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Bruno Carrilho (Musa): “Gostávamos de estar associados, cada vez mais, a eventos musicais”

Ao percorrermos as ruas de Marvila, facilmente nos damos conta da vida que o bairro…

Texto de Ricardo Gonçalves

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Ao percorrermos as ruas de Marvila, facilmente nos damos conta da vida que o bairro lisboeta foi ganhando nos últimos anos à conta de bares, restaurantes, galerias de arte e outro tipo de estabelecimentos que por ali abriram portas. Numa cidade de Lisboal marcada pela gentrificação, aquela zona é hoje pontuada de exemplos de uma movida cultural que tem feito por ocupar espaços mais periféricos, conferindo-lhes outro papel, o da descentralização e dinamização urbana. 

Um dos exemplos mais significativos dessa mudança advém do trabalho desenvolvido pela Musa, cervejeira que abriu portas em 2017 e que tem acrescentado valor à oferta daquela área. Este aspeto é, no entanto, contraditório com a conversa que temos Bruno Carrilho, um dos seus sócios fundadores, que se inicia com uma informação que já vinha sendo noticiada. Mais uma vez, os problemas de arrendamento de espaços em Lisboa põem em causa este tipo de projetos. Conforme nos adianta o responsável, aquela fábrica que deu origem a uma marca de cerveja, hoje tão facilmente reconhecida, terá que sair dali no espaço de um ano e meio. Mas nem tudo é negativo. 

Entre outros aspectos, o responsável explica-nos como tem sido a evolução da marca nos últimos anos, como passaram os meses de pandemia, anunciando ainda a abertura de um novo espaço na cidade do Porto, mais concretamente no Passeio das Virtudes. A Musa tem-se expandido, e o futuro certamente reserva outros horizontes para esta cervejeira que já não se encontra só enraizada numa determinada área geográfica.

Gerador (G.) – Segundo o que já foi anunciado, vocês estão em risco de ter que sair desta zona da cidade.
Bruno Carrilho (B. C.) – Sim, os donos querem fazer disto outra coisa e essa parte eu até respeito. O que me custa é que eles nos querem tirar daqui e nem querem sequer discutir a possibilidade de ficarmos. Já conseguiram acabar com os contratos e tirar todos os outros inquilinos desta linha. O único que falta é o que está ao nosso ao lado e nós, que ainda estamos dentro do nosso contrato, porque fomos os últimos a entrar. Em princípio, no final do próximo ano, vamos ter mesmo que sair. O que está acordado por escrito é ao final deste ano, mas está apalavrado ficarmos até ao final do próximo. Deixa-me triste, é que isto vai para a frente e eu acho que a Câmara (Municipal de Lisboa) está adormecida nesse aspecto. Confesso que no início da pandemia estava a tentar sensibilizar a Câmara para o problema que aí vem. Os donos têm uma certa expectativa do que podem construir aqui baseado numa carta assinada pela Câmara há muitos anos atrás que a autarquia já nem reconhece a sua validade. Portanto isto vai andar assim durante anos e vai se destruir uma coisa tão gira que se montou para isto ficar abandonado durante anos. É isto que vai acontecer se ninguém fizer nada. Nós acrescentamos valor ao bairro, só que eles não reconhecem e nessa altura acho que a Câmara vai tentar intervir quando já for tarde demais, quando se perder a autenticidade.

G. – Mas já têm sítio para onde ir?
B. C. – Não sabemos. Nós vamos, de uma forma ou de outra, manter alguma perna aqui. Manter um bar aqui e a fábrica vai ter que ir para outro sítio qualquer. Até porque, sinceramente, mesmo que não acontecesse nada nós já queríamos tirar daqui a fábrica. Acho é que a Câmara podia fazer um trabalho de clarificar o que é que quer desta zona. 

G. – Falemos de outros aspetos: vocês acabaram por trazer um input ao próprio mercado  da cerveja artesanal, onde cresceu um movida que é hoje feita de várias marcas. Como é que caracterizas atualmente este movimento? Já existe um maior conhecimento por parte das pessoas em relação à cerveja?
B. C. – Muito maior. Quando nós começámos a ter as nossas primeiras conversas sobre cerveja artesanal, nos bares e restaurantes, as pessoas ainda perguntavam «o que é isso da cerveja artesanal?». Já ninguém faz essa pergunta, hoje as pessoas fazem outro tipo perguntas. Havia muitas dúvidas no início, até quando nós estávamos a começar a criar o projeto e falávamos com outras entidades e investidores. Havia gente que tinha dúvidas. Era uma discussão em duas fases: a primeira noção era que este tipo de cerveja não ia ter alcance porque Portugal não era esse tipo de país; e a segunda foi «é só uma moda». Acho que nenhuma destas visões está correta, porque simplesmente não queria acreditar que o gosto e o palato do português fosse substancialmente diferente de qualquer outra pessoa do mundo. A cerveja artesanal existe com escala em todo o mundo, porque é que não haveria de existir com escala em Portugal. E até já havia na altura alguns exemplos de países mediterrânicos, historicamente ligados ao vinho, onde a cerveja artesanal já tinha um peso significativo. 

G. – Mas achas que já deixou de ser vista como moda para passar a ser algo mais?
B. C. – Acho que cada vez menos ouvimos esse comentário da moda. Porque esse comentário já foi numa segunda fase. A primeira foi que a cerveja artesanal nunca ia dar. Agora, a esmagadora maioria das pessoas já não acha isso.

G. – Uma das dimensões que vocês tentam aprofundar é a ideia de democratização da cerveja. Ainda mantêm essa visão?
B. C. – Totalmente. Quando começamos isso era muito importante para nós. A cerveja artesanal continua a ser um nicho, uma parte muito pequena do mercado. Nós olhávamos para o panorama e sabíamos que era um grupo pequeno de consumidores, com determinadas características, que é um aspeto normal em todas as curvas de desenvolvimento de um produto. Começa sempre por aquilo que se costuma chamar de innovators. Gente que tem muita propensão ao risco, que não se importa de arriscar e no caso de cerveja era uma pequena comunidade que se conhecia toda e as marcas que existiam direccionavam a sua comunicação e os seus produtos para este segmento. Nós sempre achámos que a cerveja artesanal não tinha de ser isto, um produto de nicho, hermético, com uma comunicação muito vocacionada para quem já percebe muito de cerveja. Achamos que a cerveja artesanal é um produto inerentemente entusiasmante e para uma fatia muito maior da população. Daí o democratizar. Nós queremos uma cerveja que seja acessível como produto e, sobretudo, queríamos comunicar a cerveja de uma forma mais inclusiva. Porque a comunicação de cerveja era, e ainda é, muito hermética, direcionada para quem já percebe e conhece. 

G. – Que é algo que não se põe em causa quando é um vinho, em que ninguém se preocupa que a linguagem com que comunicam seja mais hermética.
B. C. – Porque a maior parte das pessoas em Portugal já percebe o suficiente vinhos para tu conseguires ter conversas sobre isso. Mas a cerveja estava numa fase tão preliminar que essa comunicação tinha uma componente de exclusividade. Eu senti muito isso aqui na Musa, quando as pessoas entravam e olhavam para aquela panóplia de cervejas, de estilos que nunca ouviram falar, e achavam intimidante, tinham quase vergonha de pedir.

G. – Esse aspecto da intimidação também se resolve com uma comunicação que prime por ser alternativa, em que se brinca com os nomes as cervejas, por exemplo?
B. C. – Totalmente e também dar âncoras às pessoas para se agarrarem. Tivemos uma discussão no início, e que foi um ponto muito importante quando estávamos a construir a marca, sobre o nome que íamos dar às nossas cervejas. Queríamos chamar simplesmente Musa IPA ou Musa Lager. E nós, até contra a opinião de quem nos fez a marca, achámos que era importante a questão dos nomes, porque era mais uma forma das pessoas sentirem afinidade com as cervejas. Porque há muita gente que experimenta porque gosta do grupo. «Eu gosto de Beatles deixa-me experimentar uma Twist and Stout». É uma forma das pessoas se lembrarem porque como não sabiam o que era um IPA ou uma Stout, nunca conseguiam decorar. Nós arranjamos esta forma de tornar a comunicação mais fácil.

G. – Face também a uma certa concentração que existe no mercado português, relativamente às cervejas comerciais, haverá pessoas que podem pensar que marcas como a Musa querem tentar chegar a esse mercado. Consideras que são caminhos diferentes ou que no futuro estes dois pólos vão ter mais parecenças?
B. C. – É uma pergunta interessante e acho que se calhar convém falar um pouco sobre a dicotomia artesanal e industrial. Em mercados como o nosso é muito fácil perceber a diferença. Tens a cerveja industrial de um lado e sabes muito bem o que é, assim como o outro lado, porque são diferentes em tudo. A partir do momento em que as marcas artesanais começam a crescer e começam a ter processos industriais cada vez mais sofisticados essa diferença começa a esbater-se. Por exemplo, nos Estados Unidos já ninguém fala disso. Tu vais a um bar e não perguntas se tem craft beer, perguntas que cervejas têm. A maior parte delas, em algum momento, foram chamadas de craft beer. Portanto se nós imaginarmos, simplificando, que o universo da cerveja está polarizado entre aquilo que chamamos craft e que do outro lado chamamos industrial, vemos que há players dos dois lados. Aquilo que aqui chamamos de craft ou industrial lá chama-se somente cerveja.

G. – Portanto dirias que pode perder a apóstrofe de artesanal?
B. C. – Sim, acho que a apóstrofe nem ajuda. Ajuda neste momento para vincar uma diferença sobre o que é industrial e o que não é. À medida que as pessoas começam a ficar mais conhecedoras e já não é tão importante explicar o que é cerveja artesanal, então cada marca explica o que tem a oferecer, seja o estilo, seja a marca. 

G. – E não sei se concordas mas isso também obrigou as próprias marcas industriais a terem que criar as suas próprias craft beers.
B. C. – Sem dúvida, eles claramente perceberam. E nem sei até que ponto é que eles, neste momento, sequer nos vêem como uma ameaça. Eles até nos viram como algo positivo, no sentido em que, de repente, o espectro de produtos que se pode oferecer como cerveja aumentou. Porque a cerveja tem um problema que é que os novos consumidores, sobretudo mais jovens, já não bebem tanta cerveja como antes. Marcas como estas vêem o mundo a 20 e a 30 anos, e eles estão preocupados. Por isso é que se vê cervejas industriais a lançar coisas disparatadas, como cerveja com caipirinha. Eles tentaram tudo para tentar entusiasmar o consumidor e, na verdade, nós abrimos todo este universo, onde eles se estão a tentar mexer também.

G. – Existe a visão de que esta produção mais artesanal faz hoje parte de um movimento mais global de regresso a certos processos tradicionais. Consideras que a Musa também se enquadra nisso?
B. C. – Claro que se enquadra. Há aqui uma parte de back to basics. Acho que nos processos industriais de cerveja, a certa altura, perdeu-se um bocado a noção do que é aquele produto, de tão industrializado que estava. Há esse backlash. Baixar preços é bom, ter produtos consistentes e com durabilidade é bom, mas não vamos mandar o bebé com a água do banho, que é o que todas as cervejas industriais têm estado a fazer nas últimas décadas. Um produto cada vez mais indiferente, cada vez mais a saber ao mesmo, cada vez mais barato. Nós não fazemos nada à cerveja que prejudique o produto em si. Isso para nós é um princípio fundamental. Podemos ter o triplo da escala e no entanto não cortamos cantos. As industriais fazem Lagers em meia dúzia de dias, as nossas demoram quase dois meses. Porque ela tem que estagiar e nós não vamos de repente mudar por motivos comerciais, só para acelerar o processo. Nós queremos que nossos produtos tenham a qualidade que é suposto terem.

"Achamos que a cerveja artesanal é um produto entusiasmante e para uma fatia muito maior da população"

G. – Entretanto chegou uma pandemia. Como é que é a Musa viveu estes meses?
B. C. – Acho que não foi fácil para ninguém. Apesar de tudo, safamo-nos bastante bem. Obviamente  perdemos nas vendas, as nossas receitas caíram bastante. Já não caíram em junho. E quando digo cair é face ao mesmo mês do ano passado. Março, abril e maio foram tudo meses em que estivemos abaixo dos mesmos meses do ano passado. Começámos a recuperar em abril e maio e em junho já estivemos acima do ano passado. Ficamos muito satisfeitos e conseguimos isso como? Há um canal que continua pelas ruas da amargura, que é o canal Horeca, de bares e estabelecimentos. Aí a nossa queda é superior a 70% ainda. Mas foi compensada por um aumento nos supermercados e no início pelo online. O online de repente foi o nosso principal canal, que antes nem tínhamos. Criamos o canal no início da pandemia. 

G. – Tinham aberto também aquele bar na Baixa lisboeta. Como é que está esse projeto?
B. C. – Nós mantivemos ambos os espaços abertos durante toda a pandemia, mas a servir em take away e em delivery. Certamente que não foi uma decisão económica, mas mais uma forma de manter o contato com os nossos clientes. Assim que nos deixaram abrir, abrimos primeiro este espaço e passado uma semana abrimos o da Bica, portanto estão ambos abertos com as restrições impostas.

G. – Mas achas que aquele projeto vai chegar ao ponto que pretendem?B. C. – Ainda não estávamos nesse ponto quando começou a pandemia, estávamos a melhorar progressivamente. Foi um espaço que sofreu ainda mais que este, porque é um espaço menos consolidado e mais dependente do turismo, mas agora também estamos a ver bons sinais. Se eu tenho a certeza que aquele projeto vingar? Não tenho, mas acho que estamos num bom caminho e gostava que ele vingasse. 

G. – Uma coisa é criar uma cerveja, outra coisa é criar uma marca. Vocês deixaram bem claro que isso era um objetivo, de criar uma marca, solidificar um nome. Pergunto-te quais é que são os grandes desafios no futuro e se faz parte da estratégia terem uma maior ligação, por exemplo, a eventos culturais?
B. C. – Faz totalmente. É preciso algum músculo financeiro para fazer isso. Nós sempre tivemos como objetivo patrocinar pequenos festivais de músicas, sobretudo. Temos tido até mais facilidade em patrocinar eventos não musicais, onde as grandes marcas são um bocadinho menos dominantes. Temos uma boa relação com o IndieLisboa, com a Monstra – Festival de Animação de Lisboa e outros. Portanto, na esfera não musical até temos tido uma facilidade relativamente grande de estabelecer parcerias. Muitas vezes até são eles que vêm ter connosco, porque reconhecem em nós uma certa atitude em que se revêem. Na música é bastante mais complicado, de facto é um negócio de grandes números. No ano passado já conseguimos ter um ou dois festivais pequeninos onde nós tivemos presentes. 

G. – Sim e até mesmo em festivais que vocês têm organizado nesta zona.
B. C. – Sim, essas iniciativas de produção própria têm sido um sucesso desde o início. O nosso Oktoberfest, o Ouro, Incenso e Birra, ambos já na terceira edição. Têm sido sempre um grande sucesso desde o início e estamos muito satisfeitos com isso. Mas gostávamos de ir mais longe. Nós gostávamos de estar associados, cada vez mais, a eventos musicais. No passado já conseguimos estar, por exemplo, associados ao Impulso, nas Caldas da Rainha. Fizemos também um festival de música electrónica no Village Underground. O caminho a seguir é esse.

G. – Nessa expansão dirias que o futuro passa por uma estratégia assente no que conseguem fazer fora desta zona? Ou continuam a querer ter esses dois caminhos, com um deles a manter-se focado em Marvila?
B. C. – Acho que não temos outro remédio neste momento senão continuar, de facto, a trabalhar nas duas frentes, porque nós não sabemos o que é que vai acontecer aqui. Se de facto o futuro disto for tirarem os espaços que aqui estão, infelizmente a zona deixará de ser tão interessante, mas tudo faremos para continuar cá. Se a certa altura nos virmos forçados a sair, obviamente que vamos ter que expandir para outros horizontes.

G. – Vocês têm aumentado o vosso portefólio nos últimos anos. Qual é a estratégia, tendo conta este problema que têm em mãos?
B. C. – Idealmente gostaríamos de manter aqui uma pequena porção da nossa produção. Gostávamos de ter um sistema mais pequenino até para testar algumas receitas mais arriscadas e fazer algumas iniciativas com parceiros. Na nossa cabeça, o ideal seria levarmos a fábrica para outro sítio e mantermos aqui uma componente laboratorial. Depois a loja online muda um bocado o perfil do consumo e permite ter mais referências, sendo interessante para os nossos clientes terem mais referências, porque é muito difícil teres um portefólio muito grande com distribuidores pelo meio.  Um distribuidor gosta de trabalhar com poucas referências.

G. – É uma altura para repensar as estratégias?
B. C. – Diria que vamos continuar com as cervejas de edição especial mas, se calhar, a um ritmo mais calmo. Não temos intenção de aumentar mais o portefólio que temos. Sinceramente, acho que neste momento, a nível de marca, não há nada de especial que nós queiramos fazer diferente, além de simplesmente consolidar o que já tínhamos. A nível de distribuição nacional ainda temos muitos espaços em branco no país. E nós sabemos que existe uma procura a que nós não conseguimos dar resposta. Conseguimos mais com os supermercados. Estamos presentes em todos e isso obviamente ajuda, mas é mais que isso. Não é necessariamente uma mudança muito grande na forma como nós fazemos, é simplesmente continuar e tentar convencer mais parceiros a trabalhar connosco. E vamos abrir um bar novo. Já falamos nisto há bastante tempo, mas vamos abrir no Porto, finalmente. Ficará no Passeio das Virtudes, que é um sítio que os portuenses já ocupam de forma orgânica.

G. – Passados estes anos todos, a Musa está dentro daquilo que tinham idealizado?
B. C. – Sim, acho que em termos da estratégia genérica que montamos que muitas das coisas se confirmaram. Está muito parecido com o que nós idealizamos para fora. Dentro acho que ainda há muita coisa para fazer. Temos algumas dores de crescimento normais numa empresa deste género. Temos hoje cerca de 20 trabalhadores e toda uma fábrica para expandir. Ainda há muito por explorar.

Entrevista de Ricardo Ramos Gonçalves
Fotografias de Ana Viotti

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