fbpx

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Clarinetista portuguesa lança novo álbum “Intuición” em Los Angeles

A clarinetista portuguesa Virgínia Figueiredo lançou o seu novo álbum “Intuición” em Los Angeles, em…

Texto de Lusa

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

A clarinetista portuguesa Virgínia Figueiredo lançou o seu novo álbum "Intuición" em Los Angeles, em plena pandemia da covid-19, que a artista espera que faça mudar a perceção sobre a importância da cultura.

O trabalho de música para clarinete e piano, que demorou cerca de um ano a ser concluído, foi lançado pela Centaur Records, uma das maiores e mais antigas editoras independentes de música clássica dos Estados Unidos.

"Este é um CD com música de compositores latinos", disse à Lusa a clarinetista, explicando que "as peças são baseadas na cultura folk e musical da América Latina, a influência dos tangos, música popular mexicana e jazz".

Virgínia Figueiredo colaborou com o pianista Lorenzo Sánchez neste álbum, que sucede a "Seule", um trabalho premiado pelos Global Music Awards em 2018.

Por causa da pandemia da covid-19, no entanto, os eventos de promoção do novo álbum foram cancelados, incluindo a participação no I Festival Internacional de Clarinetistas da Bahia, em Salvador da Bahia, Brasil, que estava marcada para o final de maio.

"Uma das coisas interessantes para mim seria lançar o CD na América do Sul", referiu Virgínia Figueiredo, que esteve no Brasil no final do ano passado e encontrou uma "afinidade" notável que encaixaria bem no conceito de um álbum com compositores sul-americanos.

A artista tem um concerto no México previsto para o outono e ainda não sabe se poderá realizá-lo. "Tinha outros eventos marcados também em Los Angeles, para promover o CD, e que foram desmarcados", relatou.

A arte da capa do álbum foi desenhada pela ilustradora portuguesa Carlota Terenas e a música está disponível nas plataformas digitais, como Spotify e iTunes, além do formato em CD à venda na Amazon.

Segundo a clarinetista, o investimento no formato físico ainda é importante no seu meio. "Quando nós temos concertos trazemos estes CD connosco e podemos vendê-los a seguir", explicou, frisando que os álbuns físicos ainda são vendidos nas lojas associadas às orquestras e que centros como o Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles, continuam a ter lojas de música.

Há também a questão da submissão dos trabalhos a concurso e à análise da crítica, em que o envio de uma cópia física é mais eficaz que um link. "Intuición" foi submetido para vários prémios, mas até mesmo neste campo a pandemia da covid-19 provocou disrupção, já que os anúncios dos resultados estão a ser adiados.

Todavia, o que a crise também trouxe, notou Virginia Figueiredo, foi uma perceção renovada da importância da arte na sociedade. "Se não fosse [por] filmes, concertos, músicos, como é que nós suportaríamos isto?", questionou. "A cultura trata da nossa sanidade".

A sua expectativa é de que, uma vez debelada a crise de saúde pública, haja "um rearranjo de como a cultura é vista na sociedade moderna", que contraste com a forma marginal como tem sido tratada. "A parte da cultura é sempre um apontamento final" nos orçamentos dos governos, considerou, "quando na realidade tem um papel muito importante na sociedade".

Virgínia Figueiredo planeia também organizar em Portugal um festival internacional para alunos de música do mundo inteiro, algo que estava pensado para este ano mas terá de ser adiado. "Seria interessante levar alunos para trabalharem com professores portugueses, ficarem a conhecer a música portuguesa mas também conhecer o país de outra forma", comentou.

Professora de clarinete, Teoria da Música e História da Música na Universidade Estadual da Califórnia, Dominguez Hills, Moorpark College, Cerritos College e Pierce College, Virgínia Figueiredo está a terminar o ano letivo através de aulas online.

Com os concertos da companhia Pacific Opera Project em suspenso, continua a fazer trabalho de gravação para a indústria do entretenimento a partir de casa, onde tem o equipamento necessário. Antes do início do isolamento por causa da covid-19, o trabalho da clarinetista portuguesa foi ouvido no festival de cinema de Sundance, onde o filme "Minari", no qual tocou, recebeu o Grande Prémio do Júri.

Outros filmes recentes onde se poderá ouvir o clarinete de Virgínia Figueiredo são "All the Bright Places", disponível no Netflix, e os novos títulos "Forgetting" e "The One Bedroom Apartment".

Texto de Lusa
Fotografia de Hal Gatewood disponível via Unsplash
Se queres ler mais notícias sobre a cultura em Portugal, clica aqui.

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

2 Julho 2025

Candidaturas abertas para o Workshop de Curadores da 13.ª Bienal de Berlim

16 Junho 2025

Para as associações lisboetas, os Santos não são apenas tradição, mas também resistência

29 Maio 2025

Maribel López: “Temos de tentar garantir que os artistas possam dar forma às suas ideias”

28 Maio 2025

EuroPride: associações LGBTI+ demarcam-se do evento mas organização espera “milhares” em Lisboa

1 Maio 2025

Literacia mediática digital além da sala de aula 

22 Abril 2025

“Pressão crescente das entidades municipais” obriga a “pausa criativa” dos Arroz Estúdios

17 Abril 2025

Estarão as escolas preparadas para os desafios apresentados pela IA? O caso de Portugal e da Bélgica 

17 Março 2025

Ao contrário dos EUA, em Portugal as empresas (ainda) mantêm políticas de diversidade

6 Janeiro 2025

Joana Meneses Fernandes: “Os projetos servem para desinquietar um bocadinho.”

23 Dezembro 2024

“FEMglocal”: um projeto de “investigação-ação” sobre os movimentos feministas glocais

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Patrimónios Contestados [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo Literário: Do poder dos factos à beleza narrativa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura I – da Ideia ao Projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Escrita para intérpretes e criadores [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Desarrumar a escrita: oficina prática [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Gestão de livrarias independentes e produção de eventos literários [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação ao vídeo – filma, corta e edita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Artes Performativas: Estratégias de venda e comunicação de um projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Viver, trabalhar e investir no interior

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Introdução à Produção Musical para Audiovisuais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

02 JUNHO 2025

15 anos de casamento igualitário

Em 2010, em Portugal, o casamento perdeu a conotação heteronormativa. A Assembleia da República votou positivamente a proposta de lei que reconheceu as uniões LGBTQI+ como legítimas. O casamento entre pessoas do mesmo género tornou-se legal. A legitimidade trazida pela união civil contribuiu para desmistificar preconceitos e combater a homofobia. Para muitos casais, ainda é uma afirmação política necessária. A luta não está concluída, dizem, já que a discriminação ainda não desapareceu.

12 MAIO 2025

Ativismo climático sob julgamento: repressão legal desafia protestos na Europa e em Portugal

Nos últimos anos, observa-se na Europa uma tendência crescente de criminalização do ativismo climático, com autoridades a recorrerem a novas leis e processos judiciais para travar protestos ambientais​. Portugal não está imune a este fenómeno: de ações simbólicas nas ruas de Lisboa a bloqueios de infraestruturas, vários ativistas climáticos portugueses enfrentaram detenções e acusações formais – incluindo multas pesadas – por exercerem o direito à manifestação.

Shopping cart0
There are no products in the cart!
Continue shopping
0