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António Pedro Lopes: “Mapear é o nosso verbo de resistência”

Por estes dias, Leiria dispõe de um efetivo serviço de cultura entregue ao domicílio. Porta…

Texto de Ricardo Gonçalves

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Por estes dias, Leiria dispõe de um efetivo serviço de cultura entregue ao domicílio. Porta a porta, em diversos espaços da cidade, uma verdadeira ‘carrinha mágica’ – neste caso uma honrosa Nissan Cabstar F22 – servirá de palco para uma série de propostas culturais e artísticas, que vão da música às artes visuais, com espaço ainda para um conjunto de iniciativas no campo do audiovisual.

Num ano marcado pela pandemia da covid-19, que levou ao cancelamento da grande maioria dos festivais, António Pedro Lopes, que já sentira esse mesmo impacto ao ter de cancelar o Tremor, festival do qual é codiretor, juntou-se a Gui Garrido, diretor artístico do Festival A Porta (igualmente adiado para 2021), para criar o MAPAS, que arrancou esta quarta-feira, dia 1 de julho, prosseguindo caminho até ao dia 12 do mesmo mês.

Sob a forma de um acrónimo, representando os conceitos de “Mobilidade, Acessibilidade, Proximidade, Arte e Sociedade”, o projeto pretende aproximar comunidades num tempo de distanciamento e propor uma visão de cultura descentralizada para o futuro. Em entrevista ao Gerador, António Pedro Lopes explica as razões que levaram à criação do MAPAS, que nesta “sua primeira viagem” pretende melhorar os acessos à cultura e ajudar a repensar as formas desta poder chegar aos diferentes públicos.

“É um projeto fundamentalmente artístico de transformação dos tempos, uma festa discreta e respeitosa do momento, que dá a ver as caras, as ações, os lugares, propõe novas criações artísticas e que no movimento que provoca, abre uma cidade em toda a sua pluralidade”, realça.

Gerador (G.) – Uma carrinha que serve de palco para um projeto que vive da itinerância artística e cultural. Falem-nos das motivações que levaram à criação do MAPAS.
António Pedro Lopes (A.) – O mundo vive tempos extraordinários de reclusão e desorientação devido à crise pandémica que nos afronta e obriga ao isolamento e à distância física. Os nossos dias são percorridos por medo, expectativa e uma grande incerteza em relação ao futuro. O mundo parou, e com isso a casa tornou-se o único lugar seguro, perante um crescente problema sanitário global. Em casa, ecrãs de telemóveis, computadores e TV’s intensificaram a sua função de janela para o mundo. A arte precisou de virtualizar-se e viralizar-se ainda mais, ganhando uma bidimensionalidade e tornando-se num reflexo e reação aos limites das possibilidades que a época que atravessamos permite. Este aparente processo de democratização esconde um aumento das assimetrias sociais no acesso a saúde, alimentação, alojamento, capital, segurança social. No que à arte e à cultura dizem respeito, acentuaram-se definitivamente barreiras sociais e físicas. Assistiu-se a um processo de cancelamento, suspensão e desqualificação. E isso, quer para artistas, quer para públicos. Vivemos uma situação que coloca em cheque tudo o que nós achávamos que sabíamos. O MAPAS surge desse lugar de questionamento. Vem também de um sonho antigo do Gui Garrido, idealizador e codiretor artístico do projeto. Um sonho de mobilidade, de "ir ao encontro de", de permitir o acesso à cultura, de espalhá-la aos quatro cantos e, ao mesmo tempo, criar uma plataforma de colaboração e criação artística, de conversa e correspondência com a cidade, as suas diferentes comunidades e o futuro. Depois, o Festival A Porta cancelou-se, e perante o atual momento, parece-nos urgente levantar os braços e repensar modos de fazer chegar e desenvolver públicos.Criámos, por isso, um projeto porta a porta que leva a cultura ao domicílio e a aproxima das populações. Comprámos uma carrinha, o último reduto da liberdade, da possibilidade de ligação, da portabilidade e da leveza, com o intuito de trilhar cidades e mapear comunidades. Uma carrinha que é um palco, uma galeria, um laboratório transdisciplinar com propostas de apresentação, um veículo de terrorismo poético. Mapear é o nosso verbo de resistência, é mostrar com garras e dentes que a cultura é urgente num mundo em mudança vertiginosa, e que os artistas não estão na sociedade para decorar, adornar ou representar uma ideia de arte oficial do planeta, mas antes para espezinhar, criar discussão e propor formas de lidar com o agora e construir novos futuros.

António Pedro Lopes juntou-se a Gui Garrido para criarem o MAPAS ©Inês Marcelo

G. – O seu nome representa um acrónimo de vários conceitos que agrega: “Mobilidade, Acessibilidade, Proximidade, Arte e Sociedade”. Que papel desempenham atualmente? São conceitos que ganham maior relevo na conjuntura que atravessamos?
A. – O MAPAS cria um novo rumo possível face às novas condicionantes da realidade, através de uma aproximação positiva que diminui distâncias, combate desigualdades no acesso à cultura, perante uma gritante mudança de paradigma socioeconómico. Na iminência de uma crise gigante, não podemos deixar ninguém para trás, nem perder o desejo de desenvolver novos públicos, criar novos horizontes e novas relações. Acesso talvez seja uma das ideias mais importantes de uma vida em democracia. Está na responsabilidade de cada um de nós garantir que o nosso vizinho viva uma vida com igualdade e com as mesmas possibilidades que nós, está nas nossas mãos procurarmos e oferecermos mundividência. Partilha e troca são os bens mais preciosos da nossa interação social. Dar e receber, não era isso? Nós achamos que sim, por isso, construímos um centro cultural móvel que vai ao encontro, que estaciona perto de bairros, casas e praças, que é íntimo, humano e dimensionado à possibilidade de uma conversa. É um projeto fundamentalmente artístico de transformação dos tempos, uma festa discreta e respeitosa do momento, que dá a ver as caras, as ações, os lugares, propõe novas criações artísticas e que no movimento que provoca, abre uma cidade em toda a sua pluralidade.

G. – Contem-nos como foi pensada esta programação, feita a diversas vozes e com propostas de diferentes expressões artísticas?
A. – A colaboração é o eixo central do programa artístico de MAPAS. Juntamos artistas para trabalharem juntos, e para neste momento de retoma, darem vigor à força da criação artística e à emergência de novas e singulares formas. ±MaisMenos±, Lavoisier, Coletivo Til, Surma, Cabrita, Fado Bicha, Labaq, SAMP, Nuno Rancho, Inês Bernardo tomam a ideia de admirável mundo novo, de encantamento com o outro e com a cidade. Precisamos de nos voltar a encantar com o espaço público e com as promessas que guardam o encontro com o outro. Por isso, o programa procura valorizar o espírito de lugar, a paisagem e vivência da cidade, pensar de uma forma positiva e sustentável o seu futuro, ativando diferentes comunidades artísticas e apostando na diversidade no acesso do público aos seus conteúdos. Queríamos também apoiar a cena local, desafiá-la e estimulá-la a iniciar novas viagens e formas de relação com o seu trabalho e públicos.

 As propostas artísticas dirigem-se a um público transversal, indo da infância à força sénior, sendo permeados pelo princípio de diálogo e entrosamento. Juntamos também uma dimensão de legado para um amanhã que será definitivamente melhor, no desejo de mapear pessoas e lugares diferentes da cidade. Daí, 12 Cartas para Leiria e para o Futuro, um projeto de troca epistolar, organizado em corrente, onde pessoas da cidade, procedem ao envio de uma carta dirigida a uma outra pessoa que vive num bairro diferente, explorando a cidade como referência; ou Pessoas - Mapas, um conjunto de quatro vídeos realizados pelo Casota Collective que apresentam pessoas da cidade e a forma como interagem e vivem os seus bairros. Como inspiram, cuidam e habitam o lugar onde vivem, quem são e como chegaram ali; ou ainda Rostografia, uma série de retratos tomados como nomes visuais da experiência e da memória, e do reconhecimento daqueles onde reconhecemos a alteridade e que connosco fazem a cidade.

O primeiro de quatro vídeos da iniciativa Pessoas - Mapas, com realização do Casota Collective

G. – Essas diversas vozes que reúnem acabam por sintetizar um pensamento onde não cabem fronteiras ou rótulos artísticos. Concordam com essa perspetiva, de que na contemporaneidade, não existindo tanto espaço para esse exercício de catalogação, se pode conduzir a um entendimento mais amplo do papel que a cultura desempenha?
A. – A cultura é um movimento a muitas vozes e lugares. Temos de derrubar esse muro da arte oficial que procura representar movimentos artísticos, uma ideia falsa de inscrição una na história que só responde a requisitos capitalistas de marcas e mercados. Nenhum artista é um movimento em si, ele existe numa época específica com as suas idiossincrasias, ele existe com muitos outros. Nenhuma instituição deve ditar a regra, a tendência, uma ideia absoluta do que é música, do que é a língua portuguesa, do que são artes plásticas, de quem devemos ver ou ouvir, de como se exercita cultura. Era Truman Capote que se atirava ao exercício da viagem para satisfazer uma paixão incessante por histórias completamente fora do seu eixo social e humano. Interessa-nos essa ideia de ir atrás de “outras vozes, outros lugares” e de derrubar os muros que nos separam para permitir renovadamente o exercício de experimentação. Não há coisa mais maravilhosa na vida do que descobrir. Descobrir todos os dias. Neste programa multi e interdisciplinar, todas as propostas são um convite à descoberta num mapa sem fronteiras, onde a maravilha reside em testemunhar e participar da imersão em formas que convidam ao pensamento, à conversa e ao questionamento da rigidez das disciplinas e dos protocolos que categorizam e fecham possibilidades.

G. – Esta pandemia revelou problemas de outros âmbitos, nem sempre devidamente auscultados, como a solidão, o isolamento e o impacto de problemas de foro psicológico. Que papel pode desempenhar este tipo de iniciativas na organização das “sociedades urbanas contemporâneas”, que combatam alguns destes problemas sistémicos?
A. – As atividades propostas de MAPAS estendem-se a territórios nunca antes explorados, ao mesmo tempo que cria foco sobre outras geografias e narrativas, em sintonia com os limites de circulação e confinamento do contexto da pandemia.O centro está em movimento, não é estático como numa construção de uma cidade e o estabelecimento de um lugar de poder. Este tipo de iniciativas propõe reinventar o acesso à cultura, colocando-o sobre rodas, na posição de ir, de ato que se leva e se transporta para aproximar-se e encontrar públicos diferentes. Funde-se com as suas comunidades artísticas e audiência locais para explorar novos e diferentes lugares do concelho. Espera-se como resultado desta ação que se disseminem hábitos de criaçãoartística, se envolva a população nos processos artísticos, se reforce a identidade e a identificação da comunidade com a cultura e o despertar da colaboração como modo de realização e produção de conhecimento. Finalmente, dizer que este projeto visa lidar sempre e em todas as instâncias com a ideia de encontro - do outro e da cidade. Reside aí a sua alegria, o seu foco e determinação. Talvez o seu sentido de deslocação, a sua missão “em direção a” seja uma ferramenta para diminuir os efeitos do tal distanciamento social, ideia que queremos substituir aqui por distanciamento físico, porque urge a união social e o exercício de olhar para a frente e lados. Não podemos deixar ninguém para trás. Mais do que vigilância, interessa-nos a ideia de cuidado e consideração, talvez o MAPAS seja sobre isso.

G. – Acreditam que este período, para além de colocar em evidência diversas fragilidades do setor da cultura, pode reforçar a importância de se apresentarem propostas “fora da caixa” e que contribuam para a descentralização cultural no país?
A. – O MAPAS é uma caixa aberta, é uma caixa que se apresenta fora, é uma caixa branca e preta, um lugar de projeção e um tablado. Descentralizar é pegar no volante, ligar o motor e ir em direções múltiplas. Fazer paragens e ligá-las, como se cada localidade e encontro com o público fosse uma parte chave desta história. E sim, é tão importante dar acesso à cultura pela primeira vez. Fazê-la chegar onde nunca chega. Criar novas redes de afeto e relação com outros olhos e experiências do mundo.Não tomamos este projeto como uma oportunidade que surge da pandemia, tomamo-lo, sim, como um veículo que é um instrumento que pode ativar novas formas de relação no presente e cuja sustentabilidade, reutilização ou redirecionamento parece-nos óbvia. Vamos sempre precisar de cultura, hoje e amanhã. Uma carrinha é uma ferramenta que pode servir o futuro, aos nossos projetos e aos de outras associações culturais que precisam de transporte, boleia ou espaço de carga.

O MAPAS prossegue até ao próximo dia 12 de julho

G. – Leiria, pelo vosso trabalho com o Festival A Porta e por outro, desenvolvido em rede com outros coletivos e editoras da região, tem tido um perfil de cidade ativa nas suas propostas culturais. Numa altura em que tanto se questiona o papel dos municípios, em que medida é que Leiria pode servir de exemplo para o alavancar de propostas semelhantes noutras geografias?
A. –  O movimento associativo tem uma grande relevância na vida e dinâmica da cidade. Leiria são as pessoas que a fazem acontecer agora, e que criam uma marca distinta e original da cidade para o país e para o mundo. Efetivamente, a colaboração e o desejo de iniciar conversas é bastante determinante quando se vê uma cena rica com clubes de música ao vivo, Djs míticos, um festival de cultura gótica como o Entre/Extra Muralhas, um lugar de residências como o Serra- Espaço Cultural, uma livraria a sério de cultura como a Arquivo ou um selo editorial como a Omnichord Records, só para nomear alguns projetos. Há muita persistência e resiliência, investimento e sentido de missão séria dos agentes em solidificar os seus projetos. Querendo Leiria ser Capital Europeia da Cultura, tem de ser claro o movimento de criação de políticas públicas de cultura que garanta a profissionalização dos projetos, bem como um horizonte para o seu desenvolvimento a médio e longo prazo. A fixação de artistas, a possibilidade de poder ler a evolução dos diferentes projetos, a valorização do património material e imaterial através de uma relação de ativação de espaços com os conteúdos artísticos, a criação de mais projetos e espaços que se distinguem pela direção artística parecem-me fatores-chave para pensarmos um município exemplar em matéria de cultura. Um município que não instrumentalize o setor, que não se faça passar por programador ou comprador de conteúdos, mas que antes olhe o terreno e os seus atores como os criadores de presente e futuro, e como os elementos que contam a narrativa e ajudam a criar novas pontes dentro da cidade, e da cidade para o mundo.

G. – Esta será a primeira viagem do MAPAS. É de esperar que este projeto ganhe novos alongamentos e parta à conquista de novas latitudes? O que nos podem revelar?
A. – Mapas-Leiria de 1 a 12 de julho é a primeira viagem e episódio deste projeto.  O sonho é ele viajar para outros lugares e criar outras relações e programas. Não é uma receita, nem um franchising, é um modo de relação e um contentor que coloca lugares e populações em ligação, numa deriva de narrativas que se manifesta através de formas artísticas. Recebemos desejos de Lisboa, do Porto, dos Açores. Mas, para já, temos de trilhar os caminhos do Lis para acreditarmos no que estamos a fazer, e ver como se continua a seguir, e se começa como se fosse sempre a primeira vez.

Texto de Ricardo Ramos Gonçalves
Fotografias de Vera Marmelo

Se queres ler mais entrevistas sobre a cultura em Portugal, clica aqui.

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