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Animal de Domesticação: “Digo sempre para me deixarem ser cavalheira” – Entrevista a Catarina Munhá

Catarina Munhá ainda não sabe bem quem é, mas a pressa de o descobrir não…

Texto de Andreia Monteiro

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Catarina Munhá ainda não sabe bem quem é, mas a pressa de o descobrir não é grande. É médica, mas também faz investigação. Desde os cinco anos que se ligou à música, num amor ao primeiro toque no piano. Desde sempre que inventa canções sobre o que a rodeia, mas guardava-as na gaveta. Tudo mudou ao alugar um rés-do-chão em Lisboa e ao decidir mobilar esse apartamento com canções que, respondendo ao desafio de amigos, saltaram da gaveta da cantautora para o YouTube. Com pelo menos uma canção por divisão e os vários espaços que a habitam, Catarina lança agora o seu primeiro single e videoclip.

Animal de Domesticação” é o seu primeiro single, em que brinca com o conceito da domesticação do ser humano nos dias que correm. No primeiro trimestre de 2019 mais canções se juntarão a esta, no disco que pede emprestado o nome do single. Em Animal de Domesticação moram canções bem-humoradas e inquietas, que tanto podem surgir acompanhadas pelas teclas melancólicas de um piano, pelo som tropical do ukulele, ou até do violino insólito. Enquanto o novo ano não chega, algumas das canções que virão para o disco de estreia da cantautora podem ser ouvidas no seu canal de YouTube, sem edição e em modo caseiro, deixando visível aos olhos de qualquer um o princípio da sua história musical, com todas as imperfeições e autenticidade de quem encontra prazer em falar com alguém que não está lá – ou não fosse isso o que para ela significa escrever letras de canções.

Numa manhã solarenga, a Catarina Munhá abriu as portas de sua casa ao Gerador para falar um pouco sobre o lançamento do seu primeiro single, o disco que aí vem e o seu percurso musical. Ao entrar em casa a primeira divisão que salta à vista é a que está recheada de instrumentos musicais, dando vida e cor a uma rotina recheada de canções. Sentamo-nos no sofá verde, que após algumas visitas ao Ikea, que a cantautora confessa ter sido um processo tortuoso, veio juntar-se à casa. A partilha falada começa.

Gerador - O que te levou a escolher o “Animal de Domesticação” para single do teu disco e também para o seu nome?

Catarina Munhá - Essa é fácil. Não escolhi, escolheu-se a si próprio (risos). Quando fiz as músicas não tinha nenhuma definida como single. Quando me perguntaram qual achava que deveria ser o single, não fazia a mínima ideia. Como é que se decide um single? (risos) Falei com amigos e esta era das favoritas. O Hélio (Morais) e a Sony também acharam a mesma coisa. E porque não? Outra coisa que influenciou foi as fotografias que a Matilde Cunha me tirou no contexto do disco. Fomos para um jardim ao pé de minha casa. Disse-lhe que era a pior a tirar fotos e ela pediu-me para fazer algo que faria se estivesse ali sozinha. ‘Se estivesse ali sozinha já estava a trepar as árvores todas!’ Ao que ela me respondeu – ‘então força!’. Passei o tempo todo pendurada em galhos (risos). Tem um bocadinho a ver com esta minha parte de selvajaria.

G. - Mas o disco era para se chamar Rés-do-Meu-Chão, não era?

C.M. - Sim, porque é uma canção por divisão. Mas quando eu dizia isto nos concertos as pessoas perguntavam-me: ‘o quê?’ Percebi que Rés-do-Meu-Chão não era algo fácil de dizer e, no fim, pareceu-me um bocadinho sério de mais para o conteúdo das músicas. Achei que o disco merecia um título mais bem-humorado. Quando aconteceu a coincidência do Animal de Domesticação ser o single é que me apercebi. Realmente Animal de Domesticação faz referência à casa pela domesticação, não mudando a vibe que eu quero e se calhar representa muito melhor aquilo que as canções dizem. É engraçado as voltas que a vida dá. Começas a pensar que vai ser de uma certa maneira e, depois, as pessoas em teu redor trocam-te as voltas. Quando digo Animal de Domesticação sinto que faz muito mais sentido. Tem logo uma piada no nome, o que gosto. É mais bem-humorada e leve.

G. - Fala-me um pouco da tua visão acerca do conceito de domesticação do ser humano nos dias que correm.

C. M. - Nem me apercebi que isso era um conceito (risos). Acho que tem que ver com aquela piada que faço em como gosto de ser cavalheira. É uma coisa que às vezes as pessoas estranham, mas que tem que ver com o facto de eu não me resignar com os papéis que, às vezes, nos são atribuídos. O ser suposto comportarmo-nos de determinada forma por sermos mulheres, ou homens. Isso nunca me entrou muito. Não me identificava com coisas típicas de meninas, sempre fui muito Maria-rapaz. Sempre achei muito injusto querer jogar à bola e skate e sentir que não pertencia. Cresci sempre com isso. Às vezes, tenho amigos que se chateiam, porque me tentam pagar almoços e abrir as portas e eu rio-me, mas digo sempre para me deixarem ser eu a fazê-lo. Para me deixarem ser cavalheira (risos). Não quero essa posição que percebo ser uma discriminação positiva, na verdade. Estão a pagar-te coisas e a abrir portas, não é? Mas não me sinto confortável nessa posição. Também quero abrir portas e pagar jantares. Às vezes, nestas coisas do sexismo é mais fácil abordar temas que tenham humor do que estarmos muito sérios. Muitas vezes as pessoas não fazem por mal. É uma coisa que já está tão enraizada que pensam que estão a fazer um favor, não é propositado. O Animal de Domesticação é uma abordagem mais ternurenta a um tema que é importante para mim. Mas não é só sobre sexismo, é também sobre a rebeldia e inquietação, minha e de outras pessoas que fazem parte da minha vida e me inspiraram com a sua persistência em não aceitar 'papéis' ou etiquetas que lhes dão. E algumas delas aparecem até no final do vídeo da canção.

G. - A seguir à descoberta do piano veio o violino, guitarra, sintetizador, ukulele e a pandeireta. No entanto, quais os instrumentos com que mais te identificas e que acabas por recorrer com mais frequência?

C.M. - O piano, sem dúvida. Foi o primeiro instrumento que toquei. Comecei com cinco anos e foi a minha grande paixão musical. Só comecei a tocar violino, porque me obrigaram. Entrei na Orquestra Metropolitana, que era suposto ser um conservatório para formar músicos de orquestra. O piano não era um instrumento de orquestra e, por isso, tive de escolher outro. As minhas amigas iam tocar violino e gostava do instrumento, por isso escolhi-o. A guitarra veio na adolescência para tocar com os amigos. É bem mais portátil que o piano. Mas se o piano fosse mais portátil, nem sei se tinha pegado na guitarra. O ukulele foi uma brincadeira. Um amigo pôs-me um nas mãos e disse-me que achava giro eu fazer coisas com o ukulele. Mal comecei a tocar em casa percebi que me ajudava imenso a descomplicar. Ou seja, como não tocava ukulele profissionalmente, nem tinha tido formação, não pensava nos acordes que estava a fazer. Não pensava tecnicamente. Era só tocar e cantar. Isso ajudou-me muito a simplificar e senti que as canções ficaram muito mais orgânicas. Houve uma fase em que não o largava. Estava sempre a fazer canções com o ukulele (risos). Ainda por cima é tão pequenino que o conseguia levar para todo o lado. Andava sempre com um ukulele debaixo do braço e fazia uma canção por dia. Era uma estupidez. Andava sempre a musicar factos da vida quotidiana (risos). Essa fase teve muito na base deste álbum. Por outro lado, para mim o piano está mais associado à melancolia. As músicas mais tristes que tenho são no piano e as mais alegres no ukulele.

G. - A tua criatividade para partilhares as mensagens que tens dentro de ti podia surgir de muitas formas. Consegues perceber o porquê da tua inclinação para inventares canções como forma de partilhares as tuas ideias?

C. M. - A música sempre fez parte da minha vida. Desde pequenina que me lembro de haver música em casa. Os meus pais não são músicos, mas o meu avô tocava Chopin de ouvido. Nunca teve formação de piano, mas gostava muito de tocar. O meu pai também gostava muito de dar uns toques, mas tudo de ouvido. Depois, aos cinco anos comecei a melgar a cabeça dos meus pais, nem sei bem porquê, para tocar piano. Tem sido uma linha constante ao longo da minha vida. Virar-me para os instrumentos musicais sempre foi uma zona de conforto. Tinha um problema ou alegria e sentava-me ao piano para fazer uma canção. Também gosto muito de ler e escrever. No conservatório, quando começámos a dar um formato de música que se chama Liad – é literalmente uma canção, mas começou com compositores alemães e é uma coisa muito mais simples que as pessoas podiam tocar em casa e cantar por cima -, fiquei encantada com isso. Identifiquei-me com aquilo e comecei a fazer Liads, mas num formato mais clássico, e com poesia por cima. Dava coisas muito melancólicas! Depois, comecei a ouvir mais tipos de música, sem ser a clássica. Adoro música brasileira, bossa nova, e comecei a ouvir música pop, rock e indie. De repente, comecei a integrar isso na base que tinha, a de canção. Acho que conjuga o meu amor pelas palavras com a parte musical. Mas é algo muito automático.

Catarina Munhá a tocar ukulele

G. - Como surgiu esta ideia ou necessidade de mobilares um apartamento com canções?

C.M. - Porque odeio ir ao Ikea (risos). Reconheço que é um sítio bastante útil, mas só de entrar começo a ficar com comichões. Acho que adiei para mobilar e a casa estava um bocadinho vazia. Eu não preciso de mobília, preciso é de canções! (risos) Pronto, depois lá tive de ir ao Ikea várias vezes, num processo muito tortuoso. A primeira divisão que mobilei foi a sala de música. Trouxe todos os meus instrumentos e ficou desproporcionalmente cheia em relação às outras. Depois, acabava por haver instrumentos espalhados pela casa, que era das únicas coisas que havia inicialmente. Às vezes sinto aqui uma espécie de bola de pêlo e sai uma canção, e depois outra, e outra. Não é muito evitável, nem planeado.

G. - Então, fazer e viver a música é uma forma de nos sentirmos sempre em casa?

C.M. - Para mim, definitivamente que sim. Onde quer que esteja sempre me acompanhou a vida toda. É engraçado, porque não é palpável. É uma coisa que está no ar, mas ao mesmo tempo existe. É uma presença constante.

G. - Este é o teu primeiro videoclip profissional. Como foi a experiência?

C.M. - Foi muito familiar, porque quem filmou foi o meu irmão (Miguel Munhá). Isso facilitou a coisa. Talvez se tivesse sido outra pessoa, tivesse entrado em pânico. Como foi ele, fez com que não tivesse medo. Sentia-me mais em casa. Mas foi uma loucura. Não fazia ideia que dava tanto trabalho planificar as coisas e meter tanta gente em contacto. É desafiante, mesmo com tanta gente à volta como o Gerador, o Hélio (Morais), os músicos que participaram, a equipa toda que fez o vídeo, muitos amigos. Com o tempo e budget que havia foi à custa de muitas noitadas deles. Foi um processo um bocado caótico, mas muito divertido.

G. - Gostaste do resultado final?

C.M. - Sim, adorei. Não estava à espera. As coisas encaminhavam-se para aí, mas foi uma boa surpresa. Ver todas as outras pessoas no vídeo foi uma forma de toda a gente estar ali de alguma maneira. Não queria estar sozinha no vídeo.

G. - As pessoas que se vão juntando à conversa no teu videoclip são rostos que conhecias?

C.M. - O Hélio Morais até cantou no disco, fez de coro. É um amigo e é quem está a fazer o agenciamento da minha música. Foi das primeiras pessoas que a descobriu e tirou cá para fora. Cantou ele, o meu irmão e amigos. Também aparece uma amiga que foi uma das inspirações para a música, que me apresentou ao Hélio, e que aparece de coleira no fim e não quis cantar, porque dizia que era muito desafinada. O Nuno (Vieira) foi o diretor de fotografia e com quem tive a minha primeira banda de garagem, com o meu padrinho e os amigos dele, aos 17 ou 18 anos. E a minha professora de yoga, que certamente não é um animal de domesticação. Uma das caras que também aparece é o Zé Blanco, a fazer o playback do contrabaixo, porque o André Rosinha, que tocou no disco, não estava em Portugal. Eram pessoas muito importantes para mim e fiquei muito contente por aparecerem no vídeo. É das coisas que mais gosto no vídeo, para além dos tigres que o Hugo Henriques fez.

Amigos que se juntaram na gravação do videoclip de “Animal de Domesticação”

G. - Já que falaste nos tigres, ao longo do videoclip vamos assistindo à mudança do papel de parede da sala. Qual é o papel deste elemento para a narrativa que queres contar?

C.M. - Há duas linhas no vídeo. Uma é a de começar numa casa vazia e que se vai tornando selva. Acaba por ser a casa onde vai ficar o animal de não domesticação. Depois, e isto foi uma ideia do Gerador, associaram a música do Animal de Domesticação a um papel de parede, porque o projeto tem a ver com a casa, com uma canção por divisão. O papel de parede é uma coisa que dá a sensação de casa e, ao mesmo tempo, pensaram em papel de parede com animais. O Hugo Henriques fez um batalhão de papéis diferentes muito giros. O meu irmão e a equipa do vídeo coordenaram-se e identificaram-se mais com o papel do tigre e fez-se esta dupla história. Os papéis do tigre mudam a cor, assim como a alteração da minha roupa para dar ritmo, por ser um plano parado. O papel da selva surge pela minha vertente de selvajaria (risos).

Papel de Parede dos Tigres © Ilustração de Hugo Henriques

G. - No teu canal de YouTube temos algumas músicas que vão integrar o novo disco. Haverá músicas novas?

C.M. - Vai ter músicas novas, também. Estão gravadas, mas na altura não tinha feito vídeos. Para além das dos vídeos, vai haver outras. Não quis tirar os vídeos antigos do YouTube, porque quando só vemos os produtos finais das coisas temos a sensação que a caminhada até lá foi muito fácil e rápida. Com estas coisas das redes sociais e das pessoas só mostrarem as melhores fotos, com os melhores filtros e vídeos, deixam-nos sempre sentir um bocadinho insuficientes e acho que isso não ajuda na confiança e esperança de toda a gente. Então, não queria esconder o caminho todo que levou ao produto final. Tem a colaboração de imensa gente, não sou só eu, mas quis deixar um bocadinho desta primeira parte que é mais simples, tosca e caseira, mas que não me envergonha. É a vida real, é assim mesmo.

G. - Há alguma coisa que nos possas dizer acerca do disco que aí vem em 2019?

C.M. - Posso dizer várias coisas, só não sei se são interessantes (risos). Gravei na Haus com o Makoto (Yagyu), Fábio (Jevelim) e o Pedro Ferreiras. Produziram o disco, em conjunto comigo e com o Sérgio Nascimento, que também foi uma peça muito importante do disco. E ainda o António Porém Pires, que me guiou na pré-produção e mudou muito a maneira como hoje componho. Foi uma salganhada boa de gente. Tenho músicas muito diferentes umas das outras. Umas estão na onda do Animal de Domesticação, no sentido de serem mais bem-humoradas e tropicais, e outras mais melancólicas.

G. - Isso para ti não foi um problema? Não existir em encadeamento temático das canções, por exemplo?

C.M. - Para mim era inevitável que isso acontecesse, mas acho que o facto de as canções terem que ver com a casa e com esta estranheza entre sermos animais e esquecermos essa parte e acharmos que somos apenas racionais. Vivemos neste ambiente altamente controlado, que sinto ser um pouco artificial. Tenho essa temática por baixo a agregar as músicas, mesmo que umas sejam mais melancólicas e outras mais animadas. Também me apercebi que, apesar de achar que as minhas músicas eram muito diferentes, também era porque me reconhecia em todas elas. Isso é o elemento constante. Quando estava a construir o disco percebi que isso era uma coisa que se sentia muito nas minhas músicas – a minha presença, o ser eu. Mas isso é um elemento neutro, não sei o que isso é (risos). Depois, foram quase todas compostas na mesma altura e no mesmo mindset e fui buscar algumas músicas antigas, mas que tivessem que ver com a temática da casa. Tenho uma música sobre as janelas, outra sobre narcisos amarelos e que se enquadram naquele ambiente. Foi um projeto que cresceu imenso durante o processo e fiquei surpreendida com o final.

Entrevista de Andreia Monteiro
Fotografias disponíveis na página de facebook da Catarina Munhá
O Gerador está a dar uma mãozinha neste projeto

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