Another Rose, de Sofia Santos Silva, venceu a 4ª. edição da Bolsa Amélia Rey Colaço. O projeto pretende dar a conhecer e refletir sobre a história e missão do Gulabi Gang, um grupo ativista sediado no norte da Índia fundado por mulheres, como resposta à violência sistémica e à discriminação generalizada de uma sociedade assente no patriarcado ancestral.
A Bolsa Amélia Rey Colaço, uma iniciativa promovida conjuntamente pel'A Oficina (Guimarães), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo), o Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa) e o Teatro Viriato (Viseu), atribuiu o prémio da 4ª. edição ao projeto Another Rose, de Sofia Santos Silva. Este ano, a edição contou com Magda Bizarro, Patrícia Portela, Rui Horta e Rui Torrinha, no júri, que selecionou 8 candidatos, de 44 candidaturas, para entrevistas, a partir das quais Another Rose se destacou por dar a conhecer uma história particular: "Para além da temática incontornável nos dias de hoje e da sua urgente discussão, o júri considera o projeto inovador e pertinente, desafiando o diálogo com o grupo ativista Gulabi Gang, pelos direitos da mulher na Índia".
Another Rose pretende dar a conhecer e refletir sobre a história e missão do Gulabi Gang, um grupo ativista sediado em Uttar Pradesh, no norte da Índia, e fundado por mulheres, como resposta à violência sistémica e à discriminação generalizada de uma sociedade assente no patriarcado ancestral. Em formato documental e musical, este projeto é um cântico de resistência e união transversal, um espaço de compaixão transformada em ação política e humana.
Another Rose, de Sofia Santos Silva, junta-se assim aos espetáculos Parlamento Elefante (de Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça), Aurora Negra (de Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema)e Ainda estou aqui (de Tiago Lima), vencedores das anteriores edições da Bolsa Amélia Rey Colaço.
Criada em 2018, em homenagem ao papel pioneiro da atriz e encenadora Amélia Rey Colaço na História do Teatro Português, a Bolsa Amélia Rey Colaço é atribuída anualmente e visa apoiar jovens artistas e companhias emergentes, com o intuito de promover a renovação da criação teatral em português. A Bolsa de criação pretende contribuir ainda para um aumento do acesso de jovens artistas e novas companhias de teatro a meios de produção fundamentais e a espaço de pesquisa, permitindo-lhes consolidar o seu corpo de trabalho. A organização atribuiu um prémio de 22.000€, destinando-se a apoiar a produção do projeto vencedor, que terá ainda acesso a quatro residências artísticas, em Guimarães, Montemor-o-Novo e Viseu.
O espetáculo estreará em 2020, no Teatro Viriato, em Viseu, e será depois apresentado nos restantes espaços parceiros da Bolsa, incluindo a Sala Estúdio do Teatro Nacional D. Maria II.