fbpx
Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Veggie boy

Alimentação, o que dizer sobre alimentação? Não devemos comer o que nos sabe bem, mas…

Opinião de Nuno Varela

©Pedro Vaccaro

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Alimentação, o que dizer sobre alimentação?

Não devemos comer o que nos sabe bem, mas o que nos faz bem à saúde. No meu caso, se fosse a comer o que me sabe bem, realmente bem, estaria muito gordo e a saúde não seria das melhores: um monte de batatas fritas carregadas com queijo derretido, carne de porco frita em banha, tostas barradas com manteiga ou hambúrgueres de 4 andares com 3 carnes diferentes e carradas de bacon.

Mas calma, pessoal! O Varela não faz isso. Há uns 6 ou 7 anos que comecei a ter alguma atenção com a alimentação chegando ao ponto de ficar um ano sem comer carne. Hoje em dia tento evitar a carne mas, se for preciso, como. Contudo, depois sou capaz de ficar meses sem voltar a comer. Primeiro, sentia um género de nojo a carne; e mais tarde comecei a ter outro tipo de atenção, que vai desde um maior respeito pela vida animal até às questões climáticas ou por querer um estilo de vida mais saudável.

Vivemos numa sociedade onde desde cedo nos dizem que um ser humano, bem formado fisicamente, com força e capacidade de trabalhar ou estudar deve comer bem e o comer bem para a maior parte das pessoas é um prato enorme com arroz, batata frita e um bife gigantesco que em muitos sítios daria para alimentar 4 pessoas.

Que carne dá sustento e força, eu arrisco-me a dizer que, em muitas entrevistas de trabalho para a construção civil, se alguém dissesse que não comia carne podia ser logo um factor eliminatório, partindo do princípio que quem não come carne é fraco e sem qualquer tipo de força.

ERRADO.

Demorei algum tempo a perceber isso mas lá cheguei. Não me considero uma pessoa que saiba fazer uma alimentação equilibrada mas tento, e tento muito. Os novos tempos também ajudam, e facilmente encontramos pela internet forma de ter uma alimentação saudável sem recorrer a alimentos de origem animal ou pelo menos apenas com leguminosas e alguns derivados de animais.

Sempre fui bom garfo e facilmente encontram no meu Instagram uma fotografia de uma grande travessa de cozido à portuguesa ou uma cachupa rica, cheia de frango, carne de vaca, de porco, vários tipos de chouriço e linguiça de cabo-verde. E como fazemos este switch?

De forma radical, não me recordo, mas devo ter passado de um rancho para uma salada com quinoa e um hambúrguer de cogumelos, assim de um dia para o outro.

Sinto diferença em muitos pontos: no peso, não me sinto tão pesado; a digestão é muito mais fácil; e quando vou à quinta pedagógica consigo olhar para os animais sem me sentir culpado.

Ainda como alguma carne de vez em quando, o que faz com que algumas pessoas digam que sou um falso vegetariano. Já estive em jantares onde me apeteceu comer frango, por exemplo, e alguns amigos vegetarianos olharem para mim com ar de quem estava a fazer uma traição. Atenção que nunca me assumi como vegetariano. Ao dizer que estava a deixar de comer carne, foi-me logo dada a alcunha de veggie boy por alguns amigos. Isto para não falar que deixei de comer carne, mas continuo a comer peixe. Aliás, tenho comido muito mais peixe até.

E faço algumas batotas pelo caminho, sendo o frango, carne dita branca, nunca consegui ficar muito tempo sem comer o clássico português, FRANGO ASSADO. Não dá. Posso não comer um cozido à portuguesa há mais de um ano, mas frango assado não consigo mesmo. É isso e a bifana de um restaurante que há no Porto chamado “Conga”. Podem passar-se meses sem tocar em carne, mas se estiver no norte, nem penso duas vezes e sou capaz de comer logo umas três bifanas seguidas. Mas há algo que me deixa a pensar, que é o sentimento de culpa sempre que como carne, por isso sei que não me falta muito até conseguir mentalizar-me que tenho mesmo que deixar a carne de lado e também o peixe. Acho que o que me falta é um maior conhecimento de soluções e receitas. Penso que a chave está em fazer um desses workshops de alimentação saudável e focadas no vegetarianismo, porque é mesmo um caminho que pretendo seguir.

Algo que todos deviam pensar pelos diferentes pontos que já falei aqui. Aconselho a todos, pelos menos, a fazerem uma redução e tentarem ficar uns meses sem comer carne. O planeta agradece.

-Sobre Nuno Varela-

Nuno Varela, 36 anos, casado, pai de 2 filhos, criou em 2006 a Hip Hop Sou Eu, que é uma das mais antigas e maiores plataformas de divulgação de Hip Hop em Portugal. Da Hip Hop Sou Eu, nasceram projetos como a Liga Knockout, uma das primeiras ligas de batalhas escritas da lusofonia, a We Deep agência de artistas e criação musical e a Associação GURU que está envolvida em vários projetos sociais no desenvolvimento de skills e competências em jovens de zonas carenciadas.Varela é um jovem empreendedor e autodidata, amante da tecnologia e sempre pronto para causas sociais. Destaca sempre 3 ou 4 projetos, mas está envolvido em mais de 10.

O Nuno Varela é formador do curso de 9h “Introdução ao movimento Hip-Hop”, que decorre de 9 a 11 de agosto na Academia de Verão do Gerador. Se te interessas por este tema clica aqui para saberes como podes assistir.

Texto de Nuno Varela
Fotografia de Pedro Vaccaro

Publicidade

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

2 Maio 2024

Casa arrendada também é lar

30 Abril 2024

”Liberdade,liberdade!” – (Des)Igualdade de género e IA

30 Abril 2024

Liberdade, com L maduro!

25 Abril 2024

Disco riscado: Todos procuramos um lugar a que possamos chamar casa

23 Abril 2024

O triângulo da pobreza informativa na União Europeia. Como derrubar este muro que nos separa?

23 Abril 2024

Levamos a vida demasiado a sério

18 Abril 2024

Bitaites da Resistência: A Palestina vai libertar-nos a nós

16 Abril 2024

Gira o disco e toca o mesmo?

16 Abril 2024

A comunidade contra o totalitarismo

11 Abril 2024

Objeção de Consciência

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação ao vídeo – filma, corta e edita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Planeamento na Comunicação Digital: da estratégia à execução [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

O Parlamento Europeu: funções, composição e desafios [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Narrativas animadas – iniciação à animação de personagens [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Planeamento na Produção de Eventos Culturais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online e presencial]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Pensamento Crítico [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Práticas de Escrita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Soluções Criativas para Gestão de Organizações e Projetos [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online ou presencial]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação à Língua Gestual Portuguesa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Introdução à Produção Musical para Audiovisuais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura I – da Ideia ao Projeto

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Viver, trabalhar e investir no interior [online]

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

22 ABRIL 2024

A Madrinha: a correspondente que “marchou” na retaguarda da guerra

Ao longo de 15 anos, a troca de cartas integrava uma estratégia muito clara: legitimar a guerra. Mais conhecidas por madrinhas, alimentaram um programa oficioso, que partiu de um conceito apropriado pelo Estado Novo: mulheres a integrar o esforço nacional ao se corresponderem com militares na frente de combate.

1 ABRIL 2024

Abuso de poder no ensino superior em Portugal

As práticas de assédio moral e sexual são uma realidade conhecida dos estudantes, investigadores, docentes e quadros técnicos do ensino superior. Nos próximos meses lançamos a investigação Abuso de Poder no Ensino Superior, um trabalho jornalístico onde procuramos compreender as múltiplas dimensões de um problema estrutural.

A tua lista de compras0
O teu carrinho está vazio.
0