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Ana Matos: “A arte é um bem público”

A Galeria das Salgadeiras celebrou o seu 18.º aniversário no dia 4 de julho. Depois…

Texto de Patrícia Nogueira

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A Galeria das Salgadeiras celebrou o seu 18.º aniversário no dia 4 de julho. Depois de 145 exposições, 8 feiras de Arte Contemporânea e 55 artistas, Ana Matos, diretora artística e curadora, continua a desmistificar a Arte Contemporânea, porque a arte “só faz sentido se for de todos”.

Em 2003, Ana Matos trouxe para o Bairro Alto aquele que viria a ser o ponto de encontro dos apreciadores e amantes de Arte Contemporânea em Lisboa. Num sítio com menos de 40 m2, passaram grandes nomes portugueses, formou-se uma rampa de lançamento para apresentar artistas em território nacional e além-fronteiras e criou-se uma espécie de cooperativa, Os Amigos das Salgadeiras, para que todos tivessem acesso à arte.

A Galeria das Salgadeiras assenta o seu programa em dois eixos que ortogonalmente se cruzam: por um lado, expansão e fusão de expressões e géneros artísticos, por outro, uma “contaminação positiva” com outros territórios do pensamento e sensibilidade, como a Literatura e a Poesia. Ao longo dos 18 anos, a Ana Matos tem procurado criar parcerias e criar pontes com outras instituições culturais, a nível nacional e internacional (como as feiras em Portugal e Espanha, e Miami que se realizou online). Alinhada com o pensamento de “a arte como um bem público”, a Galeria das Salgadeiras criou o Grupo Amigo das Salgadeiras que facilita a aquisição de obras de arte e oferece vantagens e ainda a iniciativa “Galerista por um dia” em que convidam pessoas de outros territórios a definirem o seu próprio discurso expositivo, a partir do acervo da galeria e de obras dos artistas que são representados ou colaboram com a mesma.

Desde 2003, a Galeria das Salgadeiras já realizou cerca de 145 exposições, 39 fora de portas, 9 no estrangeiro, 8 feiras de Arte Contemporânea, trabalhou com 55 artistas, dos quais representa 9 (Augusto Brázio, Cláudio Garrudo, Eva Díez, Ilda Reis, Inês d’Orey, João Dias, Marta Ubach, Rui Horta Pereira, Rui Soares Costa ) e trabalha em colaboração com 4 (Carlos Alexandre Rodrigues, Daniela Krtsch, Guilherme Parente e Paula Almozara).

Dezoito anos depois, a Galeria das Salgadeiras celebra o seu aniversário com o lançamento de um novo site (com conteúdos em formato bilingue), uma publicação comemorativa com obras e biografias dos artistas representados, um texto de Ana Matos e informação retrospetiva e histórica, que terá uma edição especial com um múltiplo de arte de um artista da galeria; e a exposição Rising de Rui Soares Costa, uma experiência imersiva pelas águas do Rio Tejo, que decorre durante o mês de aniversário e que simbolicamente assinalará esta efeméride.

Em entrevista ao Gerador, a fundadora, diretora e alma da Galeria das Salgadeiras, Ana Matos, conta-nos como nasceu a galeria e a sua história ao longo destes 18 anos, o papel da Arte Contemporânea na sociedade e como a arte é um bem um público.

Galeria das Salgadeiras

Gerador (G.) – Celebram o vosso aniversário no dia 4 de julho, porquê a escolha desta data?

Ana Matos (A. M.) – Esta data tem uma relação direta com o 4 de julho dos Estados Unidos da América. Não que seja uma cultura com a qual me identifico ou tenha vivido lá, mas coincidiu na altura do ano em que estava a preparar a abertura, e o dia da independência tornou-se simbólico para mim. Na altura, estava ainda a trabalhar como engenheira informática, a minha área de formação e, em 2003, decidi abrir a galeria. Achei uma data simbólica por ser um marco, porque, no fundo, o que queria fazer da minha vida era conseguir essa independência, e ter uma galeria que me proporcionasse condições de vida não só a mim, mas também aos artistas com quem trabalho.

G. – Mas como surgiu esse gosto pelo mundo da arte, enquanto engenheira informática? Uma vez que são campos completamente diferentes.

A. M. – Estamos a falar de campos bastante díspares. Eu vinha da Inteligência Artificial, na universidade, a trabalhar fui para outro caminho (dentro da engenharia), mas sempre tive vontade de ter algo meu. No final dos anos 90, fiz alguns cursos de História de Arte e que envolviam a estética. A minha avó fazia gravura, e obviamente foi uma pessoa muito importante na minha vida e que determinou os meus interesses pela Arte Contemporânea. O meu pai também tinha tido uma galeria de Arte Contemporânea no Funchal. O meu avô também era ligado à arte e sempre tive a sorte de ter arte em casa, de ter quadros nas paredes, estantes com livros, fotografias, serigrafias, desenhos, fazia tudo parte do meu imaginário, e sempre considerei que uma casa fica muito mais bonita quando tem essa alma, que é o nosso rosto, a nossa história. Sempre pensei ter uma galeria acessível às pessoas que se interessam e que têm poder de compra - só podemos pensar numa obra de arte, quando temos uma vida estabilizada, porque obviamente não é o nosso sustento, não precisamos para viver, mas apenas para viver de outra forma. Quis criar uma galeria onde as pessoas pudessem encontrar respostas para esses seus estímulos. Isso determinou muita coisa no projeto, desde o sítio no Bairro Alto, aos artistas com quem decidimos, e fomos decidindo, ao longo do tempo trabalhar, muitos que estão a começar, como o Carlos Alexandre Rodrigues, um artista numa fase muito inicial da sua carreira. Sempre me interessou ir buscar os artistas jovens no seu percurso. Outra questão que determinou o início de tudo e é o mote do nosso trabalho é: a arte é um bem público. Queremos que a galeria seja um sítio onde as pessoas se sintam bem e queiram voltar.

G. – Como fazem a seleção desses artistas?

A. M. – Numa primeira fase, quando abri a galeria, funcionava com “artista traz artista”, com relações diretas de amizade. De uma forma geral, não sou muito de respostas instantâneas, mesmo que goste e que considere interessante para a nossa programação, há sempre um trabalho de acompanhamento antes de fazer uma exposição. Aquela ideia do artista que acha que chega ao galerista e diz que tem a exposição ideal para o espaço, para mim, é uma abordagem errada. Porque a adequação do trabalho ao espaço tem a ver com o trabalho do galerista ou curador, e também porque a relação entre um artista e um galerista não é só uma prestação de serviços, há um trabalho anterior de acompanhamento, de perceber o trabalho do artista, ir ao atelier várias vezes, perceber o que vamos trabalhar, demora algum tempo desde o momento em que há um artista que me interesse até que a exposição aconteça. Mas, ao longo do tempo, também se foi ajustando, porque eu criei a galeria de forma muito impulsiva (coisa que não recomendo a ninguém), não tinha artistas, não tinha programa, não sabia fazer a folha de sala ou um preçário. Entretanto, fiz um mestrado em Estudos Curatoriais, porque achava que precisava de solidificar os meus conhecimentos e aprender outras coisas, e aí comecei a perceber realmente o que me interessava dentro da Arte Contemporânea. Desde cedo, tivemos bem claro o que nos interessava a nível de expressões artísticas. Queríamos trabalhar com múltiplos, nomeadamente, fotografia (porque em 2003 havia muito poucas galerias a apresentar fotografia em Lisboa) e gravura (um território com o qual tenho uma relação afetiva muito forte). Em termos de áreas, tivemos mais recentemente o desenho, mas quando começámos eram apenas estas duas. Quando decidi abrir a galeria, convidei os artistas com quem trabalhava na altura, fizemos uma exposição coletiva a partir da “Mensagem” de Fernando Pessoa, e foi aí que percebi que a literatura também ia cruzar o meu trabalho enquanto galerista e curadora. Eu não sou de História de Arte ou de Arte Contemporânea de formação, por isso sempre me interessaram os territórios difusos, aqueles em que as fronteiras de diluem, as relações entre a fotografia, desenho, gravura, escultura e pintura acontecem. Sempre me interessou entender como tudo se mistura, contamina e se funde naquilo que vem a ser uma obra contemporânea do seu tempo. A partir do momento em que estes eixos ficaram claros na minha cabeça, tudo ficou mais fácil, porque percebi com que artistas queria trabalhar. Acho que foi um caminho longo, mas também não quis que fosse mais rápido, porque vivi bem com este tempo de descoberta dos vários territórios, trabalhei com muitos artistas, mas chegou a um momento em que ficou tudo claro. Não quer dizer que estejamos sempre nesses territórios, porque, por vezes, gosto de apresentar projetos completamente ao lado. Mas, e é o que falo muito com os estudantes de Belas Artes, o mais importante para um jovem artista é conhecer todas as galerias da cidade, ver onde se quer movimentar e, depois, perceber qual a galeria onde se enquadra mais, porque é um trabalho muito intenso. Tem de haver uma grande confiança entre artista e galerista, e nem sempre o melhor artista resulta na melhor galeria. É importante ir à procura da relação perfeita.

G. – A Arte Contemporânea ainda é vista como elitista?

A. M. – Acho que sim, mas em 18 anos noto uma diferença muito grande. Quando abri a galeria, as pessoas ainda perguntavam se podiam entrar, se tinham de pagar bilhete, existia quase um medo de entrar e a ideia de que só quem podia comprar é que podia ver. Acho que, por diversas razões, como o termos mais galerias ou os diferentes modelos que surgiram, umas com programação mais elitista outra mais acessível. Outras vezes, a atitude dos galeristas face ao publico que a visita também influencia. Existe uma série de complementos que fazem parte desse desmistificar que é fundamental. Não significa banalizar nem desvalorizar, mas sim tirar essa carga elitista e isso é um trabalho conjunto dos professores, curadores, críticos, artistas, imprensa em geral. Na pandemia sentimos isto: a arte tem um papel fundamental nas nossas vidas. Quando tudo à volta não existe e estamos presos, não há nada como pegar num livro e viajar. Há muitas coisas que as pessoas procuram na arte e encontram, tem a ver com estímulo, apuramento do seu sentido crítico, da sua capacidade estética de reflexão perante o mundo, e isso tem de ser um território de todos, não pode ser, de forma alguma, elitista. Claro que os artistas são seres particulares e têm uma sensibilidade e forma diferente de olhar o mundo, mas a Arte Contemporânea tem de se rum território onde nos encontramos e onde cada um irá usufruir consoante a sua própria experiência, referências e memórias. Acho que é um caminho, mas estamos bem, num percurso ascendente, e hoje em dia é muito possível as pessoas encontrarem diversos tipos e abordagens nas galerias onde se podem sentir bem.

G. – Muitas vezes as pessoas não visitam galerias, ou não procuram a arte, porque não entendem o que está a acontecer. Tem de existir uma maior aproximação por parte do galerista ou do próprio artista?

A. M. – Se em relação à arte antiga e moderna ninguém questiona porque é que uma peça está no Centro de Arte Moderna, e existe uma aceitação porque passou tempo e o tempo e os especialistas legitimaram que estamos perante uma obra de arte, na Arte Contemporânea é diferente. Este tipo de arte é diferente porque está a ser feita neste tempo (como o próprio nome indica), essa mediação é muito mais rápida e, provavelmente daqui a 200 anos, o tempo vai filtrar tudo o que está a ser produzido, o que é pertinente e contribui par aa história e o que vai ficar. Como não há esse filtro imediato e como, muitas vezes, o contemporâneo não é um substantivo, mas um adjetivo usado de forma depreciativa, tudo isto faz com que as pessoas, numa forma geral, começassem a ter algum desconforto. Se entrevistarmos alguém na rua, conseguem dizer nomes de escritores, autores, músicos, mas de um artista plástico será difícil. Por isso, esse trabalho tem de ser feito, e só se faz desmistificando e criando contexto. Por isso, tentamos, de uma forma breve, dar algum contexto a quem nos visita. Temos uma folha de sala, uma receção em que, num minuto, conseguimos dizer o que está a apresentado, e isso quebra essa barreira, porque às vezes não é justificar nem explicar, mas sim dar pistas.

G. – A Ana vinca o facto de a arte ser um bem público…

A. M. – A arte é um bem público porque é de todos, e só faz sentido se for de todos. Há sempre um emissor e um recetor e eles influenciam-se mutuamente, tem de haver uma resposta. Por isso, acho que estes tempos que vivemos e a experiência física de ter a porta aberta é algo importante, porque acredito na relação física com quem entra. Estar fechados foi a coisa que mais nos custou enquanto galeristas, todos sentimos a falta do publico nestes lugares. Nós precisamos do público.

G. – Como se adaptaram às portas fechadas provocadas pelo contexto pandémico que vivemos?

A. M. – Todos os dias divulgámos uma obra de arte do nosso acervo, um pouco de “uma obra de arte por dia, não sabe o bem que lhe fazia”. Temos um novo website, no qual temos alguns vídeos que fizemos com artistas, que são pequenas visitas às exposições que já aconteceram na Galeria, com legendagem em inglês (pequenas curtas de apresentação e de aproximação com o processo crítico). E uma grande proatividade. Reinventámo-nos e tentámos manter essa relação próxima. Porque o digital é uma forma de transmitir informação, mas não substitui a experiência real de ver uma galeria, um museu ou uma feira. Estamos muito longe dessa realidade virtual na sua plenitude.

G. – Na Galeria das Salgadeiras têm uma espécie de cooperativa, os Amigos das Salgadeiras. Pode explicar-nos como funciona?

A. M. – Os Amigos das Salgadeiras estão alinhados com o facto de a arte ser um bem público e de ir buscar novos públicos. Criámos uma espécie de “plano poupança arte”, em que quisemos dar a possibilidade das pessoas criarem a sua própria coleção de uma forma bastante acessível. Os Amigos das Salgadeiras têm várias vantagens: no momento de adesão, recebem uma obra de arte exclusiva dos Amigos das Salgadeiras, uma foto ou gravura, têm a possibilidade de visitar a exposição antes da sua inauguração e têm ainda um desconto de 10 % a 15 %, mediante a quota que paga (há um pagamento de uma quota mensal de 25 € ou 50 €), que reverte na totalidade para a aquisição de uma obra de arte. Posso dizer que, ao longo destes anos, é uma coisa que me deixa muito feliz, ver as pessoas começarem a ser amigas das Salgadeiras, e a cada meio ano vêm comprar a sua obra de arte e estão a fazer a sua coleção. No fundo, tem tudo a ver com a minha motivação primeira para abrir uma galeria de arte.

G. – Ao longo destes 18 anos, consegue identificar algo que tenha mudado?

A. M. – Os públicos mudaram. Temos um público muito mais exigente, crítico, curioso, com mais conhecimento, que se habituou a vir mais vezes. Um público mais amadurecido com muito hábitos que trouxe exigência e conhecimento e isso, mais uma vez (como é uma relação bidirecional), foi muito estimulantes para os artistas e galerias.

G. – Existe algum artista que tenha marcado a Galeria das Salgadeiras?

A. M. – Isso é injusto. Passaram muitos artistas por aqui. Se tiver de escolher um, é injusto. Vou parafrasear a Blimunda, no Memorial do Convento, que diz “são como as vontades, onde cabe uma, cabem todas”. Todos cabem naquilo que é a Galeria das Salgadeiras hoje e a eles devo um agradecimento.

G. – O que podemos esperar da galeria nos próximos tempos?

A. M. – Já temos a programação definida até 2022 e vamos continuar a trabalhar nas relações entre vários territórios da sensibilidade e conhecimento, seja ciência, literatura ou política. Vamos reforçar a aposta nos artistas com quem estamos a colaborar, manter a nossa aposta nas feiras, porque temos tido um retorno muito interessante. O novo website, e temos algumas ideias internacionais, atualmente estamos a participar no Belgrado Photo Month, na Sérvia, com uma exposição da Inês d’Orey e queremos apresentar uma exposição coletiva em Londres.

Texto de Patrícia Nogueira
Fotografia de Patrícia Nogueira

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