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Ainda vais ao Clubhouse?!

Epá, sinceramente não estava à espera de dizer isto ainda em 2021 – o ano…

Texto de Redação

©Pedro Vaccaro

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Epá, sinceramente não estava à espera de dizer isto ainda em 2021 - o ano da explosão do Clubhouse, parece ser o ano da sua desvalorização. Então porquê? Porque todo aquele hype inicial, aquela febre, as noites sem dormir, ficaram no passado e, de um momento para o outro, o pessoal desapareceu.

Sinto-me um bocado aquela pessoa que começa cheio de pica a falar de esquemas de pirâmide, super entusiasmado, e depois descobre que não passava de fraude. DAAAANM. Calma, pessoal. Não quero com isto dizer que o Clubhouse é uma fraude, longe disso, mas como se diz na rua: “A CENA MORREU UMA BECA”.

Temos a maioria da população vacinada, estamos a voltar ao normal, já não há tanto trabalho remoto e, com isso, temos menos tempo para as redes sociais. Há uns dias, comecei a lembrar-me do CH e a sensação que tive era que estava a falar de algo do tempo do mIRC e, porra, como assim?! O CH foi este ano, em 2021, apesar de existir desde 2020. A cena foi tão intensa e tão rica, vivemos muita coisa em tão pouco tempo, e parece que foi a long time ago, mas caro amigo e amiga, foi apenas há uns meses, hehe.

Enquanto pensava e escrevia este texto, passei por lá e, sinceramente, não me recordo da última vez que lá fui. Tenho a dizer que acho que o hype só morreu em Portugal. Continuamos a ver muitas salas abertas e interessantes, os Brasileiros parecem ser cada vez mais adeptos da aplicação, os clubes têm mais seguidores e noto que muita gente cresceu aqui. Foram feitos muitos upgrades que, no tempo que eu usava a app diariamente, iriam dar muito jeito.

Entrando na app, sinto-me um verdadeiro OG. Ouvindo a conversa de algumas salas, nota-se que o pessoal mais antigo usa expressões como “no meu tempo”, “antigamente aqui no CH” e até ouvi dizer “aqui há uns anos no CH havia um gajo…", é caso para dizer "C'MON SON". Calma, pessoal. Mas, sim, é uma evidência de que já não é a mesma coisa. Não encontramos as mesmas caras, nunca mais vi o Alho por lá, o Nuno Alberto, o pessoal das editoras, os artistas… desapareceu tudo. Ou então aparecem lá de vez em quando como eu, só para picar o ponto e ver se o bichinho volta.

Na altura em que muito se falava do CH, havia muitas conversas paralelas sobre a empresa em si, sobre a sua valorização, a possível compra por tubarões da tecnologia, e sobre o que seria o futuro da app. Bem, fiz uma pesquisa e, pelo que percebi, a empresa continua com um bom valor de mercado (4 mil milhões de dólares), está longe dos valores das grandes apps, mas mostra que continua a ter muito valor, o que é sempre bom sinal. No entanto, ainda assim, pergunto-me: será que os donos têm aquele sentimento de “Porra, devíamos ter vendido!”? Possivelmente, não. Sou apenas eu por aqui a divagar, porque a app já não é tão popular no território Português.

Outra coisa que também pode estar acontecer - que, eu próprio, na minha fase de desmame e de controlo do vício fazia -, era abrir apenas salas privadas. As tribos foram criadas, as amizades fortaleceram e as pessoas agora organizam-se e encontram-se dentro da app, sem ninguém saber de nada, o que é muito fixe e dá alguma privacidade. Pode ser isso. Se calhar estão lá todos a falar em privado e eu não fui convidado.

Isto mostrou-nos, mais uma vez, como as coisas agora são instantâneas e a sua valorização temporária. Contra mim falo, porque admito que estive muito viciado na aplicação. Dediquei-lhe muito tempo e, de um momento para o outro, puff, por magia o encanto desapareceu. Talvez em 2044, quando houver uma nova pandemia, voltemos todos ao CH em força. Mas, atenção, claramente que é ainda utilizada por muita gente e, em certos países, continua a ter muitos utilizadores. Estou a falar apenas da realidade Portuguesa.

O título deste texto ia ser R.I.P. CLUBHOUSE, mas enquanto escrevia, estive com a app aberta e nota-se que a mesma ainda é importante para muita gente. Posso apenas estar com saudades dos velhos tempos e, como não reconheço nenhuma cara, penso assim: vamos esperar para ver o que os próximos tempos trazem e, em breve, irei abrir uma sala para matar as saudades.

-Sobre Nuno Varela-

Nuno Varela, 36 anos, casado, pai de 2 filhos, criou em 2006 a Hip Hop Sou Eu, que é uma das mais antigas e maiores plataformas de divulgação de Hip Hop em Portugal. Da Hip Hop Sou Eu, nasceram projetos como a Liga Knockout, uma das primeiras ligas de batalhas escritas da lusofonia, a We Deep agência de artistas e criação musical e a Associação GURU que está envolvida em vários projetos sociais no desenvolvimento de skills e competências em jovens de zonas carenciadas.Varela é um jovem empreendedor e autodidata, amante da tecnologia e sempre pronto para causas sociais. Destaca sempre 3 ou 4 projetos, mas está envolvido em mais de 10.

Texto de Nuno Varela
Fotografia de Pedro Vaccaro
A opinião expressa pelos cronistas é apenas da sua própria responsabilidade.

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