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Às vezes o orgulho

Nunca me senti muito confortável em expressar abertamente o orgulho em algo em que estou…

Texto de Tiago Sigorelho

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Nunca me senti muito confortável em expressar abertamente o orgulho em algo em que estou envolvido. Há um pouco de sentimento de culpa, mais um tanto de timidez e, ainda, um quanto baste de noção. E estou certo de que esta é a forma correcta de agir, para mim.

Perdoem-me, portanto, esta incursão por caminhos de vaidade. Prometo voltar à castidade que me tem guiado e não vos incomodar mais com estes espasmos emocionais e insolentes.

Há três dias atrás o Gerador fez 7 anos. Não tem sido um hábito comemorar aniversários. E a razão é mais simples do que imaginam: estamos demasiado engolidos pelos projectos que temos de concretizar para pensarmos nesse momento. Com franqueza, acho que a maioria de nós nem se lembra desta data. O que é bom.

O número 7 não é especialmente relevante para celebrar, apesar das inúmeras referências populares e religiosas em que está envolvido. Somos mais afoitos a festejar números certos e tipicamente acabados em zero. Espero que tenhamos essa capacidade de o fazer daqui a 3 anos :-)

Então qual a razão que me leva a sair do convento da simplicidade para vir falar ao castelo altivo e pretensioso? O que há de tão especial neste momento da vida do Gerador que justifique este desvio?

Maturidade. Ao fim destes ainda muito jovens 7 anos, estou convicto que atingimos, pela primeira vez, um patamar sólido, consistente e inspirador. E aliámos essa estabilidade e uma constante vontade de desafiar, de inovar e de provocar.

Felizmente, julgo que tenho a imensa sorte de em poder falar orgulhosamente sobre todas as iniciativas em que temos estado envolvidos, desde o Festival Descobre o teu interior, que põe as localidades de baixa densidade populacional no mapa, passando pelo Festival Oeiras Ignição Gerador, que apela à reflexão das comunidades cultural e criativa, ou o Sobressalto, feito em parceria com a Associação ZERO, que liga a cultura e o ambiente, apenas para citar alguns já concretizados só este ano.

Mas, hoje, gostava de me focar em duas dimensões: informação e conhecimento. Estas são áreas em que só é possível ser efectivamente relevante quando atingimos este nível de amadurecimento e sensatez.

Sobre a informação

Lançámos a revista Gerador 34 no dia 20 de maio deste ano. Esta revista marca um momento importante na vida do Gerador e espelha este nosso crescimento. O primeiro compromisso é o de que vamos aprofundar a nossa ligação à prática do jornalismo lento e menos à atualidade. Na longa reportagem de capa desta edição, feita pela Andreia Monteiro e pela Sofia Craveiro, refletimos sobre o que é o jornalismo lento. Procurámos falar sobre a importância de um jornalismo pertinente e profundo explicando a sua relevância para a manutenção de uma sociedade democrática.

Este é, também, o momento em que apresentamos os resultados da Bolsa Reportagens Essenciais Gerador, a nossa forma de apoiar jornalistas jovens a concretizarem os seus ímpetos editoriais. Pela nossa revista e pelo nosso site, podem mergulhar nas reportagens sobre as Cidades Criativas da UNESCO em Portugal, pela mão da Ana Sofia Paiva, e sobre as possibilidades de achar um caminho de volta para o interior por quem teve de sair para o litoral, pela Flávia Brito.

Sobre o conhecimento

Há dez dias atrás publicámos, também, o relatório anual Barómetro Gerador Qmetrics 2021. É a terceira edição, em anos consecutivos, deste estudo de mercado que analisa a opinião dos portugueses sobre aspectos culturais. É o único documento do género em Portugal e a principal referência para decisores culturais, políticos e empresariais. A pandemia não nos afastou desta determinação e hoje conseguimos ter uma avaliação clara da percepção dos nossos cidadãos sobre este período.

Nos próximos meses vamos lançar um conjunto de ensaios e investigações completamente inovadores sobre temas fundamentais para a sociedade: a importância da sustentabilidade, o foco no interior do país, a resiliência do jornalismo de qualidade e os desafios da juventude. Para todos estes temas estamos a fazer estudos de opinião junto da população portuguesa, a ouvir especialistas de cada área, a encontrar novos formatos de pesquisa e a descobrir maneiras de apresentar o conhecimento para que todos entendam.

Por fim, permitam-me, ainda, honrar os meus queridos amigos de direção, ao eterno coração do Gerador, Miguel Bica, à criatividade que abre novos caminhos da Margarida Marques, à energia inesgotável do André Imenso, à perfeita união entre emoção e razão da Andreia Monteiro, à esmagadora inteligência da Clara Amante, e a todos os que fazem parte desta loucura.

Texto escrito ao abrigo do antigo Acordo Ortográfico

-Sobre Tiago Sigorelho-

Tiago Sigorelho é um inventor de ideias. Formado em comunicação empresarial, esteve muito ligado à gestão de marcas, tanto na Vodafone, onde começou a trabalhar aos 22 anos, como na PT, onde chegou a Diretor de Estratégia de Marca, com responsabilidades nas marcas nacionais e internacionais e nos estudos de mercado do grupo. Despediu-se em 2013 para criar o Gerador.

É fundador do Gerador e presidente da direção desde a sua criação. Nos últimos anos tem dedicado uma parte importante do seu tempo ao estreitamento das ligações entre cultura e educação, bem como ao desenvolvimento de sistemas de recolha de informação sistemática sobre cultura que permitam apoiar os artistas, agentes culturais e decisores políticos e empresariais.

Fotografia de David Cachopo

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