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“Arte em São Bento” regressa à residência oficial do primeiro-ministro

Pelo quarto ano consecutivo, o Palacete de São Bento, residência oficial do primeiro-ministro, vai acolher…

Texto de Sofia Craveiro

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Pelo quarto ano consecutivo, o Palacete de São Bento, residência oficial do primeiro-ministro, vai acolher um conjunto de obras de arte contemporânea portuguesa. A mostra deste ano, constituída por 41 peças, foi cedida pela Coleção de Ana Cristina e António Albertino (AA), com sede em Coimbra, que se apresenta pela primeira vez em Lisboa.

Um dos critérios da escolha das obras foram as "conexões entre os artistas", fosse por amizade, por terem trabalhado juntos, ou por admiração mútua, explicou o curador Delfim Sardo, durante uma visita guiada aos jornalistas.

"Procurou-se encontrar conexões entre as obras, surgindo as relações naturais que os artistas tinham entre si, ou com os colecionadores. Portanto é uma apresentação das afinidades eletivas entre os artistas, da maneira como se ligam e ligaram, como convivem, das admirações mútuas que têm", explicitou o curador.

Logo na primeira sala do Palacete de São Bento é possível ver reunidas várias obras de fotografia e pintura de Helena Almeida (1934-2018) e de Michael Biberstein (1948-2013), um artista suíço que viveu mais de trinta anos em Portugal, onde fixou residência, mas também de jovens criadores emergentes como Sara Bichão.

Noutra sala, o visitante pode descobrir a obra que deu início à criação da Coleção AA, uma pintura sem título, de 1991, de Ângelo de Sousa, e, continuando pelas salas, estão dispostas pinturas de João Queiroz, esculturas de Rui Sanches, pintura de Fernando Calhau e ainda obras de Francisco Tropa e Rui Chafes, o mais representado no conjunto, com três esculturas, uma delas colocada no jardim do palacete.

Delfim Sardo explicou ainda que o critério de seleção das obras "foi afinado com os colecionadores, e nasce de um entendimento do que eram as preocupações fundamentais dos proprietários na construção da coleção internacional", a partir do início dos anos 1990, mas começando as primeiras aquisições nos anos 1980, que se "solidificou" como coleção a partir da década seguinte. A coleção "não tem só artistas portugueses”, mas nesta apresentação foi dada primazia a artistas nacionais, dada a natureza da iniciativa.

Ao longo das salas e pela escadaria que liga os dois pisos, é possível ver ainda peças de escultura e pintura de Diogo Pimentão, Júlio Pomar, Fernanda Fragateiro, Jorge Molder, Carla Filipe, Ângela Ferreira e Joana Vasconcelos.

"Procurou-se estabelecer uma ligação entre estes dois mundos: o da casa e o da representação. No balanço entre as duas componentes, tentámos construir um todo que fizesse sentido e que proporcionasse aos visitantes, que virão nos primeiros domingos de cada mês, uma experiência e um conhecimento de setores da arte portuguesa. Também foi pensada para quem frequenta este espaço quotidianamente, e pudesse ter motivos para ir redescobrindo as relações entre os artistas", explicou o curador.

Além da questão geracional, Delfim Sardo teve ainda a preocupação de "encontrar um equilíbrio de género".

Na exposição foi dada ainda uma "centralidade especial" ao artista Julião Sarmento, que morreu no passado mês de maio, aos 72 anos. “Ele merecia, mais uma vez, uma atenção renovada à sua obra", estando representado nesta exposição com duas peças de pintura.

Nesta quarta edição de “Arte em São Bento”, os artistas representados são Álvaro Lapa, Ana Vieira, André Cepeda, Ângela Ferreira, Ângelo de Sousa, António Sena, Carla Filipe, Diogo Pimentão, Fernanda Fragateiro, Fernando Calhau, Francisco Tropa, Gil Heitor Cortesão, Helena Almeida, Joana Escoval, Joana Vasconcelos, João Maria Gusmão + Pedro Paiva, João Penalva e João Queiroz.

Jorge Molder, José Pedro Croft, Julião Sarmento, Michael Biberstein, Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, Rui Sanches, Rui Toscano, Sara Bichão, Teresa Lacerda e Vítor Pomar também fazem parte do conjunto selecionado pelo curador Delfim Sardo.

A inauguração da exposição “Arte em São Bento 2021 – Coleção AA” terá lugar na terça-feira, dia 05 de outubro, às 12:00, com um programa que inclui a atuação de um quarteto de alunos da Escola de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra, no jardim do Palacete de São Bento, em Lisboa.

A Residência Oficial estará aberta ao público para visitas à “Arte em São Bento 2021”, no dia 05 de outubro, entre as 15:00 e as 19:00, e até setembro de 2022, a exposição "Arte em São Bento – Coleção AA" poderá ser visitada no primeiro domingo de cada mês.

Com Lusa
Fotografia de Rodrigo Antunes/Lusa

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