Bem Bonda, o novo disco da Criatura, já está disponível em bembonda.pt. Mas para aceder à obra é preciso fazer parte do “Bando”, a área exclusiva onde se pode descarregar e ouvir em primeira mão o novo álbum na íntegra, bem como ter acesso a outros conteúdos do grupo. Quem optar por não fazer parte do “Bando” poderá ouvir o disco nas plataformas de streaming e bandcamp, a partir da próxima sexta-feira, dia 19 de fevereiro.
Este novo trabalho, lançado no dia 5 de fevereiro – exatamente 5 anos depois do primeiro disco, "Aurora" – é um resgate da ancestralidade linguística beiroa, uma expressão mutável, dependente das gentes e dos lugares, que dentro do mundo dos significados nos lembra não só que "já chega", como também que, "como se não bastasse", "um mal nunca vem só".
Bem Bonda é uma obra onde o ímpeto da intervenção cultural, espiritual e social surge tanto através da palavra, como através do som, ou no incentivo à ação, como a batermos o pé por um mundo onde possamos continuar a sentir e a deixar que se sinta, antes que seja tarde demais.
O disco, por sua vez, é apresentado como “uma ode intervencionista à alternativa de evolução, à necessidade de mudança, à urgência de imaginarmos novos caminhos, sem esquecermos de onde vimos, da memória e da identidade da cultura que nos faz ser as criaturas que somos.”
Gravado entre março 2019 e outubro de 2020 nos estúdios Namouche, Haus e Camaleão, Bem Bonda tem dez temas – um dos quais repartido em duas ("Padeiro" - parte 1 e 2) – e conta com a formação atual da banda (de A a Z): Acácio Barbosa (guitarra portuguesa), Alexandre Bernardo (bandolim, guitarra acústica, cavaquinho), Cláudio Gomes (trompete), Edgar Valente (voz, piano, teclados e adufe), Fábio Cantinho (bateria), Gil Dionísio (voz e violino), Iúri Oliveira (percussões e Mbira), João Aguiar (guitarra elétrica), Paulo Lourenço (baixo elétrico) e Ricardo Coelho (gaita de foles, flauta transversal, ocarina e palheta). O álbum conta ainda com a participação especial de um músico que já fez parte do grupo, Yaw Tembe (trompete), e do Coro dos Anjos (do bairro dos Anjos, em Lisboa), um grupo coral artivista que integra vários jovens compositores e cantores, amigos e amigas, da Criatura, que se somam nas vozes do bando.
A Criatura é um eclético bando de músicos, artistas e gente que se dedica a revisitar a memória popular do território que habita e que a partir dela se propõe a criar música e arte que nasce de outras formas de olhar, sentir e ser a tradição. Também por isso, decidiu assinalar o lançamento do novo disco de outra forma.
O “Bando” – designação que as criaturas preferem a banda ou coletivo – será uma plataforma onde se pretende criar uma relação mais próxima e real entre banda e público. Não só serão constantemente carregados novos conteúdos de áudio, vídeo e imagem exclusivos da Criatura, como haverá descontos para as futuras edições físicas, merchandising ou bilhetes de concertos. Virá ainda a ter um fórum, entre outras surpresas.


Uma das oportunidades exclusivas aos membros do bando é a oferta opcional da Pedra-Pão, a peça comestível que transforma a pedra da capa do disco em pão. Uma peça criada pelo artista Diogo Vaz Cavaleiro, inspirada na fotografia de João Catarino e Catherina Cardoso, que teve o apoio da Fundação GDA, da Câmara Municipal do Fundão e da Padaria Natural “Peter Pão”.