes em escolhas mais preparadas, livres e conscientes”.
O projeto é promovido pela COR, em parceria com a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, mais especificamente com o Estabelecimento Prisional (EP) do Linhó, a Associação Portuguesa da Gestalt (APG), e o Instituto Gestalt de Florença, actual parceiro social do projecto. Tem ainda o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian através da iniciativa PARTIS – Práticas Artísticas para a Inclusão Social.
Os bilhetes para a exibição final de “A minha história não é igual à tua” estão disponíveis aqui.