Foram atribuídos e entregues na passada sexta-feira, dia 19, os Prémios Calouste Gulbenkian e Gulbenkian 2019. O jornalista e escritor líbano-francês Amin Maalouf, a APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, o programa “90 Segundos de Ciência” e o Teatro Metaphora foram premiados nas áreas de Direitos Humanos, Coesão, Conhecimento e Sustentabilidade, respetivamente.
Jornalista, escritor, ensaísta, pedagogo e humanista, Amin Maalouf recebeu o Prémio Calouste Gulbenkian 2019 no valor de 100 mil euros. No site oficial da Fundação Calouste Gulbenkian, destacam-lhe o facto de ter sido ao longo da sua carreira “um incansável constritor de pontes, procurando mostrar o caminho das reformas necessárias para construir um mundo em paz”.
O júri, presidido por Jorge Sampaio, foi composto por Demetrios G. Papademetriou, Jody Williams, Leymah Gbowee, José ramos Horta e Emílio Rui Vilar. O grupo realça Amin Maalouf por, tal como Calouste Sarkis Gulbenkian no seu tempo, pertencer “simultaneamente a dois mundos — o europeu e o árabe —e promover ativamente a fluidez intercultural”.
Os três Prémios Gulbenkian 2019, no valor de 50 mil euros cada, foram atribuídos à APAV, ao programa “90 segundos de ciência” e ao Teatro Metaphora - Associação de Amigos das Artes. Fizeram parte do júri Henrique Leitão, Miguel Tamen, João Ferrão, António Miguel, Teresa Mendes e Elisabete Figueiredo, presididos por António M. Feijó.
Os jurados reconheceram na APAV “os excelentes resultados” da associação que “desde 1990 tem apoiado cada vez maior de vítimas de crime, num universo estimado de mais de 270.000”; no programa “90 Segundos Ciência” a longevidade, a divulgação da ciência, mas também o “repositório de projetos científicos desenvolvidos por investigadores portugueses na atualidade”; e no Teatro Metaphora a iniciativa Green Steps, que desde 2015 “desenvolve diversos projetos artísticos, sempre aliados à sensibilização ambiental”.
Na cerimónia de distribuição de prémios, que assinalou também o 63º aniversário da Fundação Calouste Gulbenkian, foi ainda anunciado por Isabel Mota, presidente da Fundação, que a partir de 2020 será atribuído todos os anos um prémio no valor de um milhão de euros a projetos que visem a melhorar o futuro da Humanidade. O prémio conta com o apoio de António Guterres, o secretário-geral das Nações Unidas.
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