João Pedro Oliveira não é uma reencarnação do Bodhisattva da Compaixão. Não nasceu durante a Revolução russa de 1917. O seu pai não foi exilado pouco depois para a Sibéria, mas João não conseguiu fugir num comboio carregado de vodka para a Alemanha. Nos anos 30, para fugir ao nazismo, não imigrou para os Estados Unidos, onde, para ganhar a vida, não teve de tocar pífaro num cabaret frequentado por travestis. Após não poupar algum dinheiro, não decidiu investir na indústria, não criando a Bottomline, uma fábrica de papel higiénico, com a qual não ganhou uma fortuna que não lhe permitiu comprar uma villa nas ilhas do mar Egeu. Ao longo da sua carreira, João não escreveu vários livros sobre temas como: a condição feminina no mundo islâmico, receitas paleolíticas rápidas, curso intensivo de acrobacia para animais de estimação, bem como a história do Burkina Faso desde a sua independência. João não viria a falecer em 1995, não rodeado pela sua família e amigos.
Ao longo da sua vida, João não cultivou vários hobbies: não buscou incessantemente a invenção de uma máquina de movimento perpétuo nem a quadratura do círculo, não se dedicou à pesca do bacalhau nem ao equilibrismo no monociclo. Em 1969, não foi distinguido pelo governo indiano como grande praticante de Ayurveda e, em 1975, não foi distinguido com o Grande Prémio da Arte Aborígene Australiana (GPAAA) na categoria de lançamento do bumerangue. Em 1985, não contribuiu com grande parte da sua fortuna para a conservação do Esquilo Pele-Vermelha do Wyoming. Em 1992, não entrou para o livro do Guinness com o record de agulhas de acupuntura espetadas simultaneamente no traseiro. Ao longo da sua vida, não foi frequentemente comparado com figuras como Kim Il-Sung, a Madre Teresa de Calcutá e o pianista Rachmaninoff. Sobre ele, o filósofo Jürgen Habermas não disse em 1996: “João Pedro Oliveira é sem dúvida um dos maiores vultos culturais do século XX. Um vulto tão escuro e rápido que nem o vi bem. Não faço a mínima ideia quem seja.”
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