O quarto espetáculo de stand-up comedy a solo do humorista Paulo Almeida vai passar, nos dias 29 e 30 de março, às 21h30, pela Casa do Estudante, em Aveiro.
Depois de esgotar salas de teatro de norte a sul do país em 2019 com o “Ódio de Estimação”, agora é a vez de “Karma”. “Um espetáculo que mostra que o humor mais corrosivo não é o pior que temos no mundo, que debate a cultura do cancelamento e põe assuntos cancelados e outros não cancelados na balança e que tenta mostrar que o humor é mesmo aquilo que o RAP [Ricardo Araújo Pereira] diz”, conta Bernardo Limas, fundador da Haff Delta, em entrevista ao Gerador. Em palco durante uma hora e quinze minutos, sempre num tom humorístico, Paulo Almeida reserva ainda espaço para “contar algumas histórias pessoais em que o karma se virou contra ele”, acrescenta.
Um evento planeado para ser como outro qualquer acabou por se transformar num evento em prol da solidariedade. “De repente rebentou esta guerra nojenta e asquerosa na Ucrânia e não conseguimos ficar indiferentes”, decidindo que todas as receitas de bilheteira serão entregues à UNICEF Ucrânia e à Cruz Vermelha Ucraniana. “Gosto especialmente de ajudar e contribuir com aquilo que sei fazer de melhor e isso também é válido para o Paulo Almeida e para a AAUAv”, confessa. Sendo assim, o objetivo máximo da organização gira principalmente em torno dos últimos acontecimentos em território ucraniano. Nas palavras de Bernardo Limas, “queremos gravar o espetáculo para o lançar numa plataforma qualquer e queremos esgotar as duas datas para dar o dinheiro de duas lotações esgotadas às entidades que escolhemos”.
Este projeto é uma criação do Paulo Almeida, em parceria com a AAUAv, com a Haff Delta e com a parceria institucional da República Portuguesa - Ministério da Cultura, sob o programa Garantir Cultura.
A Haff Delta é uma empresa que se dedica não só ao agenciamento de artistas, como também à consultoria, promoção e produção de eventos culturais, corporativos e sociais. De acordo com Bernardo Limas, o stand-up comedy é um elemento staple na Haff Delta e, tendo em conta os dias que correm, “com o prejuízo da saúde mental de tantas e tantas pessoas e com prejuízos maiores na vida de milhões de pessoas, acredito que continua a ser a cultura e o entretenimento que nos salvam”, defende.
Inspirado pelas palavras de Ricardo Araújo Pereira, o fundador da Haff Delta acredita que, com este espetáculo, “vamos atear muitas faíscas mas que terminamos a ser extintor”. Os bilhetes têm um custo de 5€ e já estão à venda na Ticketline e nos locais habituais. Podem contribuir com mais comprando o merch que a organização vai ter à venda ou doando em dinheiro na Casa do Estudante e na Sala Palco. A lotação é limitada.