Inaugura no dia 6 de julho, entre as 16h00 e as 20h00, o Circuito de Exposições integrado no Festival Walk&Talk, nos Açores. Com curadoria de Sérgio Fazenda Rodrigues, este circuito reúne 7 exposições, que poderão ser vistas com visita guiada do curador e dos artistas no dia da inauguração.
O grupo de artistas a expor no Circuito de Exposições deste ano resulta de residências artísticas realizadas entre 2017 e 2019, que serviram de ponto de partida para as criações que serão apresentadas durante a 9ª edição do festival.
O circuito pensado por Sérgio Fazenda explora a ideia de “identidade”, relacionando-se com conceitos como género, história, paisagem, arquitetura, arqueologia e outros campos das ciências. O objetivo é, conforme o festival explica no seu site oficial, “refletir a atuação do coletivo na construção do “lugar” geográfico, ao mesmo tempo social, cultural e emocional, síntese e contentor de identidades fluidas e autónomas.”
Maria Trabulo, Gonçalo Preto, Rita GT, Miguel C. Tavares & José Alberto Gomes, Andreia Santana, Diana Vidrascu e Mónica Miranda integram o grupo de artistas que expõem na Torre Sineira (Câmara Municipal de Ponta Delgada), no Museu Carlos Machado (Núcleo de Santo André), no Instituo Cultural de Ponta Delgada, nas Portas do Mar (anfiteatro) e no 4º andar SolMar, respetivamente.
O Programa de Residências Artísticas do Walk&Talk recebe dois tipos de propostas: por um lado, projetos já em curso, ajudando na sua produção, por outro, novas ideias em diferentes áreas, que sejam construídas a partir deste contexto. Nos casos em que é possível e se justifica, os projetos são acompanhados ao longo de duas edições e resultam numa exposição. O grupo de artistas em residência este ano, que possivelmente irão integrar o Circuito de Exposições no próximo, é composto por Abbas Akhavan, Alex Farrar, Alice dos Reis, Danny Bracken, Nadia Belerique, Sofia Caetano, Ponto Atelier e Ana Cristina Cachola.
Numa entrevista dada ao Gerador, Jesse James e Sofia Carolina, os diretores do festival, referiram a propósito das Residências Artísticas que pretendem que o Walk&Talk seja um “lugar de experimentação e risco, ou até de falha”. “A falha é algo que o sistema da arte muitas vezes nega, porque é tão competitivo e obcecado pelo sucesso que não permite que haja espaço para tal. E esses lugares de falha, de experimentação, são fundamentais a todos os artistas, e tem que haver estruturas ou espaços para essas dúvidas. Principalmente para que a falha aconteça, e ninguém te caia em cima”, remata Jesse na mesma entrevista.
O Circuito de Exposições Walk&Talk conta com o apoio da Adega Mayor, Grupo Bensaude, Instituto Cultural Romeno - Lisboa, SolMar Avenida Center, Museu Carlos Machado, Instituto Cultural de Ponta Delgada, Câmara Municipal de Ponta Delgada e Coral de São José.
Além do Circuito de Exposições o Walk&Talk vai receber o Circuito de Arte, com curadoria do coletivo The Decorators, de que já te falámos a 16 de maio. Podes recordar este artigo aqui.