“As andorinhas não morrem, a Primavera nunca acaba e o renascer é uma constante”.
É com este mote que Ana Moura revela o novo single, que marca uma viragem na sua expressão artística.
Em comunicado enviado ao Gerador, é referido que a artista “chegou a um momento especial no seu percurso”, um percurso que evita definir como “carreira” porque esta pode ser uma palavra “redutora” por dar a entender que “desvios, mudanças de direcção ou de intenção não se encaixam com essa ideia”.
“A arte não se sacrifica”, lê-se, e é por isso que a canção Andorinhas é um símbolo: “de liberdade e de emancipação, de criatividade em estado puro, uma recusa das amarras do sucesso, uma declaração de uma vontade de futuro. E isso vale tudo”.
O novo tema surge após Ana Moura anunciar que iria cessar o vínculo com a sua editora discográfica e a agência que a representava, de forma a poder prosseguir de forma livre, independente e com maior liberdade artística. "Andorinhas é, portanto, uma nova alma que assim se liberta. Porque as "andorinhas é que são rainhas / a voar as linhas da liberdade", canta ela, que quer ir "embora", para "só voltar um dia". Porque, muito claramente, o mundo é a sua casa”, lê-se na nota.
O vídeo, que foi rodado em telhados de um popular bairro de Olhão, mostra a partilha do espaço com quem dança e sente, mostrando-se com nova imagem e postura de Ana Moura. Pretende ainda reproduzir a diversidade que marcou a infância da artista.
“Sobre cadência de recorte tropical e com balanço de uma África que é tanto ancestral quanto do futuro, a artista propõe uma nova ideia para nos definir a todos, posicionando-nos num lugar que não é geográfico, mas emocional, que não é histórico, mas é, ainda assim, cultural porque não recusa tudo o que o tempo nos trouxe, desembocando num porto de Lisboa que tanto recebeu através dos tempos”, diz o comunicado.
Este single, que já está disponível nas plataformas digitais, é o primeiro de um novo disco que deverá ser editado em setembro.