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Berta Soares: “As pessoas […] que estão sós ou em risco de ficarem isoladas ficam ligadas à religião de tal forma que eu acho que é mesmo a fé que as faz continuar a viver”

Berta Soares é gerontóloga, mas dedica-se à dança em bandas de baile nos tempos livres. No verão percorre, pelo Interior do país, muitos “quilómetros à noite sem luz, sem rede telefónica, sem um local seguro onde parar”. Ao Gerador, falou sobre a população idosa, a dança e os locais que descobre nestas viagens.

Texto de Débora Cruz

Fotografia de Berta Soares

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Apesar de residir em Famalicão, Berta Soares viveu até aos 30 anos em Santo Tirso e, por isso, diz considerar-se para sempre tirsense. Tem um Curso Técnico Superior Profissional em Gerontologia, lecionado pela Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) e é Técnica Superior Profissional em Gerontologia há cerca de dois anos, mas a dança está na sua vida desde os 19 anos. Miranda do Douro, Vila Real, Boticas e Montalegre são alguns dos locais em que atua, sobretudo, entre os meses de junho e outubro. Para além da dança, nutre também uma paixão pela população sénior.

Gerador (G. ) — Estudou Gerontologia e exerce atualmente a profissão. A sua paixão pela área encontra-se de alguma forma relacionada com o envelhecimento da população sentido, sobretudo, no Interior do país? 

Berta Soares (B. S.) — Está, de facto, relacionado, principalmente porque eu comecei por trabalhar em lares, no apoio domiciliário, como ajudante de lar, mesmo quando não tinha ainda formação. O facto de estar no terreno e perceber que existiam lacunas no que toca à educação para o envelhecimento ou à própria forma de cuidar dos profissionais relativamente aos idosos, fez-me perceber que queria saber mais sobre o assunto, não só a prática, mas também a teoria, o porquê de algumas coisas acontecerem. No meu trabalho, aplico a Filosofia Humanitude, e por ter experienciado a eficácia da mesma, resolvi estudar Gerontologia e, assim, poder de alguma forma chegar, não só aos idosos, mas principalmente às crianças, porque a educação começa exatamente desde aí: a educação para o envelhecimento. As pessoas idosas são muito vistas como pessoas frágeis, pessoas inúteis, pessoas normalmente doentes ou dementes e, de facto, não é essa a realidade. [A velhice é] simplesmente um processo natural pelo qual todos nós, que estamos no decurso natural da vida, iremos passar, tal como a adolescência e a idade adulta. O envelhecimento faz parte [da vida] e podemos ter um envelhecimento ativo e saudável, mesmo com tudo o que o envelhecimento acarreta e as doenças que lhe estão associadas, as alterações psicológicas, biológicas, sociais, tudo isso. Quis estudar e poder ser uma mais-valia, quem sabe, para a sociedade. 

G. — Falou da metodologia de humanitude. Pode explicar em que consistem? 

B. S. — A metodologia humanitude é estudada sempre na área da saúde. No fundo, é aquilo que todos nós deveríamos ter, ela não é estudada com este nome de filosofia humanitude, mas como uma forma de cuidar. A filosofia humanitude foi criada em França por Yves Gineste que, neste momento, se encontra a percorrer o mundo para ensinar a sua filosofia, a forma do cuidar: só pela palavra “cuidar” já estou a mostrar o que é a filosofia. Normalmente, diz-se tratar e não é tratar, é cuidar. A palavra cuidar diz muito só em si e é uma filosofia que assenta em quatro pilares que são o olhar, o toque, a palavra e a verticalidade, ou seja, morrer de pé. Se eu puder exemplificar de alguma forma prática: com as pessoas que estão acamadas, normalmente o que é os ajudantes de lar fazem é dar banho, fala uma colega com a outra, por exemplo, e não se centram na pessoa, não têm respeito pelo corpo, pelo que está a ser feito, não explicam [à pessoa]. A filosofia assenta em explicar, em ter respeito pelo corpo, em tocar, em pedir autorização para tocar, em explicar processo a processo o que está a ser feito, em conversar, centrar aquele momento de cuidado na atenção à pessoa idosa. Isto condiz muito comigo e deveria ser sempre assim. A metodologia é estudada em todo o lado na área da saúde, mas não é praticada e acho que se fosse teríamos mesmo muito mais respeito e saberíamos que a questão aqui é que vamos todos envelhecer. Se olharmos para a possibilidade de cairmos num lar, ou mesmo no domicílio, com pessoas que nos possam tratar dessa mesma forma, a mim causa um bocadinho de espécie. Por isso é que costumo dizer que não vou mudar o mundo, mas se nós pudermos, [poderíamos aplicar] aquela típica frase 'ser a mudança que podemos ver no mundo’.

G. — Tem uma especialização em igualdade de género e orientação sexual. Também trabalha estes temas com a população idosa?

B. S. — Eu tento trabalhar essas questões de igualdade de género com a população idosa de uma forma muito subtil. As gerações anteriores não são as gerações que nós vamos ser no futuro e estão ainda muito ligadas à religião e ao casamento, muitas das mulheres nem sabem ler nem escrever, foram sempre donas de casa e cuidaram sempre dos filhos. Em algumas opiniões de pessoas idosas que eu sigo, verifico que existe esse tipo de discurso e tento fazer questões como: 'E relativamente aos homens, se forem os homens a fazer isto, o que é que acha sobre isso?' E eu quando falo nestas questões da igualdade de género e de orientação sexual, falo sobretudo para as gerações mais jovens. Revejo-me muito numa educação para o envelhecimento, mais até com as gerações atuais do que propriamente com as gerações que já acarretam história e toda uma vida e não sou ninguém para mudar esses pensamentos. Por isso, de forma subtil, tento mudar um bocadinho a mentalidade... Nem é mudar a mentalidade, é aproximar da realidade que estamos a viver hoje em dia, porque mudar é uma palavra um bocadinho forte. 

G. — Disse, em entrevista ao Diário de Santo Tirso, que uma das suas paixões é a população sénior e que queria criar em Vila das Aves um gabinete de apoio ao cuidador informal. Existe em Portugal um desinvestimento neste tipo de cuidados?

B. S. — Não estou muito dentro dessa área, mas é algo que eu tenho capacidades para fazer e é algo que eu gostaria também de poder de alguma forma fazer, porque as pessoas não sabem a quem se hão de dirigir. Mesmo as próprias assistentes sociais que eu verifico agora no terreno, algumas colegas que eu tenho que tentam pedir o subsídio de apoio ao cuidador informal ou mesmo o próprio estatuto, as respostas [que recebem] são muito ambíguas. Recebem respostas da Segurança Social de uma forma, a Associação Nacional de Cuidadores Informais dá outras respostas, ou seja, parece que não há uma resposta certa. Eu tenho reparado que as políticas públicas que têm sido criadas, parece que são criadas de uma forma tática para não conseguirmos chegar à concretização das mesmas. 

G. — De que forma é que essa situação se materializa? 

B. S. — Não [falando] na questão do cuidador informal, mas dando um exemplo daquilo que nos acontece a nós [gerontólogos]: quando estamos a falar de pessoas que não podem usufruir de um estatuto de maior acompanhado, por exemplo, normalmente são pessoas que não sabem como se mover porque às vezes nem capacidade têm, visto que estamos a falar de pessoas cuja mobilidade é extremamente reduzida. [Quando estas pessoas] precisam de produtos de apoio é necessário um relatório médico, ou seja, tem que ter a assinatura duma pessoa que tirou formação em medicina, mas nós conseguimos, nós que estamos no terreno, perceber que é necessário um produto de apoio e [mesmo assim] não nos é possível chegar de uma forma simples a esse apoio… Portugal é muito assistencialista. Temos de ir a outro tipo de associações que não precisam desses relatórios médicos para conseguirmos produtos de apoio. Parece que há logo ali uma barreira à partida.

G. — São processos muito burocráticos... 

B. S. — Quase todos os processos que abrangem o envelhecimento são extremamente burocráticos, muito mesmo. Se formos a compará-los com os processos existentes relativos a crianças, por exemplo, aqueles abonos que existem por deficiência, ou mesmo os próprios abonos ou as terapias ocupacionais, todas essas coisas são muito mais fáceis de resolver do que aquelas que tocam no envelhecimento. Parece que chegou ali a uma fase em que se sabe que vai haver uma finitude, que as pessoas vão morrer, e nada se faz para que corra normalmente. 

G. — O Gerador fez um artigo em que falava sobre como o trabalho remoto se banalizou, sobretudo durante a pandemia, e que está a potenciar o regresso de jovens aos territórios do interior do país. Acredita que nos próximos anos veremos cada vez mais jovens a fixarem-se no interior?

B. S. — Com os apoios que agora o Estado está a dar, isso poderá acontecer, mas eu verifico que é sempre, volto a dizer, assistencialista, ou seja, é para médicos. Nós vemos que estes apoios que estão a ser dados agora é para médicos que se querem fixar no interior, por exemplo, e que têm a casa paga e um valor mais elevado de vencimento. Se só for virado para aí, não acredito, muito sinceramente, que isso aconteça. Eu, por exemplo, não iria viver para o interior do país, tendo em conta a experiência que tenho, eu não quereria viver no interior... Eu sou conhecida por ter uma mente muito cor de rosa, sou muito sonhadora e, portanto, se eu pudesse pegar no interior do país, criaria um co-housing, por exemplo, para as pessoas idosas. Logicamente que teria de ter pessoas que não são tão idosas para poderem apoiar neste envelhecimento… Se pudesse fazer-se dessa forma, até acredito que sim, quem gosta da natureza e queira viver e continuar a sua vida, acredito que sim. Agora, de outra forma, não acredito que o interior, se não mudar, se estiver como está, não. 

Fotografia de Berta Soares

G. — Que tipo de medidas poderiam ser implementadas para suscitar o interesse das gerações mais jovens pelo interior?

B. S. — Eu começo por coisas completamente básicas: há quilómetros e quilómetros e quilómetros de estradas sem luz, literalmente, a única luz que existe é a do carro. Mesmo as que têm luz, por exemplo, o IP5, não têm um sítio onde se possa parar para... Por exemplo, quero ir à casa de banho, quero fazer qualquer coisa e não posso parar. Tenho de andar quilómetros e quilómetros e quilómetros para poder ir a uma casa de banho, para poder comer qualquer coisa, para poder encontrar alguma coisa aberta. E depois [não sei se vou ter] a sorte de ter rede no telemóvel, porque a maior parte das vezes, para onde vou, o que é que acontece? Eu sei que tenho de ligar à minha família antes a avisar que cheguei, mesmo antes de chegar, porque vou chegar ao destino e sei que não vou ter rede no telemóvel. Eu sei que antigamente as coisas funcionavam de outra forma e funcionavam na mesma, mas nós temos que ir acompanhando minimamente a evolução, senão aí é que estagnamos mesmo. Há terras que não têm um café…Há uns três anos, fui a uma terra que não tinha um café e que se situava a cerca de 20 quilómetros da cidade, e tive a possibilidade de conversar com uma habitante e perguntei-lhe se ela sabia se existia naquele local algum café para que pudesse ir à casa de banho e ela disse-me que não havia, então fui a casa dessa senhora para ir à casa de banho. 

Fotografia de Berta Soares

G. — Em outubro, escreveu ao Gerador que, durante o verão, viajava “quilómetros à noite sem luz, sem telefone, e sem um local seguro onde parar". Essas situações são consequência de um esquecimento de certas zonas do país? 

B. S. — Eu acho que é mesmo uma questão de desinteresse... Eu própria faço essa questão: por que razão isto continua assim? Porque é que no Interior continua assim? É tudo uma questão de economia também, investe-se onde há indústria porque a economia tem que circular, pelo que não se investe num sítio que não vá ter logo os seus retroativos ou que não vá tê-los num futuro próximo. Isto não é criticar ninguém, é mesmo a realidade, parece-me.

G. — As viagens que realiza pelo interior do país devem-se sobretudo ao facto de nos tempos livres ser bailarina de bandas de baile. Porque escolheu dedicar os seus tempos livres à dança? 

B. S. — É o contrário. Eu tenho esta atividade há 15 anos, comecei com 19 anos, tenho 34, neste momento. Eu comecei como bailarina de bandas de baile porque sempre gostei de música e foi um desafio que me colocaram e eu gostei. E depois, porque, apesar de gostar muito daquilo que faço, também ganho dinheiro. Não é bem remunerado, mas isso nós já estamos fartos de ouvir a nível da cultura, que a cultura é esquecida, dava pano para mangas esse assunto. Eu só terminei o curso de Gerontologia em 2020 ou 2021, sei que foi durante a pandemia. Eu agora não tenho uma boa noção do tempo por causa da pandemia, mas penso que foi em 2020 que terminei. Uma coisa em que reparo é que todas estas festas populares [em que atuo] são, normalmente, festas associadas aos santos, à religião e as pessoas do interior (e não só), principalmente as que estão em solidão ou em risco de ficarem isoladas, ficam muito ligadas à religião, de uma tal forma que eu acho que é mesmo a fé que as salva, que as faz continuar a viver.Por isso, no Interior, eu fico estupefacta quando são duas ou três da manhã e vejo que os jovens já foram todos embora [destas festas] e são as pessoas idosas que aproveitam aquele momento, que acontece uma vez por ano, e ficam ali a dançar, a conviver ou paradas a olhar. 

Fotografia de Berta Soares

G. — Parece que acontece o contrário do que seria esperado, o público mais sénior é aquele que resiste mais tempo... 

B. S. — Sim, porque vêm que são pessoas jovens que estão do outro lado, que são pessoas novas, não no sentido da idade, mas que naquele local são caras novas... É um momento diferente que está ali a acontecer dentro da monotonia que eles devem viver no dia a dia. E as pessoas adoram estas festas, tudo o que são malhões, viras e a música popular portuguesa pimba, por exemplo. As bandas não são todas iguais e têm diferentes repertórios que dependem também para onde vamos: se para o Minho, se para o Douro, etc.

G. — Também escreveu que 90 % das suas atuações são na zona de Miranda do Douro, Vila Real, Boticas, Montalegre e “outros locais que nunca imaginaria a sua existência”. A descoberta de “novos” locais é uma das motivações que a leva a viajar? 

B. S. — Sim, isso tem tudo que ver com a minha maneira de estar na vida. Eu gosto de estar no meu porto seguro, mas considero-me uma pessoa aventureira. [Nessas viagens] eu sei com quem vou, vou com pessoas que conheço: com as bandas, com outras bailarinas ou até com a minha família, sei que vão no meu porto seguro, por isso sei que está tudo bem, e depois vou realmente à descoberta. O que é que me motiva? É o convívio, a viagem, a natureza, é a descoberta. Eu era incapaz de viver nestes locais, mas são os sítios que escolho para ir passar uns dias, normalmente. 

Fotografia de Berta Soares

G. — Escreveu que, nestes locais, é uma “turista sem condições para para visitar”. O que quis dizer com isto? 

B. S. — Aqui falo como Berta-pessoa, sem ser gerontóloga ou bailarina, e a Berta-pessoa tem dois filhos. A afirmação prende-se com o que disse há pouco… Eu vou voltar a referir a IP5 porque é daquelas coisas que me causam imensa confusão... Não há rede telefónica na maior parte da IP5 e são muitos e muitos quilómetros. Estou a imaginar-me a ir, por exemplo, com os meus filhos e um deles precisa, ou de ir à casa de banho, ou comer qualquer coisa ou precisamos de parar para descansar — é inseguro. Por exemplo, se visse um carro da polícia atrás de mim num desses sítios e que me mandasse parar, eu não parava, porque são sítios em que não há segurança. 

G. — Quando se candidatou à Junta de Freguesia de Vila das Aves disse, sobre a escolha que fez para o local de uma entrevista com o Diário de Santo Tirso, que “nas cidades mostra-se sempre o que há de bom e de bonito e eu resolvi ser um pouco diferente e mostrar que isto, desde há não sei quantos anos, continua de facto igual e que um sítio com tanto potencial poderia ser de facto uma paisagem muito mais bonita”. Este tipo de situação, talvez relacionado com uma certa estagnação no tempo, é transversal às zonas que visita durante o verão? Também sente esse desaproveitamento? 

B. S. — Nesses locais é flagrante, é 200 mil por cento... Se digo isso [sobre o local da entrevista] porque vejo um sítio que há anos não é mudado e tem realmente outro potencial porque há população, então em locais que estão praticamente desertos [torna-se pior]. Eu posso dizer que a última vez que estive, por exemplo, em Miranda do Douro, tive de andar quilómetros e quilómetros de carro para poder encontrar uma bomba de gasolina e para poder comer qualquer coisa. Por isso, sim. 

G. — Tendo em conta as viagens que fez pelo interior e aquilo que teve possibilidade de conhecer, quais diria serem os estereótipos mais errados que os portugueses, de uma forma geral, têm do interior? 

B. S. — Quando eu digo que vou a Chaves ou a Vila Real, por exemplo, o que me dizem é: «Ai, tão longe!” Fica apenas a cerca de 1h30 daqui [Famalicão], mas as pessoas têm essa ideia de que estes locais ficam muito longe. Muitas vezes, é esta a ideia errada que as pessoas têm porque, de resto, acabo por concordar muito com o que dizem: que a população residente é mais idosa, mais envelhecida e, acima de tudo, há uma coisa que acho importante mencionar. Quando eu vou a muitas destas terras no verão, elas têm gente porque os imigrantes vêm de férias e, normalmente, são os imigrantes portugueses que pagam estas festas para que estas não morram na aldeia. Acredito que quando estas pessoas idosas começarem a falecer e os imigrantes continuarem onde estão, com as suas vidas, que estas terras irão ficar mais desertas se nada se fizer. A maior parte das pessoas que realmente encontro são famílias enormes de imigrantes que só vieram cá em agosto, por exemplo, e que pagaram a festa para poder haver aquele momento.

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